Todos / Dra Aline Rangel


23 de janeiro de 2021 Todos
A tensão pré-menstrual (TPM) é um problema que preocupa quem sofre com ele, seja pelas alterações de humor da mulher ou pela duração, ou ainda pela necessidade que muitas mulheres têm de aliviar os sintomas. No entanto, o que poucas pessoas sabem é que existem casos em que essa condição é um transtorno psiquiátrico. Você sabia disso? Continue a leitura deste artigo e entenda mais sobre o assunto.

O que é TPM?

A tensão pré-menstrual também é conhecida como síndrome pré-menstrual (SPM). Ela se caracteriza pelo impacto que causa nas mulheres, já que provoca um conjunto de sensações físicas e emocionais que ocorrem em diferentes intensidades. Essas sensações costumam variar de mulher para mulher, mas, geralmente, incluem dor de cabeça, retenção de líquido, inchaço, fadiga, alteração de humor, irritabilidade e ansiedade. A sua ocorrência está associada à menstruação. Geralmente, a tensão pré-menstrual acontece 15 dias antes ou depois da menstruação.

O que é TDPM?

TDPM é o transtorno disfórico pré-menstrual, sendo uma forma mais grave e intensa da TPM. Esse transtorno é classificado como depressivo e atinge de 3 a 8% das mulheres em idade reprodutiva. Mulheres que sofrem com a TDPM apresentam os mesmos sintomas físicos e emocionais que acometem aquelas no período da tensão pré-menstrual. Esse estado depressivo afeta as pacientes quase em todos os meses, sempre no período que antecede a menstruação. Por isso, há a confusão com a síndrome pré-menstrual.

Quais são os sintomas?

Apesar dos sintomas serem semelhantes, mulheres que possuem TDPM costumam apresentar um quadro maior de alterações emocionais, tendo como sintomas mais comuns os seguintes:
  • irritabilidade;
  • humor deprimido;
  • ansiedade;
  • dificuldade em se concentrar;
  • falta de interesse;
  • pensamentos autodepreciativos;
  • instabilidade emocional
  • fadiga;
  • dor de cabeça;
  • inchaço no corpo;
  • insônia.
A TDPM é diagnosticada quando esses sintomas se repetem por, pelo menos, dois ciclos menstruais consecutivos e quando a paciente começa a ter prejuízos na sua vida profissional, familiar ou amorosa.

Quais são as causas?

A causa está relacionada a uma alteração genética nos receptores de serotonina, um um neurotransmissor que, entre outras coisas, controla o sono, o humor, o apetite e a dor. Quando há um nível baixo dessa substância, a paciente tem reações emocionais intensas e desproporcionais.

Como é o tratamento?

O foco do tratamento é o controle dos sintomas, pois é um tipo de depressão cíclica. O diagnóstico é realizado por uma equipe multidisciplinar, por meio de exame clínico e o tratamento pode ser medicamentoso e psicoterápico. Nesse sentido, pode ser prescrito o uso de antidepressivos, especialmente aqueles que inibem a recaptação da serotonina, ou de contraceptivos orais que auxiliem no controle hormonal. Além disso, a terapia cognitivo-comportamental tem sido a técnica mais utilizada no tratamento da TDPM. Em quadros mais brandos, apenas essa terapia é capaz de controlar os sintomas da paciente. Outra possibilidade de tratamento complementar é a mudança dos hábitos alimentares, já que adotar uma dieta balanceada, com redução de gorduras, açúcar, sal e cafeína, promove uma redução dos sintomas. Agora você já sabe tudo sobre a TPM e como ela pode se transformar em um transtorno psiquiátrico. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


22 de janeiro de 2021 DepressãoTodos
A anedonia é uma condição psiquiátrica em que a pessoa deixa de sentir prazer pelas coisas. Geralmente, é observada em quadros mais intensos de depressão. No entanto, o problema também pode se manifestar em quem sofre de esquizofrenia, ou comete abuso de drogas e álcool, doentes com Parkinson e até em pessoas com anorexia. Nesses casos, a ausência de prazer se estabelece a partir de uma alteração bioquímica no cérebro, que faz a pessoa perder a vontade de comer, de sair com os amigos, de ir ao cinema e de ter relações sexuais. Por que esta condição se desenvolve no nosso organismo? Neste artigo, traremos a resposta para essa pergunta, então não deixe de acompanhar!

A bioquímica do cérebro de um paciente com anedonia

Pesquisadores ingleses provaram que o cérebro de quem tem anedonia funciona de forma diferente. Segundo eles, o córtex pré-frontal, local onde se desenvolvem atividades neurais responsáveis por emoções de empatia, gratidão e felicidade, sofre interrupções no fluxo dos estímulos entre os neurônios. Com isso, há um bloqueio na sensação de prazer ou de interesse em realizar algo. Seguindo essa mesma explicação, é possível compreender que quem sofre com esse distúrbio não tem muita empatia com o outro. O prazer e a empatia são emoções que vem do mesmo local do cérebro. A anedonia também está relacionada a níveis baixos de neurotransmissores importantes: a dopamina e a serotonina. Elas são responsáveis pela sensação de prazer e não circulam na quantidade certa no sistema nervoso central do paciente com o problema. Além delas, a adrenalina e a noradrenalina também encontram-se em baixas quantidades. Esses dois hormônios são responsáveis pela reação diante de algum evento que gere estresse. Por isso, a pessoa com anedonia não expressa reação em relação às coisas.

A ocorrência de eventos traumáticos e o estresse

Há fatores ambientais que podem levar ao surgimento da anedonia. Eventos que geraram estresse profundo podem ser gatilhos para que a doença apareça. Casos de abuso, abandono, doenças mais complexas e distúrbios alimentares podem desencadear a condição também. Com o tempo, a pessoa que sofreu o trauma passa a apresentar um comportamento frio e distante. Além disso, passa a não ter apego ou afeição por nada e acaba criando uma distância de qualquer outra pessoa.

Consequências da anedonia

O isolamento social é a pior consequência da doença, pois, muitas vezes, o paciente com um problema psiquiátrico precisa da ajuda de uma outra pessoa, tanto para entender que tem um problema de saúde quanto para auxiliá-lo no tratamento. O problema tem cura, mas pode ser muito difícil de tratar. principalmente porque é preciso que o próprio paciente queira se submeter aos procedimentos terapêuticos. Além disso, é preciso começar tratando a doença de origem. No caso, a depressão ou outra doença psiquiátrica. O tratamento pode consistir na administração de medicamentos antidepressivos, terapia e atividades com potencial de despertar a sensação de prazer no paciente que sofre de anedonia. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


21 de janeiro de 2021 AnsiedadeTodos
A maior consequência da fobia social é o isolamento. O medo do julgamento do outro faz com que a pessoa que sofre desse tipo de condição psiquiátrica deixe de conviver até com a família. O transtorno de ansiedade, como também é conhecido o problema, pode ainda evoluir com o tempo. Além disso, seus sintomas podem se tornar mais severos e o paciente pode não querer sair do seu quarto. Por isso, o tratamento é tão importante. Com o tempo, se o fóbico social for tratado, ele pode recuperar sua qualidade de vida e sua capacidade de se relacionar com as pessoas. Neste artigo, vamos falar das opções de tratamentos para o paciente com fobia social. Não deixe de acompanhar!

Tratamentos para a fobia social

A fobia social é um tipo de transtorno de ansiedade que se manifesta por meio reações físicas e emocionais, como nervosismo e pânico, quando o doente está na iminência de uma interação social. Tanto o pavor mental quanto os sintomas físicos são extremamente torturantes para quem sofre de fobia social. Por isso, o tratamento para esse tipo de transtorno de ansiedade trabalha com dois focos:
  • controlar os sintomas de ansiedade e pânico por meio de medicamentos;
  • ajudar o paciente a mudar padrões de comportamento por meio da psicoterapia.
O médico responsável pelo acompanhamento do paciente que tem o transtorno de ansiedade social também pode prescrever uma associação do tratamento medicamentoso com o psicoterapêutico.

Uso de medicamentos

Os medicamentos antidepressivos e ansiolíticos são os mais empregados no tratamento da fobia social. Dentre eles, os antidepressivos do tipo inibidores de recaptação de serotonina (ISRS) apresentam bons resultados no quadro. Isso porque aumentam a disponibilidade de serotonina no cérebro. Dessa forma, o paciente tem os sintomas do medo e da ansiedade controlados. Há um aumento também no bem-estar geral, melhorando também os pensamentos da pessoa com o transtorno. No início do tratamento, o médico psiquiatra iniciará a administração do antidepressivo de forma gradual. Isso é feito para que o organismo se adapte de forma mais suave à ação da substância ativa da medicação. Também podem ser utilizados ansiolíticos para controlar os sintomas do pânico.

Psicoterapia

Há vários tipos de psicoterapias que podem ajudar no tratamento da ansiedade social. No entanto, a terapia cognitivo- comportamental é a mais utilizada para tratar esse tipo de transtorno psiquiátrico. Nesse tipo de psicoterapia, o paciente aprende a reconhecer e enfrentar seus medos. A partir daí, ele é orientado a observar e transformar seus pensamentos para desenvolver a confiança nas relações com as outras pessoas. Na terapia cognitivo-comportamental, o paciente é desafiado a pensar e enfrentar as situações que ele teme a fim de controlar os sintomas do seu problema. Quando os pensamentos de medo são dominados, os sinais de ansiedade e pânico podem ser mantidos sob controle. O tratamento para a fobia social tem duração variável, pois tudo vai depender do organismo de cada paciente e da sua persistência para continuar se tratando. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


19 de janeiro de 2021 Todos
O transtorno de humor é caracterizado por sentimentos e comportamentos específicos, que podem ser depressivos ou maníacos (eufóricos). Em alguns casos, a pessoa manifesta os dois sintomas de forma alternada, com intensidade e duração variáveis. Entre os transtornos mais conhecidos estão o transtorno bipolar e a depressão.

Principais transtornos de humor

Depressão

A depressão é uma enfermidade que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), afeta 300 milhões de pessoas em todo o globo. Para além disso, a depressão é uma das maiores causas de suicídio. Seus sintomas incluem:
  • Perda de interesse em atividades que costumavam provocar prazer;
  • Pensamentos pessimistas e persistentes;
  • Sonolência ou insônia;
  • Dores no corpo;
  • Taquicardia;
  • Ansiedade (em alguns casos);
  • Medo do futuro;
  • Sensação de vazio, frustração ou insatisfação;
  • Isolamento;
  • Perda de produtividade no trabalho;
  • Descuido com a autoimagem e a higiene pessoal.

Transtorno bipolar

Caracterizado por oscilações de humor com frequência e intensidade variáveis. Pacientes com transtorno bipolar tendem a ter episódios de depressão, seguidos de episódios de mania. A mania é caracterizada por euforia intensa, sentimentos de superioridade ou autoconfiança exacerbados, comportamentos de risco, aumento do desejo sexual, entre outras coisas.

Como lidar com alguém com transtorno de humor?

A depender do diagnóstico, você deve seguir alguns cuidados específicos. Em geral, é recomendado aos amigos e familiares que não ajam de maneira a proteger e a tratar o paciente como vítima. Em alguns casos, isso pode fazer com que essas pessoas se sintam inclinadas a assumir um papel quase passivo diante do transtorno, ou a utilizá-lo como forma de justificar determinadas atitudes e reações.

Cuidados com pacientes depressivos

O primeiro passo é não tratá-lo como alguém que escolhe estar deprimido. Em outros tempos, a depressão era vista de maneira errônea, quase como se fosse uma escolha. Embora a saúde mental tenha ganhado mais destaque, a depressão ainda é confundida com um desejo pessoal ou “falta de vontade”. Se o seu amigo, parente ou par tem apresentado sintomas depressivos ou já está em tratamento para depressão, mostre que você se importa, que quer ajudar e que pode ouvi-lo. Não pense, no entanto, que você é responsável pela melhora do quadro geral dessa pessoa. Isso é conquistado com um conjunto de coisas: medicação correta, auxílio psicológico, aceitação do diagnóstico e esforço por parte do paciente. Estimule-o, sempre que possível, a fazer atividades pequenas: sair para comer, ainda que seja em um restaurante próximo de casa, pode ajudar. Da mesma forma, ver um filme em companhia também pode ser agradável. Na dúvida, pergunte ao paciente o que ele gostaria de fazer. Ajude-o, dentro do possível, e utilize frases educadas, respeitosas, mas que não o coloquem em posição de fragilidade. Se identificar ideações suicidas ou comportamento de risco, entre em contato com o médico responsável pelo caso.

Cuidados com pacientes bipolares

Caso a pessoa comece uma discussão inflamada, evite entrar no mesmo estado: a agitação pode fazer com que ela se torne agressiva ou engatilhar quadros deprimidos. Prefira falar calmamente e tentar deixar o assunto para depois, quando ela estiver mais estável. Outros cuidados incluem:
  • Ter o telefone do médico ou do terapeuta do paciente sempre à mão, para o caso de crises severas e abruptas, ou se você identificar comportamentos que podem colocá-lo em risco de vida;
  • Não oferecer bebida alcoólica ou estimulantes de qualquer tipo;
  • Tratá-lo para além do seu transtorno: as pessoas bipolares são mais do que o seu diagnóstico. Tratá-las dessa forma gera frustração, tristeza e pode piorar a instabilidade do paciente.
Quer saber mais sobre transtorno de humor? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


19 de janeiro de 2021 Todos
Se você já conheceu alguém que saiu do luto, sabe que a situação é complicada. Isso acontece especialmente se a perda foi muito significativa, como no caso de pais, irmãos ou filhos. O luto é uma fase que precisa ser respeitada, mas encarada: existe a percepção equivocada de que é necessário “cobrir” o luto, seguir com as obrigações como se algo não tivesse causado um abalo significativo nas estruturas psicológicas e, muitas vezes, na rotina do enlutado. A circunstância pode ter ainda um agravante: se a perda era esperada, como no caso de pessoas adoecidas, não há o fator “surpresa”. Porém, se a perda é abrupta, pode ser mais complexo aceitar a realidade. É hábito que façamos a divisão do luto em cinco fases. Nem todos passam por todos os estágios, é claro, mas essa é uma maneira didática de pensar sobre o processo de superação do ocorrido. Apenas depois de vivenciar o impacto da perda é possível prosseguir com as atividades de outrora e criar um novo rumo para a vida. Falaremos mais sobre as fases já citadas abaixo.

Saindo do luto: é preciso respeitar o seu tempo

Como já comentamos anteriormente, não é possível apressar o tempo de compreensão das coisas, nem mesmo sufocar os sentimentos oriundos de uma perda. Quando alguém esconde a sua dor sob algum vício ou prática, como o uso de medicamentos sem prescrição médica, entorpecentes ou compulsões diversas, não consegue superar o acontecido. Essas ações não permitem nem mesmo reinventar o “eu” diante de uma nova perspectiva de mundo. Por isso, é importante compreender que, mesmo doendo muito, o sentimento evolui para algo suportável. Entenda, a seguir, todas as fases do luto, até a superação da dor.

Fases do luto

Negação

Como o próprio nome sugere, trata-se do momento em que a pessoa, diante da perda, tenta negá-la. Ela acredita (ou deseja acreditar) que voltar ao passado é possível, que seguir a vida nos eixos anteriores ainda pode acontecer.

Raiva

Ao perder alguém que se ama, é natural buscar culpados. Para algumas pessoas, a morte não é uma novidade, mas as suas circunstâncias – ainda que em teoria – podem ser diferentes. Durante esta fase, há um sentimento de raiva pelos familiares, pelos médicos, pela própria pessoa falecida. Não raro, o paciente pode direcionar os sentimentos de raiva, juntamente com os sentimentos de culpa, para si mesmo.

Negociação

A percepção da perda já está instalada, mas ainda não é inteiramente compreendida. O indivíduo pensa em como poderia ter alterado o que aconteceu, nos momentos vividos com a pessoa, no que poderia ter sido.

Depressão

Não necessariamente é um quadro clínico, mas pode vir a ser. A perda manifesta-se em dor física e psicológica, podendo vir acompanhada de sentimentos de infelicidade, desesperança, fraqueza e cansaço.

Aceitação

Podemos dizer que as pessoas que estão saindo do luto estão nessa fase. Durante o período de aceitação, existe a dor da perda – para muitas pessoas, ela é uma realidade com a qual se deve lidar para sempre -, mas existe a compreensão de que as coisas não podem ser alteradas pela vontade de um indivíduo. Os sentimentos de culpa tendem a se dissipar, assim como a raiva pelo ocorrido. Pode haver tristeza, mas ela está mais atrelada à saudade de quem se foi.

Como passar pelo luto de forma saudável?

Encará-lo é o primeiro passo. Reforçamos o que já foi dito em outro parágrafo: não é possível superar a dor ou um trauma sem encará-lo e, de certa forma, “fazer as pazes” com ele. Quando a perda foi repentina e a pessoa está muito abalada, é mais do que recomendado que ela busque ajuda psiquiátrica e psicológica. Os medicamentos, assim como o ouvido treinado de um profissional, podem ajudá-la a retomar a sua vontade de viver e seguir em frente. É importante, por mais que seja difícil, buscar o apoio de familiares e amigos. O isolamento após a perda tende a ser negativo, uma vez que os pensamentos invasivos podem sugerir um quadro de solidão (mesmo quando a pessoa possui uma rede de apoio). Dar vazão aos sentimentos é uma boa forma de deixar o luto acontecer. Permita-se sentir e compreenda, ainda que não seja fácil, que a vida agora deve ser percorrida de outra forma. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


18 de janeiro de 2021 DepressãoTodos
Pensamentos pessimistas podem ocorrer em situações de estresse, após um evento particularmente preocupante ou durante crises pessoais – como fins de relacionamento, brigas, etc. Se eles são recorrentes, no entanto, podem ser sintoma ou mesmo engatilhar algum quadro clínico. Se você deseja saber mais sobre a questão e entender quando os pensamentos pessimistas devem ser avaliados de forma mais profunda, prossiga com a leitura deste texto.

Pensamentos pessimistas: o que pode ser?

A persistência de sentimentos de desolação e a sensação de que “tudo vai dar errado” não fazem parte de uma rotina mental saudável. Pessoas pessimistas tendem a achar que determinadas atitudes não fazem sentido e podem, por exemplo, deixar de investir em possibilidades profissionais ou em relações. O medo da rejeição, a ideia de não-pertencimento, além da baixa autoestima podem caminhar ao lado de um pessimista. Alguns transtornos de ordem mental também podem ter influência direta sobre a qualidade dos pensamentos de um indivíduo. Falaremos mais sobre isso, a seguir.

A depressão e o pessimismo

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão é um transtorno comum em todo o mundo. A enfermidade é a segunda principal causa de morte entre pessoas com idades entre 15 a 29 anos. A depressão afeta mais de 300 milhões de indivíduos e tem ligação direta com alterações na percepção de mundo, no rendimento profissional, na comunicação e nas relações interpessoais. Indivíduos depressivos podem manifestar, além de fadiga, uma série de outros sintomas, como:
  • dificuldade de socialização;
  • tristeza;
  • angústia;
  • instabilidade ou alteração de humor;
  • apatia;
  • pensamentos pessimistas;
  • dores no corpo;
  • ideações suicidas;
  • intenso medo do futuro.
Com o excesso de estímulo particular de nossos dias, aliado às cobranças do mercado de trabalho, não é incomum que pessoas depressivas também desenvolvam distúrbios de ansiedade.

Síndrome do pânico

Conhecida como Síndrome ou Transtorno do Pânico, a ansiedade paroxística episódica é caracterizada pela ocorrência de sintomas físicos e mentais de medo forte. Durante uma crise de pânico, o indivíduo pode apresentar:
  • sudorese;
  • crise de choro;
  • taquicardia;
  • dificuldade respiratória;
  • pensamentos invasivos;
  • sensação de ser observado;
  • perda de controle;
  • náuseas.
Quem é diagnosticado com a síndrome pode vir a ter pensamentos pessimistas constantes: “e se a crise acontecer enquanto eu estiver no transporte coletivo? E se eu passar mal durante o meu expediente? E se alguém me rejeitar?” Tais pensamentos podem fazer com que a ansiedade piore – o que, por sua vez, aumenta as chances de que o indivíduo tenha dificuldades de lidar com as pessoas e até mesmo sair de casa.

O que fazer quando os pensamentos pessimistas tomam conta?

Se você tem percebido a recorrência de pensamentos preocupantes e acredita que isso está alterando a sua forma de lidar com o mundo e com as pessoas, busque ajuda especializada. Um médico psiquiatra pode, após consulta do seu quadro e avaliação do seu histórico médico, sugerir um caminho de ação coerente e respeitoso para com as suas necessidades. Em geral, é possível conseguir melhora significativa dos sintomas e dos pensamentos pessimistas com a utilização de medicamentos e com terapia. No entanto, cada caso é único e deve ser tratado com a devida responsabilidade. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!

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17 de janeiro de 2021 Todos

Você sabia que 51% dos brasileiros não estão satisfeitos com a vida sexual? Pesquisas recentes apontam que 22% das mulheres não alcançam o orgasmo quando praticam sexo, enquanto 62% dos homens apresentam dificuldade para manter a ereção.

A sexualidade é muito importante, tanto que tem sua  relevância legitimada pela OMS, Organização Mundial de Saúde (OMS), que afirma que o sexo é um dos pilares da qualidade de vida. Isso significa que a insatisfação nesse âmbito pode impactar negativamente o bem-estar geral dos indivíduos adultos.

Vale destacar que os problemas sexuais podem estar relacionados a múltiplos fatores, como por exemplo, alterações hormonais, problemas de autoestima, estresse, ansiedade, depressão, traumas passados, questões orgânicas, etc.

Independente de qual seja a causa das dificuldades sexuais, é indispensável buscar ajuda para solucionar o problema. O psiquiatra pode ser um grande aliado nessa tarefa! Confira a seguir quando esse profissional deve ser procurado.

Quando a insatisfação sexual for persistente

É natural que vez ou outra a pessoa não se sinta realizada na cama. O sexo depois de um dia estressante no trabalho, uma dificuldade pontual de ereção ou um episódio isolado de ejaculação precoce não é motivo para se preocupar. Entretanto, se o problema é duradouro, ligue o sinal de alerta e procure saber o que está acontecendo. Em alguns casos, o tratamento deverá ser multidisciplinar, com a participação do psiquiatra, urologista, ginecologista, fisioterapeuta, etc.

Quando bloqueios emocionais impedirem que a vida sexual seja plena

Se tabus e bloqueios emocionais ou culturais atrapalham a plenitude no sexo, é recomendável procurar o psiquiatra o quanto antes. Ao contrário do que muitos pensam, a sexualidade não é só uma questão de corpo. Envolve a mente também! Em boa parte dos casos, a insatisfação sexual tem íntima relação com problemas como traumas do passado e limitações mentais, como baixa autoestima, depressão, baixa autoconfiança e insegurança com a própria imagem.

Quando quiser aprender a lidar com a vida sexual

Procure o psiquiatra para desabafar e aprender a lidar com a própria sexualidade da forma mais natural possível. Esse profissional o receberá com discrição e sem julgamentos, pois está preparado para ouvir e tratar queixas como timidez, medo e constrangimento durante o sexo. Além disso, o psiquiatra convive diariamente com reclamações em relação à monotonia sexual, pouca frequência, ausência de preliminares, baixa libido, falta de sintonia, etc.

Quando precisar tratar um transtorno sexual específico

A vida sexual pode estar insatisfatória porque um dos parceiros ou ambos possuem algum transtorno relacionado ao sexo. As disfunções sexuais são caracterizadas por mudanças psicofisiológicas que atrapalham o desempenho e a satisfação no sexo. São perturbações capazes de gerar dificuldades no relacionamento, além de sofrimento acentuado. Os principais transtornos incluem a aversão sexual, o desejo sexual hipoativo, a dispareunia, o transtorno orgásmico, a ejaculação precoce, o sadismo, o vaginismo, o exibicionismo, o fetichismo, o masoquismo e  a disfunção erétil

Quer saber mais sobre quando procurar um psiquiatra para avaliar a insatisfação sexual? Clique aqui.

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16 de janeiro de 2021 Todos

Problemas relacionados à sexualidade humana ainda são um tabu. Quando atingem o sexo masculino, a questão se torna ainda mais problemática. A maioria dos homens sentem vergonha em admitir que sofrem algum tipo de distúrbio sexual, p.ex., ejaculação precoce, e em procurar ajuda especializada, sobretudo com uma mulher.

Uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) revelou que 59% dos brasileiros acima de 40 anos já tiveram algum problema de ereção. O estudo também apontou que a ejaculação precoce é comum e atinge cerca de 30% dos homens.

A ejaculação precoce é uma disfunção sexual masculina em que o processo de ejaculação durante a atividade sexual é antecipado, sem que o homem tenha controle. Essa disfunção é considerada um problema quando o fato torna-se frequente.

Causas da ejaculação precoce

As principais causas da ejaculação prematura são de origem psicológica e estão relacionadas à ansiedade e ao estresse. A insegurança também está associada ao problema em muitos jovens, quando iniciam a vida sexual. O medo de como será o desempenho e a falta de experiência são fatores que podem agilizar a ejaculação.

A precocidade da ejaculação também apresenta alguns fatores biológicos, como problemas hormonais, distúrbios da tireoide, problemas na próstata, fatores genéticos, entre outros.

O consumo de álcool e drogas também podem afetar o desempenho sexual e antecipar o momento da ejaculação.

Sintomas

Para ser considerada um problema, a ejaculação prematura se caracteriza:

  • quando ocorre com frequência;
  • quando acontece em qualquer ato sexual, seja na masturbação ou durante o sexo;
  • quando o homem não consegue retardar a ejaculação.

Há casos em que se trata de ejaculação precoce secundária. Ocorre com homens de qualquer idade e com tempo de ejaculação dentro do padrão, mas que, por alguma razão, desenvolveram a ejaculação antecipada.

Tratamento

O tratamento para a ejaculação prematura será realizado de acordo com a causa. É imprescindível que um médico faça a avaliação. Psicoterapia e o uso de antidepressivos estão entre as opções de tratamento. O uso de medicamentos deve ser realizado apenas sob a prescrição médica de um especialista como psiquiatra ou urologista.

São indicados, também, algumas técnicas e exercícios que ajudam o homem a aprender a controlar o momento da ejaculação.

Quando a ejaculação prematura tem origem biológica, é preciso fazer o tratamento também da doença associada, para que haja êxito no tratamento da disfunção.

Acredita-se que um a cada três homens tenham ejaculação precoce; é uma disfunção comum no sexo masculino.

Sendo a ansiedade e o estresse os grandes motivadores da ejaculação precoce, devem ser tratados adequadamente, assim como quaisquer outras doenças que estiverem causando o problema. O apoio e a compreensão da companheira são essenciais para que o homem enfrente e supere esse momento.

 

Quer saber mais sobre temas relacionado à sexualidade humana? Veja outros artigos relacionados que separei para você, dá uma olhada lá no Blog ou fique à vontade em escrever um comentário ou mandar um e-mail.

Como a psiquiatria atua no tratamento da ejaculação precoce

Insatisfação sexual: quando procurar um psiquiatra?

5 transtornos sexuais mais comuns e como tratá-los



15 de janeiro de 2021 AnsiedadeTodos

Você é daquelas pessoas que vivem preocupadas com o futuro? Fica ansioso constantemente e isso chega a atrapalhar sua vida cotidiana? Seus dias são marcados por tensão e apreensão?  Suas noites de sono já não são como antes e agora você já não consegue dormir bem? Está sempre em ritmo acelerado e ocupa seu tempo com pensamentos contraproducentes? Talvez seja interessante, então, controlar a preocupação excessiva.

A ansiedade é uma condição natural diante de situações que geram medo ou expectativa. Uma viagem muito aguardada, uma mudança de cidade, uma entrevista de emprego…Enfim, o estado ansioso nos prepara para encarar desafios e, de certo modo, pode até contribuir no processo de adaptação. Por outro lado, ansiedade em excesso pode ser extremamente prejudicial, a ponto de desencadear sintomas como mal-estar físico, dor de cabeça, inquietação, fadiga, dificuldade de concentração, irritabilidade, perturbação do sono e tensão muscular.

Neste artigo, trazemos mais informações sobre como manter a ansiedade e preocupação excessivas sob controle. Confira!

Dicas para controlar a preocupação excessiva

Encare os problemas de maneira objetiva

Se o problema de fato existe, procure encará-lo de forma objetiva, entenda o que realmente está acontecendo e quais os impactos que a situação pode causar. Depois disso, foque em possíveis soluções e pense por um momento em como você agiria e o que aconselharia se o problema  não fosse seu. Além disso, tente resolver e não complicar ainda mais o quadro, tornando tal problema maior do que ele realmente é.

Relaxe e concentre-se em outras coisas

Para combater a preocupação em excesso, desconecte-se por um tempo dos problemas e mude o seu foco, ainda que seja por um breve momento. Descanse, dedique-se a algum hobby, passeie com a família e relaxe. Deixar de descansar ou se divertir não resolve. Pelo contrário, isso compromete a saúde mental e agrava a situação. Lembre-se de que, se você estiver relaxado, fica mais fácil encontrar soluções para eventuais problemas.

Pare de ser pessimista

Não potencialize os problemas, não veja tragédia onde não tem, não se coloque para baixo e nem fique apenas olhando o ponto negativo das coisas. Acredite em si mesmo e tenha uma atitude positiva diante da vida. Aprecie o belo e valorize o que é bom. 

Aprenda a reprogramar a rota

Nem sempre as coisas vão sair como você planejou e isso não é necessariamente ruim. É preciso aprender a lidar com contratempos e reprogramar a rota. E isso pode ser melhor do que você imagina! Saiba que, se algo fugir ao planejado inicialmente, existe o plano B. Então, diversifique suas opções e sempre tenha mais de uma alternativa. Não concentre suas expectativas e projetos em uma coisa só.

Busque auxílio profissional

Se sua ansiedade é excessiva, a preocupação parece incontrolável e você tem a sensação de que não vai conseguir solucionar seus problemas sozinho, procure ajuda profissional. Você é forte e capaz de enfrentar adversidades e desafios, mas há situações em que o especialista fornecerá ferramentas para lidar com os problemas da maneira mais adequada.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



14 de janeiro de 2021 AnsiedadeTodos

Quase tudo sobre a pandemia do coronavírus é incerto: quantas pessoas serão afetados, quanto a economia e o mercado de trabalho serão afetados, em quanto tempo as coisas retornarão ao “normal”.

A incerteza pode causar sentimentos de extremo desconforto. A incerteza pode também nos levar a concentrar nos piores cenários, o que pode interferir na nossa capacidade de resolver problemas ou tomar decisões.

Embora a incerteza possa ser assustadora, pânico e preocupação são métodos ineficazes de preparação para imprevistos.

E considere isso – a incerteza provavelmente elevará seus hormônios do estresse, o que pode comprometer seu sistema imunológico, tornando-o ainda mais vulnerável a doenças.

O que fazer para gerenciar a incerteza?

Aqui estão algumas sugestões para gerenciar a incerteza durante a pandemia de coronavírus. Você poderia reservar 10 minutos para fazê-lo? Pegue uma folha de papel para registrarmos as respostas.

Primeiro, pense em um momento em que lidou com sucesso com a incerteza e depois responda às seguintes perguntas. 

Qual foi a situação?

E como você reagiu?

Lembra quais forças e habilidades você usou?

E, ainda, quais foram algumas das coisas que você pôde resolver, mudar ou controlar em sua vida diária neste período? 

Mesmo nos melhores momentos, a incerteza é apenas uma parte da vida.

Embora o nível de incerteza causado pela pandemia de coronavírus é sem precedentes, a realidade é que essa situação acabará, e a vida continuará. Pode ser útil confortar-se com declarações do tipo: “Eu posso com isso “ou” Isso é realmente difícil, mas já superei desafios antes “.

Pense: quais são algumas das afirmações, meditações ou palavras de sabedoria que você pode usar para ajudá-lo a através deste momento difícil? 

Anote: os nomes de amigos e familiares com os quais você pode contar para apoio emocional ou uma boa risada quando você está preocupado ou se sentindo triste.

Reflexões sobre este exercício

Quais atividades foram mais eficazes para ajudar você a gerenciar a incerteza? 

Após esta prática, você se sente mais capaz de gerenciar sentimentos ou pensamentos associados à incerteza? 

Explique para si mesmo.

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    Médica graduada na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro com Residência em Psiquiatria no Instituto de Psiquiatria Universidade Federal do Rio de Janeiro.


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