Pensamentos pessimistas podem ocorrer em situações de estresse, após um evento particularmente preocupante ou durante crises pessoais – como fins de relacionamento, brigas, etc.
Se eles são recorrentes, no entanto, podem ser sintoma ou mesmo engatilhar algum quadro clínico.
Se você deseja saber mais sobre a questão e entender quando os pensamentos pessimistas devem ser avaliados de forma mais profunda, prossiga com a leitura deste texto.
Pensamentos pessimistas: o que pode ser?
A persistência de sentimentos de desolação e a sensação de que “tudo vai dar errado” não fazem parte de uma rotina mental saudável.
Pessoas pessimistas tendem a achar que determinadas atitudes não fazem sentido e podem, por exemplo, deixar de investir em possibilidades profissionais ou em relações.
O medo da rejeição, a ideia de não-pertencimento, além da baixa autoestima podem caminhar ao lado de um pessimista.
Alguns transtornos de ordem mental também podem ter influência direta sobre a qualidade dos pensamentos de um indivíduo.
Falaremos mais sobre isso, a seguir.
A depressão e o pessimismo
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão é um transtorno comum em todo o mundo.
A enfermidade é a segunda principal causa de morte entre pessoas com idades entre 15 a 29 anos. A depressão afeta mais de 300 milhões de indivíduos e tem ligação direta com alterações na percepção de mundo, no rendimento profissional, na comunicação e nas relações interpessoais.
Indivíduos depressivos podem manifestar, além de fadiga, uma série de outros sintomas, como:
- dificuldade de socialização;
- tristeza;
- angústia;
- instabilidade ou alteração de humor;
- apatia;
- pensamentos pessimistas;
- dores no corpo;
- ideações suicidas;
- intenso medo do futuro.
Com o excesso de estímulo particular de nossos dias, aliado às cobranças do mercado de trabalho, não é incomum que pessoas depressivas também desenvolvam distúrbios de ansiedade.
Síndrome do pânico
Conhecida como Síndrome ou Transtorno do Pânico, a ansiedade paroxística episódica é caracterizada pela ocorrência de sintomas físicos e mentais de medo forte.
Durante uma crise de pânico, o indivíduo pode apresentar:
- sudorese;
- crise de choro;
- taquicardia;
- dificuldade respiratória;
- pensamentos invasivos;
- sensação de ser observado;
- perda de controle;
- náuseas.
Quem é diagnosticado com a síndrome pode vir a ter pensamentos pessimistas constantes: “e se a crise acontecer enquanto eu estiver no transporte coletivo? E se eu passar mal durante o meu expediente? E se alguém me rejeitar?”
Tais pensamentos podem fazer com que a ansiedade piore – o que, por sua vez, aumenta as chances de que o indivíduo tenha dificuldades de lidar com as pessoas e até mesmo sair de casa.
O que fazer quando os pensamentos pessimistas tomam conta?
Se você tem percebido a recorrência de pensamentos preocupantes e acredita que isso está alterando a sua forma de lidar com o mundo e com as pessoas, busque ajuda especializada.
Um médico psiquiatra pode, após consulta do seu quadro e avaliação do seu histórico médico, sugerir um caminho de ação coerente e respeitoso para com as suas necessidades.
Em geral, é possível conseguir melhora significativa dos sintomas e dos pensamentos pessimistas com a utilização de medicamentos e com terapia. No entanto, cada caso é único e deve ser tratado com a devida responsabilidade.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
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