Dra Aline Rangel / Dra Aline Rangel

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Pessoas que sofrem com transtornos mentais tendem a se isolar ou a não serem bem-aceitas por colegas de trabalho e familiares. No caso do transtorno bipolar, por exemplo, outras pessoas não entendem que o paciente está sofrendo com algum tipo de problema e não está em perfeitas condições para uma boa convivência. Por isso, é importante entender como funciona esse transtorno e o que podemos fazer para ter um relacionamento saudável e harmonioso com quem sofre com isso.

O que é o transtorno bipolar?

O transtorno bipolar é uma condição crônica de saúde mental caracterizada por oscilações extremas de humor que alternam entre períodos de mania e depressão. Enquanto a depressão é mais conhecida, a mania é um aspecto crucial do transtorno bipolar que ainda é muito mal compreendido pela população de forma geral. Todo e qualquer episódio de oscilação do humor, seja no contexto de um conflito emocional grave (p.ex.: após uma separação conjugal) ou de outros transtornos psiquiátricos (p.ex.: Transtorno de Personalidade Borderline), criam crenças equivocadas de que “essa pessoa é bipolar”.

A mania, com alegria ou irritabilidade patológicas, é o estado de exaltação do humor. Nesse quadro, o paciente demonstra estar alegre sem um motivo específico. Esse humor pode ser eufórico, irritável ou até arrogante. Nesse estágio, é comum que ele também apresente mania de grandeza.

A hipomania é um estado semelhante ao de mania, mas em menor intensidade. Apesar de ser uma fase mais amena, requer atenção redobrada, pois o paciente pensa que já está curado e não precisa manter o tratamento.

A depressão, dentro do transtorno afetivo bipolar, se divide nos tipos 1 e 2. Durante o tipo 1, a pessoa apresenta momentos depressivos intercalados com episódios de mania. Já no tipo 2, os estados de mania são menos intensos.

Além disso, existem diferentes tipos desse transtorno, mas todos afetam o humor, a energia e a eficiência do indivíduo. As oscilações de humor podem não respeitar um período de tempo, ocorrendo de forma aleatória.

Quais são as causas do transtorno bipolar

Não há uma comprovação científica para a origem do problema, o que se sabe é que fatores genéticos e a ocorrência de alterações no cérebro ou nos níveis dos neurotransmissores estão relacionados com o transtorno.

Existem também outras causas que podem servir como gatilhos para o transtorno bipolar, tais como estresse prolongado, uso de remédios inibidores de apetite, puerpério, hipertireoidismo e hipotireoidismo.

Dicas para lidar com pessoas bipolares

Existem algumas dicas essenciais que servem como regras de convivência para ajudar você a viver de forma harmoniosa com pessoas bipolares num momento de crise. Veja:

  1. Evite discutir, pois esse debate pode desencadear uma crise na pessoa. Assim, evite dizer coisas que podem gerar irritação.
  2. Tenha calma ao falar e use um tom de voz adequado. Dessa forma, você evita que a pessoa bipolar aja com impulsividade e tome atitudes exageradas.
  3. Procure ser positivo ao conversar com o paciente, principalmente nos episódios depressivos.
  4. Evite embates, pois será prejudicial para ambos. Lembre-se de que a pessoa já sofre com a variação de emoções.
  5. Não torne a pessoa bipolar uma vítima da situação e evite facilitar as coisas para ela. A atitude correta é se mostrar disponível, incentivá-la a realizar suas tarefas e seguir em frente.
  6. Não julgue a condição de quem sofre com o transtorno, evite preconceitos ou suposições inadequadas sobre o quadro dele.
  7. Esteja atento ao que é dito pela pessoa bipolar. Normalmente, eles costumam fazer o que dizem. Então, se ouvi-lo comentar qualquer coisa relacionada a suicídio, por exemplo, procure ajuda.

 

Lidar com uma pessoa que tem o diagnóstico de transtorno bipolar requer compreensão, paciência e compaixão. Ao se informar sobre o transtorno, criar um ambiente seguro e acolhedor e incentivar os cuidados pessoais e a busca de ajuda profissional, você pode ter um impacto positivo na qualidade de vida dessa pessoa. Lembre-se de que estar presente para alguém com transtorno bipolar significa oferecer apoio consistente, ouvir ativamente e reconhecer suas experiências únicas. Juntos, podemos ajudar indivíduos com transtorno bipolar a navegar em sua jornada rumo à estabilidade e ao bem-estar. Com todas essas informações e colocando em prática essas dicas você estará apto a lidar melhor com quem sofre com o transtorno bipolar.


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Transtorno do humor é uma condição patológica que apresenta alterações no humor, comportamento, na energia, na forma de sentir, de pensar e reagir.  Esse tipo de transtorno compromete não apenas o humor, como também a afetividade e as relações sociais.

Tal problema pode impactar diferentes áreas da vida, incluindo a familiar, profissional, escolar ou acdêmica, social e amorosa, uma vez que o transtorno de humor pode se manifestar em episódios isolados ou recorrentes. Consequentemente, o indivíduo é assolado por sérios prejuízos.

Há diferentes tipos de transtorno do humor, entre eles, a depressão, o transtorno bipolar, ciclotimia e a depressão leve persistente (anteriormente chamada de distimia). Quer conhecer os transtornos do humor mais a fundo? Leia o artigo e fique por dentro do assunto!

Tipos de transtorno do humor

Como foi mencionado anteriormente, não há somente um tipo de perturbação do humor. Confira a seguir os principais transtornos existentes:

  • Depressão – Transtorno do humor que gera um estado de angústia, melancolia, ansiedade, desânimo, queda de energia, fadiga e falta de motivação. Não deve ser confundida com os episódios pontuais de tristeza diante dos problemas da vida.
  • Transtorno Bipolar: A bipolaridade ou transtorno afetivo bipolar é uma condição caracterizada pela alternância, muitas vezes súbita, de humor e comportamento. O transtorno bipolar tem ganhado cada vez  consistência de se tratar de um “espectro” de humor em detrimento de dois pólos distintos de humor: a mania e a depressão.
  • Ciclotimia – Ciclotimia é uma condição que integra o espectro bipolar, sendo considerada uma forma mais leve de bipolaridade. Essa perturbação do humor mescla períodos de euforia, excitação e hiperatividade com outros de tristeza, desânimo e inatividade.
  • Distimia – A distimia, ou transtorno depressivo persistente, é um tipo de depressão. Ela tem a intensidade moderada e duração mais longa que a depressão. Pessoas com distimia são vistas como indivíduos constantemente mal humorados, o que produz impactos negativos para o convívio social.

Sintomas do transtorno do humor

Os sinais individuais de cada transtorno do humor já foram mencionados, porém, há sintomas gerais e comuns que se repetem em todos esses tipos de perturbação. São eles:

  • alteração na energia/vitalidade
  • reações desproporcionais diante de fatos estressantes,
  • mudança de estado afetivo sem razão aparente,
  • perda de interesse em atividades que antes eram tidas como prazerosas,
  • dificuldade para manter relacionamentos interpessoais saudáveis,
  • perda ou aumento do apetite,
  • distúrbios do sono,
  • sentimentos negativos,
  • agitação ou retardo psicomotor,
  • prejuízos no desempenho social e/ou profissional

Causas do problema

Os transtornos do humor apresentam causas multifatoriais. Eles podem ter origens genéticas, psicossociais ou os dois. Perturbações do humor podem acontecer devido alterações bioquímicas no cérebro, como o déficit no metabolismo da serotonina, hormônio responsável pela sensação de bem-estar e equilíbrio do humor. Eventos negativos, como a morte de alguém querido, o desemprego repentino, mudanças físicas, episódios de doença e términos de relacionamentos também podem provocar o aparecimento de transtornos do humor.

Tratamentos para transtornos do humor

O tratamento para o transtorno do humor pode ser psicoterápico, farmacológico ou ambos, a fim de aumentar a efetividade. O tratamento farmacológico é realizado através de medicamentos antidepressivos, estabilizadores do humor e/ou antipsicóticos. A psicoterapia traz abordagens que visam melhorar a qualidade de vida do paciente e ajudá-lo a desenvolver diversos recursos internos para lidar com as disfunções.

Compreender os diferentes tipos de transtornos de humor e suas características únicas, é essencial para que os profissionais de saúde mental possam diagnosticar com precisão e desenvolver planos de tratamento personalizados para seus pacientes. A importância de uma avaliação abrangente não pode ser subestimada, pois um diagnóstico incorreto ou tratamento inadequado pode levar a complicações adicionais e dificultar o processo de recuperação.

Além disso, o valor do tratamento baseadas em evidências, como medicamentos, psicoterapia e modificações no estilo de vida, não pode ser subestimado. A colaboração entre profissionais  e pacientes é crucial para garantir que a abordagem de tratamento escolhida esteja alinhada com as necessidades e preferências individuais.

Também é importante reconhecer o papel do suporte contínuo e do monitoramento no manejo de longo prazo dos transtornos de humor. Acompanhamentos regulares e ajustes no plano de tratamento podem ser necessários para otimizar os resultados e prevenir recaídas. Além disso, conscientizar sobre os transtornos de humor e reduzir o estigma associado à saúde mental é essencial para incentivar as pessoas a procurar ajuda e apoio

 


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A Neurastenia (neuro = cérebro, astenia= fraqueza), é um transtorno psicológico resultado do enfraquecimento do sistema nervoso central, culminando em cansaço física e mental. É um termo antigo, usado pela primeira vez por George Miller Beard, em 1869, para designar um quadro de exaustão física e psicológica, fraqueza, nervosismo e sensibilidade aumentada (principalmente irritabilidade e humor depressivo).Era um diagnóstico muito frequente no final do século XIX que desapareceu e foi revivido várias vezes durante o século XX sendo incluído no CID-10 pela OMS mas não pelo DSM-5. Sua prevalência está entre 3 e 11% da população mundial, sendo tão comum em homens quanto em mulheres.

Era um diagnóstico muito frequente no final do século XIX e foi revivido várias vezes durante o século XX, sendo incluído no CID-10 pela Organização Mundial da Saúde. Os Estados Unidos são campeões no ranking de prevalência da doença e chegaram até a batizá-la como “americanitis”, pois a consideravam como transtorno psíquico característico dos americanos.

Principais sinais e sintomas da neurastenia

Além do cansaço, pode ser causada por combinação de fatores genéticos e ambientais, rotinas estressantes ou problemas familiares. Entre os principais sintomas estão:

  • dor de cabeça;
  • esgotamento físico e emocional;
  • dores no corpo;
  • aumento da sensibilidade;
  • pressão e peso na cabeça;
  • zumbidos no ouvido;
  • tonturas;
  • alterações no sono;
  • cansaço excessivo;
  • dificuldade em relaxar;
  • dificuldade de concentração;
  • dormência e formigamento dos membros;
  • distúrbios gastrointestinais;
  • ansiedade ou depressão.

 Por apresentar sintomas parecidos com os de outros transtornos psicológicos, a neurastenia deve ser cuidadosamente analisada por um psiquiatra. Além disso, a rotina do paciente e o histórico de saúde também precisam ser verificados. Ainda, o médico pode realizar testes psicológicos, baseados nos sintomas e na duração, que deve ser superior a três meses.

No geral, o psiquiatra observará se o paciente apresenta:

  • exaustão persistente e angustiante após esforço físico ou mental menor;
  • sensação geral de mal-estar acompanhada por um ou mais sintomas — dores musculares, tonturas, dor de cabeça de tensão, distúrbios do sono, incapacidade de relaxar e irritabilidade;
  • impossibilidade de se recuperar por meio de descanso ou atividade prazerosa;
  • sono não reparador, muitas vezes, incomodado com pesadelos;
  • Algo não causado por distúrbios mentais orgânicos, mas sim por outros transtornos afetivos, transtorno do pânico ou transtorno de ansiedade generalizada.

Neurastenia ao longo dos séculos XIX, XX e XXI

A neurastenia foi um diagnóstico comum que teve origem no final do século XIX e permaneceu popular por mais de 60 anos. O diagnóstico tornou-se amplamente adotado porque fornecia uma nova perspectiva sobre as dificuldades dos pacientes. Argumentava-se que todos os casos de neurastenia compartilhavam um padrão comum de sintomas, um curso semelhante, uma via causal comum e uma tendência a responder a alguns tratamentos interessantes. Assim, por muitos anos, a neurastenia infiltrou-se no mundo médico e tornou-se um fenômeno diagnóstico generalizado.

A medicina moderna enfrenta dificuldades ao diferenciar uma doença clínica de um transtorno emocional. Na verdade, muitas vezes há algum grau de sobreposição e comorbidade (ocorrência de duas doenção ao mesmo tempo ou associadas) entre distúrbios clínicos e transtornos psiquiátricos. Corpo e mente estão entrelaçados e o estado mental de um paciente terá um impacto em sua condição física.

O diagnóstico de neurastenia perdeu importância e passou a se subdiagnosticado após 1920 devido à ênfase em uma abordagem mais científica para a medicina. No entanto, o diagnóstico de neurastenia permaneceu intacto. Durante a década de 1940, a neurastenia foi descrita como uma condição psiconeurótica viável classificada junto com histeria, ansiedade, compulsões e neuroses traumáticas. Mais recentemente, a neurastenia tem sido descrita como uma categoria diagnóstica viável em livros didáticos  e sistemas de diagnóstico da Organização Mundial de Saúde.

Ao longo da história da neurastenia, ficou claro que a maioria dos médicos se sentia mais confortável em fazer um diagnóstico de um problema médico do que em considerar os sintomas como enraizados emocionalmente. Como muitas vezes não havia uma causa orgânica identificável, os médicos às vezes se recusavam a tratar pacientes neurastênicos ou se contentavam em fornecer conselhos vagos para lidar com os sintomas da neurastenia. No entanto, recomendava-se “evitar tratar os sintomas neuróticos como se houvesse uma doença orgânica presente… administrar medicamentos e realizar operações claramente nunca pode remediar o que não está lá para ser remediado”.

Com o tempo, a causa provável da neurastenia passou a ser vista como um conflito psicológico em vez de uma “exaustão” do sistema nervoso . Houve uma ênfase em evitar prescrever longos períodos de repouso, pois isso poderia convencer os pacientes de que eles estavam incapacitados ou com deficiência grave. Ainda hoje, parece útil enfatizar as forças e a resiliência do paciente no caminho para a saúde, em vez de sua incapacidade e fraqueza. Além disso, o estado mental adoecido às vezes era o foco do tratamento em vez do conjunto de sintomas.  Assim, não foi surpreendente que os pacientes se beneficiassem de uma avaliação honesta e de uma atitude de apoio de seu médico. O estado mental do paciente precisava de tratamento além da condição física.

Os pacientes com neurastenia eram caracterizados pela expressão “dupla carga do neurastênico” devido ao sofrimento subjetivo e às reações sociais dos outros que podem não ter respeitado a realidade de sua experiência. Essa carga reforçou a opinião dos médicos de endossar uma base médica para a neurastenia. A neurastenia foi reconhecida como uma condição médica, tanto por pacientes quanto por médicos, reduzindo provavelmente o interesse por fatores psicológicos potenciais. A sobreposição significativa dos diagnósticos modernos e históricos relacionados ao sofrimento devido à fadiga sugere que há muito a ser compreendido sobre este quadro clínico-psicológico. Hoje, século XXI, observamos  novamente essa sobreposição de sinais e sintomas em casos contemporâneos de síndrome da fadiga crônica e fibromialgia.

Agende sua consulta com a Dr. Aline Rangel psiquiatra e sexóloga.

Qual é o tratamento indicado?

O tratamento tem como principal objetivo oferecer uma melhor qualidade de vida, reduzir os sintomas e promover uma rotina mais leve ao paciente. Na maioria das vezes, a melhor indicação é a psicoterapia combinada com o uso de medicamentos, que estimulam a produção e liberação de hormônios responsáveis pelo bem-estar.

Além disso, é importante que o paciente se comprometa a adotar novos hábitos de vida e que mantenha uma alimentação equilibrada e rica em fibras, legumes, verduras e frutas. Ainda, que evite uso de bebidas alcoólicas, comidas gordurosas e cigarro, por exemplo. É indicado também praticar atividades físicas regulares, o que ajudará a estimular a produção de hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar, ajudando a relaxar.

Por fim, pessoas com neurastenia devem evitar rotinas estressantes, reservando pelo menos um dia por semana para o descanso, de preferência em locais tranquilos, agradáveis e com bastante ar puro.

Ao explorarmos a história do diagnóstico da neurastenia, percebemos o quão complexo e multifacetado é o campo da medicina e da saúde mental. A neurastenia, que foi amplamente diagnosticada e discutida durante mais de seis décadas, foi gradualmente desaparecendo à medida que a medicina buscava uma abordagem mais científica. No entanto, é importante reconhecer que a experiência de sofrimento dos pacientes persistiu, mesmo que os sintomas fossem vagos e não específicos.

Hoje, vemos esses mesmos desafios na compreensão de condições como a síndrome da fadiga crônica e a fibromialgia. Embora esses diagnósticos tenham evoluído e sido reconhecidos de forma mais precisa, ainda existem semelhanças intrigantes com a neurastenia do passado. A sobreposição dos sintomas de fadiga, dores musculares e dificuldades cognitivas é evidente, assim como a busca por validação e compreensão da experiência subjetiva do paciente.

Nossa compreensão dessas condições está em constante evolução. À medida que avançamos, devemos aprender com os erros do passado e evitar cair em armadilhas de diagnósticos excessivamente amplos ou imprecisos. É fundamental reconhecer a interação complexa entre o corpo e a mente, entendendo que os fatores psicológicos e sociais desempenham um papel crucial nas manifestações físicas dessas condições.

 


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Referências: Overholser, J. C., & Beale, E. E. (2019). Neurasthenia. The Journal of Nervous and Mental Disease, 207(9), 731–739.


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8 de dezembro de 2022 Dra Aline RangelAnsiedade

A ansiedade é um problema global. Ao redor do mundo, cerca de 25-30% da população sofre com algum transtorno de ansiedade de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS)1. Ela pode se manifestar de diferentes maneiras e pode ser descrita como uma das experiências mais angustiantes que uma pessoa possa vivenciar. Essas crises podem ser avassaladoras e debilitantes, mas é essencial reconhecer os sinais para buscar apoio adequado e tratamento. Neste artigo, exploraremos oito sinais que indicam uma crise de ansiedade, ajudando você a compreender melhor essa condição e tomar medidas proativas para gerenciá-la.

1) Alterações no sono

A dificuldade para adormecer ou manter o sono é um dos indicativos de transtorno de ansiedade, tanto que, 50% das pessoas com transtornos de ansiedade têm problemas para dormir. Quando o indivíduo vira de um lado para o outro, não consegue pegar no sono e acorda excessivamente cansado, há grandes chances de estar vivendo uma crise de ansiedade.

2) Preocupação excessiva

Outra marca da ansiedade é a preocupação excessiva. Se preocupar moderadamente com as coisas do dia a dia é natural, porém, ter sempre a sensação de que algo ruim vai acontecer é um indício de que a pessoa está ansiosa patologicamente. Ficar preocupado de maneira intensa e persistente, a ponto de sofrer com essa condição, revela a desregulação psíquica e emocional característica desse tipo de crise.

3) Tensão muscular

A tensão muscular é uma das manifestações físicas da ansiedade. É comum que em meio a crises ansiosas, a pessoa tenha a sensação de mandíbula apertada, punho tensionado e músculos enrijecidos por todo corpo. Por vezes, a tensão é tão grande que pode gerar dores locais. Nesse caso, técnicas como massagens e exercícios regulares podem ajudar a relaxar e aliviar as tensões.

4) Ataques de pânico

Os ataques de pânico podem sinalizar uma crise intensa de ansiedade. A sensação repentina de medo, coração acelerado, aperto no peito e garganta, suor, tremor, mãos frias, dores no estômago e fraqueza acontecem nesse tipo de ataque e estão intimamente relacionados a transtornos de ansiedade.

5) Comportamento compulsivo

Os comportamentos compulsivos, além dos pensamentos intrusivos, descontrolados e irracionais também são sinais de que uma crise de ansiedade se aproxima ou já está acontecendo. Comer excessivamente ou comprar de forma impulsiva/ compulsiva, por exemplo, são atitudes que indicam transtornos de ansiedade. Fique de olho!

6) Tontura e sensação de desmaio

Crises agudas de ansiedade podem vir acompanhadas de tontura e sensação de desmaio sem qualquer aviso. Sintomas como náuseas e vômitos também são comuns em quadros de ansiedade

7) Falta de ar

Na iminência de uma crise de ansiedade, muitos indivíduos sentem falta de ar, respiração ofegante, peito apertado e, até mesmo, uma fadiga incapacitante. Esses sintomas físicos podem aparecer isoladamente ou em conjunto com outros sinais, como balançar braços e pernas sem parar, roer unhas e falar muito rápido.

8) Mudanças de humor

Pessoas ansiosas tendem a apresentar alterações de humor repentinamente. Alguém naturalmente calmo pode ficar irritado, pessoas otimistas podem ficar pessimistas temporariamente e os alegres podem passar por um período de tristeza sem razão aparente.

A ansiedade é uma condição complexa que pode impactar significativamente o bem-estar de uma pessoa quando não é tratada. Ao reconhecer os sinais de uma crise de ansiedade, os indivíduos podem tomar medidas proativas para gerenciar sua ansiedade e melhorar sua qualidade de vida. Lembre-se de buscar ajuda profissional, aprender e utilizar estratégias de enfrentamento, pois isso é crucial para atravessar uma crise de ansiedade. Com o apoio adequado e as ferramentas corretas, é possível recuperar o controle e encontrar a paz interior diante dos desafios que a ansiedade apresenta.

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Referências:

  1. WHO. Mental health action plan 2013- 2020. 2013. p. 1e48.

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Cerca de metade dos brasileiros não está satisfeita com vida a sexual. Grande parte da insatisfação na vida sexual se deve às dificuldades de ereção e a problemas para se atingir o orgasmo. Além disso, o chamado sexo rápido, a falta de autoconfiança, as relações negativas ou traumáticas no passado, as alterações hormonais e a baixa autoestima justificam o desinteresse sexual e podem impedir o prazer e a satisfação plena de homens e mulheres na intimidade.

Só para se ter ideia, somente 22% das mulheres alcançam o orgasmo no sexo e mais de 60% dos homens relatam dificuldade para obter e manter a ereção. Esses dados revelam o quanto a vida sexual pode ser frustrante e insatisfatória. A boa notícia é que os quadros de problemas no sexo podem ser revertidos com apoio psiquiátrico. Leia o texto e veja como um bom psiquiatra pode ajudar nesse sentido.

Psiquiatria para reverter a insatisfação na vida sexual

Ao contrário do que algumas pessoas imaginam, sexo não está relacionado exclusivamente ao corpo. A sexualidade está intimamente ligada, também, à mente. É por isso que a psiquiatria pode ser muito útil no tratamento da insatisfação na vida sexual, especialmente quando essa tem origens em disfunções sexuais.

Quais as principais reclamações sexuais ouvidas pelo psiquiatra?

O sexo ainda é um tabu para boa parte das pessoas, mas quem vence a timidez e o medo do constrangimento, consegue falar sobre a insatisfação na vida sexual e compartilhar os sentimentos com o psiquiatra. As principais reclamações dos pacientes dizem respeito a monotonia sexual, pouca frequência no sexo, ausência de preliminares, falta de desejo, ejaculação precoce, dificuldade de alcançar o orgasmo, casal sem sintonia, disfunção erétil e ao fato de se sentir pouco desejado.

Quais disfunções sexuais podem ser tratadas no consultório psiquiátrico?

Os psiquiatras são profissionais capacitados para tratar múltiplas disfunções sexuais que podem se correlacionar com a insatisfação no sexo. As disfunções são caracterizadas pelas alterações psicofisiológicas e pelas perturbações no desejo sexual, a ponto de provocarem dificuldade interpessoal e sofrimento acentuado. Dentre as principais disfunções, estão o transtorno de aversão sexual, o transtorno do desejo sexual hipoativo, o transtorno da excitação sexual, o transtorno orgásmico, a dispareunia, a ejaculação precoce, o vaginismo, o sadismo, o fetichismo, o exibicionismo e o masoquismo.

Por que procurar ajuda para resolver problemas sexuais?

A sexualidade é uma área extremamente importante para o ser humano e a relevância dela é legitimada pela Organização Mundial de Saúde, que afirma que o sexo é um dos pilares da qualidade de vida. O sexo traz benefícios como proteção cardiovascular, redução dos níveis de estresse, fortalecimento imunológico, além de ganhos emocionais, como menos sintomas depressivos e de ansiedade. Se você estiver insatisfeito na vida sexual, o ideal é buscar auxílio para solucionar os problemas, a fim de ser mais feliz e saudável em todos os sentidos.

Como reverter os quadros de insatisfação na vida sexual?

Esse é um problema multifatorial que pode ser causado por razões orgânicas, físicas, psíquicas ou mistas. Sendo assim, o tratamento depende da causa e, geralmente, demanda a intervenção de uma equipe multidisciplinar. Os métodos para reverter o problema podem combinar farmacologia, psicologia, fisioterapia e psiquiatria.

Para tratar a insatisfação na vida sexual, primeiramente, o psiquiatra vai ouvi-lo sem julgamentos ou preconceitos. Ele também está apto a tratar transtornos sexuais e esclarecer questões médicas, orgânicas e emocionais acerca das disfunções por meio de terapia sexual. Ao procurar um psiquiatra para auxiliá-lo, dê preferência a profissionais especializados em sexualidade humana.


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19 de junho de 2022 Dra Aline RangelTodos1

Ao contrário do que muita gente imagina, gostar de fazer sexo não tem relação direta com a compulsão sexual ou “vício em sexo”, ou seja, ter uma vida sexual ativa e intensa não é sinal de que a pessoa é compulsiva.

Quem tem compulsão sexual não consegue resistir aos pensamentos e desejos exagerados sobre o sexo. Trata-se de um transtorno psiquiátrico caracterizado por atos impulsivos e obsessivos envolvendo a prática sexual, com o agravante de que o “viciado” precisa saciar sua vontade imediatamente, não importando onde, como e com quem.

Na compulsão sexual, a pessoa tem comportamentos e fantasias sexuais em excesso, como masturbação frequente, uso de pornografia, parceiros múltiplos e ocasionais, sexo desprotegido sem se preocupar com as consequências. Confira a seguir quais são as causas e tratamentos possíveis para esse tipo de compulsão.

Causas da compulsão sexual

Muitas vezes, o transtorno de compulsão sexual está ligado à ansiedade, mas também pode ser associado ao alcoolismo, dependência química, histórico familiar de compulsão, experiência de abuso sexual na infância, além de problemas pessoais e familiares.

Esses fatores geram desajustes psicológicos, alteram alguns neurotransmissores cerebrais e podem ter influência no desenvolvimento de quadros de compulsão sexual. Vale destacar que a maior parte (95%) dos casos de compulsão por sexo acontece com homens.

Tratamentos para compulsão sexual

O tratamento mais indicado para esse tipo de compulsão é a psicoterapia, processo terapêutico que visa identificar os gatilhos de ansiedade e controlar o comportamento impulsivo ou compulsivo.  Através da terapia, é possível tratar as causas psicológicas da compulsão por sexo, o que requer intervenção profissional, uma vez que dificilmente a pessoa com compulsão consegue se livrar dos problemas sozinha.

Eventualmente, podem ser administrados antidepressivos e neurolépticos para inibir o apetite sexual. Tudo deve ser orientado pelo psiquiatra, já que a automedicação não é recomendada em nenhuma situação. O profissional responsável pelo tratamento deve, preferencialmente, ser especializado em transtornos de ordem sexual.

A proibição da masturbação, abstenção de pornografia e  jejum de sexo não bloqueiam o comportamento compulsivo e, portanto, não tratam o comportamento compulsivo. Como a compulsão é originada por ansiedade, essas restrições podem tornar a pessoa ainda mais ansiosa, aumentando significativamente as chances dela desenvolver outras formas de compulsão, pois a tendência é que ela sinta a necessidade de canalizar a energia e os desejos para os alimentos, jogos ou compras, por exemplo.

O que acontece se a compulsão sexual não for tratada?

Como o sexo está ligado ao prazer, nem sempre os compulsivos sexuais buscam tratamento. Em geral, quando jovens, a percepção que têm sobre de si é de serem hipersexualizados ou gostar muito de sexo. Eles não notam que os hábitos relacionados ao sexo ganharam um caráter patológico e, por isso, não se preocupam. Isso é preocupante, afinal, a compulsão sexual pode produzir impactos muito negativos se não for adequadamente tratada. Entre os prejuízos estão a perda de vida social, relacionamentos superficiais, riscos para a saúde, além de problemas familiares, profissionais, financeiros e legais.

Quer saber mais sobre transtornos sexuais? Clique aqui.

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A ansiedade é um mal que acomete milhões de pessoas. O fato é um retrato de preocupações excessivas do dia a dia, medo e pensamentos descontrolados, proporcionados pelo estilo de vida e incerteza do futuro. Quando esses sentimentos tomam dimensões desproporcionais e a mente não se desliga ao dormir, apresenta-se o quadro de ansiedade noturna.

O estresse acumulado durante o dia, assim como as preocupações constantes, são fatores que interferem diretamente na qualidade do sono, causando esse transtorno. Além da insônia, essa condição pode causar outros problemas do sono, como agitação, síndrome das pernas inquietas, apneia e terror noturno.

Como identificar a ansiedade noturna

Alguns sinais de que a ansiedade prejudica o sono são:

  • dificuldade de adormecer;
  • pensamentos que não permitem que o cérebro descanse;
  • insegurança pelo futuro;
  • antecipação de acontecimentos ruins;
  • sono não contínuo.

Esses fatores aparecem porque a ansiedade impossibilita que o cérebro se desconecte durante a noite. Assim, ao tentar dormir, a mente fica em estado de alerta, focada nos medos e estresse. Essa condição impede que o organismo inicie as fases do sono ou as atrapalha.

A falta de sono pode gerar, também, nervosismo e tensão, ocorrendo um ciclo vicioso.Agende sua consulta com a Dr. Aline Rangel psiquiatra e sexóloga.

Sintomas

Os sintomas podem se manifestar durante o dia, mas são mais incidentes na hora de dormir. Podem variar de pessoa para pessoa e ter intensidade diferente. São eles:

  • inquietação;
  • pensamento acelerado;
  • necessidade de levantar de madrugada;
  • respiração intensa ou ofegante;
  • cansaço;
  • dificuldade de adormecer;
  • necessidade de ficar com os olhos abertos;
  • sono interrompido;
  • falta de atenção durante o dia.

Causas

Alguns fatores causam impacto direto na ansiedade noturna.

Estresse

O estresse, quando crônico, é um fator de risco não só para esse transtorno, mas também para a depressão. Em níveis altos, causa liberação de cortisol no organismo, um importante hormônio que age em situações de risco. O problema acontece quando o estresse é constante e os níveis de cortisol permanecem altos no corpo.

Rotina de sono

O corpo humano funciona como um relógio. Na hora de dormir não é diferente. Hormônios trabalham em cada fase do sono e, quando o ciclo não é respeitado, esses hormônios tendem a se desregular. Ter uma boa rotina evita crises noturnas. É importante ter horário para dormir, dormir de luz apagada, não dormir assistindo TV, entre outros hábitos.

Preocupações

A mente humana é potente, mas precisa ser educada. As preocupações constantes do dia a dia são obstáculo para o desligamento do cérebro ao dormir. A técnica de substituição de pensamento pode ser útil nesses casos. Funciona da seguinte maneira: quando uma preocupação ou sentimento ruim surgir e tirar o sono, tente trocar esse pensamento por aquilo que pode acontecer de bom.
Refeições leves antes de dormir, manter uma rotina de sono, praticar atividades físicas, meditação e técnicas de respiração profunda são fatores que evitam esse transtorno.

A antecipação dos acontecimentos deve ser controlada, pois pode ser extremamente negativa e gerar problemas graves como depressão e ataque de pânico. Se a ansiedade está atrapalhando seu dia a dia, é hora de buscar ajuda médica.

A ansiedade noturna pode ser uma condição desafiadora de superar, mas não é impossível. Ao entender as causas e implementar estratégias eficazes, podemos minimizar as preocupações noturnas e melhorar nosso bem-estar mental geral. Lembre-se de criar uma rotina que acalme ao invés de agitar antes de dormir,  fazer modificações no estilo de vida e buscar ajuda profissional quando necessário.  Reflita sobre essas informações e recupere noites tranquilas para um amanhã mais promissor.


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Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



6 de janeiro de 2022 Dra Aline RangelTodos

Os transtornos alimentares são considerados condições psiquiátricas. Essa classificação se justifica pois são disfunções relacionadas a uma prática alimentar que foge do padrão. Geralmente, elas são motivadas por algum tipo de sofrimento mental.

Tais problemas têm tratamento. No entanto, é importante identificá-los precocemente, para que não se agravem atingindo condições de saúde mais sérias.

Por isso, no artigo de hoje, são apresentados alguns tipos de transtornos alimentares. Acompanhe em seguida.

Dez tipos de transtornos alimentares

Anorexia

A anorexia é um transtorno alimentar em que o indivíduo ingere uma quantidade insuficiente de calorias. Devido a isso, seu peso fica muito abaixo do que é considerado normal.

Quem tem anorexia, geralmente, tem medo de engordar. E também não consegue entender que está abaixo do peso, considerando sempre que pode emagrecer mais e mais.

Bulimia

A pessoa bulímica é aquela que tem episódios recorrentes de compulsão alimentar, seguidos de culpa e vômito induzido.

Por ter preocupação extrema com o peso, quem tem bulimia também pode fazer exercícios de forma excessiva. Pode, também, usar indiscriminadamente laxantes e outros medicamentos, como inibidores de apetite.

Transtorno de compulsão alimentar periódica

O transtorno de compulsão alimentar se caracteriza por comer mais rapidamente do que o normal e até sentir-se desconfortavelmente cheio. Além disso, outra característica do distúrbio é ingerir grandes quantidades de alimentos quando não está fisicamente com fome, bem como comer sozinho, por vergonha da quantidade que está ingerindo.

Tais atitudes são seguidas de culpa e, ao mesmo tempo, constrangimento.

Transtorno de ruminação

O transtorno de ruminação ocorre quando o indivíduo come, regurgita ou cospe, mastiga novamente e volta a engolir o alimento. É mais frequente em crianças pequenas.

Transtorno alimentar restritivo evitativo

O transtorno alimentar restritivo evitativo é uma perturbação alimentar em que a pessoa não satisfaz suas necessidades nutricionais com o alimento ingerido. As características desse problema são a perda de peso significativa ou insuficiência do crescimento esperado.

Ocorrem deficiências nutricionais, dependência de suplementos, bem como problemas nutricionais que interferem no funcionamento psicossocial.

Pica

Pica é a ingestão de substâncias que não têm valor nutricional, como, por exemplo, se alguém come algodão ou argila. Mais incidente em mulheres grávidas e crianças.

Ortorexia

A ortorexia é um comportamento alimentar em que há obsessão por alimentos saudáveis. Sendo assim, muitas comidas são excluídas da dieta, principalmente as industrializadas.

Hiperfagia

A hiperfagia se caracteriza pela ingestão de uma grande quantidade de comida, após um evento traumático. Como se este tipo de alimentação em excesso pudesse aliviar o sofrimento da pessoa.

TOC por alimentos

O transtorno obsessivo-compulsivo por alimentos é um tipo de ansiedade que envolve pensamentos intrusivos e repetitivos. Esses pensamentos só são aliviados enquanto a pessoa está comendo.

Vigorexia

A vigorexia ocorre quando há obsessão em ficar muito musculoso. O dismorfismo corporal acaba por vir acompanhado de uma alimentação extremamente restrita, para que a estrutura física seja mantida.

Diante de qualquer uma dessas condições, portanto, é de extrema importância buscar ajuda médica. O apoio familiar e dos amigos também é igualmente fundamental para o sucesso do tratamento dos transtornos alimentares.

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17 de setembro de 2021 Dra Aline RangelTodos

“Somos o que comemos”, diz a célebre frase de Hipócrates, considerado o pai da medicina.

Quase dois séculos e meio depois, o pensamento de Hipócrates continua fazendo pleno sentido. Tanto tempo se passou e, grande parte dos problemas que acometem a saúde do ser humano está ligado à maneira com que nós nos alimentamos.

A má alimentação está diretamente ligada à diversos problemas de saúde. Os principais indutores do bom funcionamento do corpo humano são os nutrientes, presentes nos alimentos. A dieta mal balanceada, pobre em nutrientes, e os maus hábitos alimentares contribuem para o aparecimento de uma série de doenças, dentre as quais podemos citar: diabetes, hipertensão, obesidade, refluxo e apnéia do sono, além de muitas outras.

Some-se a isso os padrões de beleza relacionados à magreza, que levam as pessoas a cometer verdadeiros sacrilégios contra o próprio corpo, e a medicina está diante de um grande desafio.

O que são transtornos alimentares

Você sabe de verdade o que são os transtornos alimentares?

Além de todas as doenças causadas pela má alimentação, outro desafio da medicina é enfrentar adequadamente os transtornos alimentares, que são distúrbios psiquiátricos relacionados ao comportamento alimentar, que podem levar as pessoas ao emagrecimento doentio (caquexia), à obesidade e a outros problemas físicos.

Os transtornos alimentares são causados por alterações bruscas ou graduais no comportamento alimentar, que acabam levando o indivíduo a problemas físicos, psíquicos, emocionais e sociais.

Quais são os transtornos

Do ponto de vista da OMS (Organização Mundial da Saúde), dois males são considerados os principais transtornos alimentares. São eles a anorexia e a bulimia, que afetam – acredite! – 1% da população mundial, particularmente mulheres jovens e adolescentes de classes sociais mais elevadas.

São distúrbios provenientes da preocupação de se manter dentro dos padrões de beleza estabelecidos pela sociedade. Em outras palavras, essas pessoas querem emagrecer.

A bulimia é a menos grave das patologias. Em geral, as vítimas se apresentam dentro ou acima do peso. São afetadas pela preocupação excessiva com a estética e não querem engordar, mas apreciam comer, o que faz com que procurem aliviar a culpa provocando vômito ou tomando diuréticos e laxantes.

A anorexia é o quadro mais grave, que pode levar à morte. Essas pessoas simplesmente têm uma visão distorcida do próprio corpo e se veem gordas mesmo quando estão abaixo do peso. Para atingir o padrão físico desejado, são capazes até mesmo de parar de comer.

Outros males

Alguns especialistas também consideram parte desse grupo de problemas de saúde relacionados a distúrbios psíquicos ligados a comportamentos alimentares:

Transtorno de Compulsão Alimentar – Diferentemente da anorexia e bulimia, este transtorno ocorre quase igualmente em homens e mulheres e tende a apresentar um início mais tardio. Pessoas com compulsão alimentar normalmente têm sobrepeso ou são obesas e podem ter tentado tratamentos de perda de peso no passado com pouco sucesso, a menos que o tratamento tenha sido voltado diretamente para o comportamento de compulsão alimentar.

Síndrome de Pica – Atinge principalmente crianças e adolescentes e se caracteriza pela ingestão de substâncias não reconhecidas como alimentos, como argila, barro, sabonete e outras extravagâncias.

Síndrome de Prader-Willi – Presente em uma em cada dez mil crianças, está ligada à deficiência intelectual. Caracteriza-se pelo apetite insaciável por alimentos hipercalóricos, criando as condições para a obesidade precoce.

Distúrbios do sono – Estes distúrbios estão associados a queixas alimentares, em geral fazem com que as pessoas que acordem no meio da noite para assaltar a geladeira, podendo não se lembrar de nada no dia seguinte.

Ortorexia – A ortorexia é a doença que gera nas pessoas uma fixação por alimentação saudável, tornando-as obsessivas e até sujeitas à transtornos sociais.

Vigorexia – É a obsessão por músculos, que leva ao uso de anabolizantes e perda de perspectiva do próprio corpo. A alimentação toda se volta para essa finalidade.

Tratamento para os transtornos alimentares

O tratamento dos transtornos alimentares deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, formada por psiquiatra, psicólogo, endocrinologista, terapeuta ocupacional  e nutricionista. Além da missão de restabelecer no paciente uma alimentação adequada, que leve o mesmo ao peso ideal, cabe a essa equipe restaurar a saúde mental do indivíduo.

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