Depressão / Dra Aline Rangel


O uso da cetamina no tratamento e prevenção do suicídio tem sido objeto de interesse crescente na comunidade médica. A cetamina é um anestésico que, nas últimas décadas, chamou a atenção de psiquiatras, neurocientistas e profissionais de saúde mental devido ao seu potencial efeito antidepressivo e antissuicida. Esta abordagem inovadora oferece uma nova esperança para aqueles que sofrem com ideações suicidas e transtornos depressivos resistentes ao tratamento convencional.

Suicídio: uma epidemia global

A depressão e a ideação suicida representam um problema de saúde pública em escala global. Milhões de pessoas, em todo o mundo, lutam diariamente contra a escuridão emocional que essas condições podem causar. O tratamento convencional, incluindo terapias e antidepressivos é eficaz para muitos, mas uma parcela significativa de pacientes não responde adequadamente ou leva semanas para obter alívio. Para aqueles em estado de crise, essa espera pode ser perigosa.

Cetamina: rápida ação antidepressiva e antissuicida

A cetamina se destaca por sua rápida ação antidepressiva. Diferentemente dos antidepressivos tradicionais, que podem levar semanas para começar a fazer efeito, a cetamina pode proporcionar alívio em questão de horas, em alguns casos, sobretudo do planejamento e crise com intenção suicida. Isso a torna uma opção atraente para aqueles que necessitam de ajuda imediata.

O Mecanismo de Ação

O mecanismo exato pelo qual a cetamina atua no alívio da depressão e na redução da ideação suicida ainda não é completamente compreendido. No entanto, acredita-se que ela atue na modulação dos receptores de glutamato no cérebro, promovendo uma regulação positiva das vias neuronais afetadas pela depressão. Isso leva a uma rápida melhoria do humor e à diminuição dos pensamentos e planejamento suicidas.

A administração da cetamina

A cetamina pode ser administrada de várias maneiras, incluindo por via intravenosa (IV) e intranasal. A escolha do método depende das necessidades individuais do paciente e da avaliação do médico. A administração supervisionada por profissionais de saúde é essencial para garantir a segurança e a eficácia do tratamento.

Eficácia e pesquisa contínua

Estudos clínicos têm demonstrado repetidamente a eficácia da cetamina na redução da ideação suicida e na melhoria dos sintomas depressivos. No entanto, é importante destacar que a cetamina não é uma cura definitiva. Os efeitos podem ser temporários, e a manutenção do tratamento psiquiátrico e o acompanhamento contínuo são essenciais para o sucesso a longo prazo. Sozinha, ela não trata essas condições.

Desafios e considerações éticas sobre o uso da cetamina

O uso da cetamina no tratamento da ideação suicida também levanta desafios e considerações éticas importantes. A administração controlada por profissionais de saúde é necessária para evitar o uso indevido da substância. Além disso, é essencial avaliar cuidadosamente os riscos e benefícios de qualquer intervenção, garantindo que os pacientes recebam o tratamento mais apropriado para suas necessidades individuais.

A cetamina oferece uma nova esperança para aqueles que enfrentam pensamentos e planejamento suicidas e depressão resistente ao tratamento. Seus efeitos rápidos podem proporcionar alívio imediato, mas é fundamental que os pacientes recebam acompanhamento contínuo e avaliações de um psiquiatra para garantir seu bem-estar a longo prazo.


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A anedonia é um estado difícil de se explicar a quem nunca o experimentou. É como se as cores da vida desaparecessem, deixando para trás um vazio frio e sombrio. A incapacidade de sentir prazer em atividades que costumavam nos alegrar é avassaladora. Eu estava presa nesse labirinto emocional, perdidoa em uma busca desesperada por uma saída. No entanto, posso dizer que não só encontrei uma saída, mas também aprendi a sentir novamente.

Um Mundo Cinza

A anedonia transformou meu mundo em uma paleta de cinzas. E não eram “50 tons de cinza”… Coisas que antes me enchiam de alegria e satisfação, como passear no Horto, ouvir música e socializar, tornaram-se tarefas vazias e sem sentido. Cada dia era uma batalha contra a apatia e a indiferença que se apoderaram de mim. Eu me perguntava se algum dia voltaria a sentir a alegria e a emoção que outros pareciam desfrutar tão facilmente.

O Caminho da Recuperação

Minha jornada para superar a anedonia foi longa e desafiadora. Inicialmente, foi difícil aceitar que eu estava enfrentando esse problema. A negação me cegava para a realidade, tornando ainda mais difícil buscar ajuda. No entanto, reconhecer que precisava de suporte foi o primeiro passo para a cura.

Buscar Ajuda Profissional

Buscar a orientação do psiquiatra foi fundamental para minha recuperação. A Aline me ajudou a compreender as causas subjacentes da minha anedonia e a desenvolver estratégias para enfrentá-la. As consultas  me proporcionaram um espaço seguro para explorar meus sentimentos e preocupações, e, juntas, íamos descobrindo técnicas para lidar com os desafios emocionais. Embora eu negue até hoje para a maioria das pessoas, tomar o antidepressivo foi essencial pra minha recuperação.

Reconectar com a Vida

Ao longo do processo de tratamento, percebi que precisava me reconectar com a vida e redescobrir o que me trazia felicidade. Embora no início fosse difícil encontrar prazer em atividades cotidianas, aprendi a valorizar os pequenos momentos que me traziam alguma alegria, como apreciar a beleza da natureza (eu me forçava pegar o carro e ficar no estacionamento de um parque) ou saborear uma refeição deliciosa, ainda que sozinha e pedindo por delivery.

Aceitar as Emoções

Uma das lições mais importantes que aprendi foi que é normal ter altos e baixos emocionais. Aceitar minhas emoções, mesmo as mais difíceis, foi um passo essencial para aprender a sentir novamente. Em vez de lutar contra meus sentimentos, aprendi a acolhê-los e a permitir que fluíssem naturalmente.

Conforme eu progredia no meu tratamento, gradualmente, comecei a redescobrir a alegria em minha vida. As cores começaram a voltar ao meu mundo, e as atividades que antes pareciam sem graça ganharam vida novamente. Encontrar propósito e significado em minhas experiências diárias tornou-se uma bênção.


Superar a anedonia não é uma tarefa fácil, mas é possível com paciência, autoaceitação e apoio profissional. A jornada de recuperação é única para cada pessoa, mas é importante lembrar que não estamos sozinhos nessa luta. Com o devido cuidado e determinação, é possível aprender a sentir novamente e redescobrir a beleza da vida. Se você também está enfrentando a anedonia, saiba que há esperança e ajuda disponível para você. O primeiro passo é buscar o apoio adequado e permitir-se a oportunidade de cura e crescimento emocional. Acredite em si mesmo(a) e no poder de superar os desafios que a vida apresenta. A alegria pode estar à sua espera, apenas aguardando ser redescoberta.

*Obrigada, Hanna, por me permitir fazer minhas suas palavras!


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A ideia desse artigo é mergulhar no intrigante mundo do desejo sexual masculino, onde os estereótipos frequentemente retratam os homens como seres obcecados por sexo. De livros a filmes, a mídia tem perpetuado a ideia de que os homens estão exclusivamente focados no sexo, enquanto as mulheres são consumidas pelo romance. Mas essa representação é precisa? Vamos explorar os mitos e as verdades que cercam o desejo sexual masculino.

Estereótipos do desejo sexual masculino

Os homens pensam em sexo o dia todo?

Ao contrário da crença popular de que os homens pensam em sexo a cada sete segundos, um estudo* recente realizado na Universidade Estadual de Ohio revelou que os homens têm em média 19 pensamentos sobre sexo por dia, enquanto as mulheres têm em média 10. Além disso, o estudo sugeriu que os homens também pensam com frequência em comida e sono. Talvez os homens simplesmente se sintam mais à vontade para expressar seus pensamentos sobre sexo. Terri Fisher, autora principal do estudo, propôs que indivíduos que são abertos e à vontade com sua sexualidade têm mais probabilidade de pensar frequentemente em sexo.

O enigma do sexo casual: os homens são mais abertos?

Um estudo realizado em 2015** mostrou que os homens estavam mais dispostos do que as mulheres a se envolver em sexo casual,  transar com alguém desconhecido sem o compromisso de estabelecer com essa pessoa um relacionamento sério. No entanto, uma reviravolta intrigante surgiu no mesmo estudo quando as mulheres estavam em um ambiente mais seguro (um bar próximo à sua casa, p.ex.). O estudo demonstrou que a disposição das mulheres para se envolver numa relação sexual considerada casual, aumentou em uma situação mais segura, indicando que as normas sociais e os fatores culturais influenciam significativamente a busca de relacionamentos sexuais tanto para homens quanto para mulheres.

A conexão complexa: o desejo sexual, emoções e o cérebro

O desejo sexual, também conhecido como libido, não é quantificável, mas sim entendido em termos relativos. A libido masculina tem raízes em duas áreas cruciais do cérebro: o córtex cerebral e o sistema límbico. Essas regiões desempenham um papel fundamental no desejo e no desempenho sexual do homem, a ponto de a satisfação sexual poder ser alcançada apenas por meio de pensamentos ou sonhos. O córtex cerebral, responsável por funções superiores como planejamento e pensamento, influencia os pensamentos e a excitação sexual. Sinais originados dessa região interagem com outras partes do cérebro e nervos, acelerando a frequência cardíaca, o fluxo sanguíneo para os órgãos genitais e iniciando o processo de ereção. O sistema límbico, que engloba várias partes do cérebro associadas à emoção, motivação e desejo sexual, também contribui para a resposta sexual de um indivíduo.

Testosterona

A testosterona é o hormônio mais intimamente associado ao desejo sexual masculino. Produzida principalmente nos testículos, a testosterona desempenha um papel crucial em diversas funções do corpo, incluindo:

  • Desenvolvimento dos órgãos sexuais masculinos
  • Crescimento de pelos no corpo
  • Massa óssea e desenvolvimento muscular
  • Aprofundamento da voz na puberdade
  • Produção de espermatozoides
  • Produção de glóbulos vermelhos

Níveis baixos de testosterona geralmente estão relacionados a uma baixa libido. Os níveis de testosterona tendem a ser mais altos pela manhã e mais baixos à noite. Ao longo da vida de um homem, seus níveis de testosterona estão no auge durante a adolescência tardia e, em seguida, começam a diminuir gradualmente.

Perda da libido no homem

O desejo sexual pode diminuir com a idade. Mas às vezes a perda de libido está associada a uma condição subjacente. Os seguintes fatores podem causar uma diminuição no desejo sexual:

  • Estresse ou depressão. Cérebro, emoções e libido estão relacionados de forma bastante complexa, como mencionado anteriormente.
  • Doenças metabólicas. Um doença endocrinológica, como o hipogonadismo, pode diminuir os hormônios sexuais masculinos.
  • Níveis baixos de testosterona. Certas condições médicas, como apneia do sono, podem causar níveis baixos de testosterona, o que pode afetar seu desejo sexual.
  • Medicações. Alguns medicamentos podem afetar a libido. Por exemplo, alguns antidepressivos, anti-histamínicos e até mesmo medicamentos para pressão arterial podem prejudicar as ereções.
  • Pressão alta. Danos ao sistema vascular podem afetar a capacidade de um homem de obter ou manter uma ereção.
  • Diabetes. Assim como a pressão alta, o diabetes pode danificar o sistema vascular de um homem e afetar sua capacidade de manter uma ereção.

 

Apenas você, homem, pode avaliar o que é normal para o seu desejo sexual. Se você estiver enfrentando alterações na libido, seja diminuição ou percepção de excesso, procure ajuda especializada. Às vezes, pode ser difícil falar com alguém sobre seus desejos sexuais, mas um profissional especializado pode ser capaz de ajudá-lo.


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Quer saber mais sobre sexualidade masculina? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!  


Referências: *Spurgas, A. K. (2020). Diagnosing desire: Biopolitics and femininity into the twenty-first century. The Ohio State University Press. ** Baranowski AM, Hecht H. Gender Differences and Similarities in Receptivity to Sexual Invitations: Effects of Location and Risk Perception. Arch Sex Behav. 2015 Nov;44(8):2257-65. doi: 10.1007/s10508-015-0520-6. Epub 2015 Apr 1. PMID: 25828991.


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28 de junho de 2023 AnsiedadeDepressãoGeral

Você provavelmente já ouviu falar no termo Burnout, mas e o termo Boreout? Estas são duas condições de esgotamento emocional relacionadas ao trabalho, mas as duas apresentam características distintas. Enquanto o Burnout é amplamente conhecido e discutido, o Boreout é menos reconhecido, mas não menos impactante. Ambos podem afetar negativamente a saúde mental e a qualidade de vida das pessoas, mas surgem em formatos diferentes.

Burnout

O Burnout refere-se ao esgotamento causado por um acúmulo excessivo de estresse relacionado ao trabalho. É comum em profissionais que enfrentam uma carga de trabalho intensa, longas horas de trabalho, pressão constante e falta de controle sobre seu ambiente de trabalho.

Os sintomas típicos do Burnout incluem:

      • Exaustão física e emocional;
      • Cinismo em relação ao trabalho;
      • Sentimento de ineficácia;
      • Sentimento de esgotamento;
      • Desmotivação;
      • Dificuldades de concentração;
      • Apresentação de sintomas físicos, como dores de cabeça e insônia.

Boreout

Por outro lado, o Boreout é caracterizado pela falta de estímulo e desafio no trabalho, levando a um tédio constante e à sensação de que as tarefas são monótonas e insignificantes. As pessoas que sofrem de Boreout geralmente têm um excesso de tempo livre no trabalho e não são desafiadas intelectualmente.

A falta de motivação e estímulo pode levar à:

      • Apatia;
      • Falta de interesse;
      • Depressão (em casos mais extremos);
      • Sensação de estar preso em uma rotina sem sentido (o que pode afetar sua autoestima e autoconfiança).

Como Lidar

Embora o Burnout e o Boreout apresentem sintomas e causas diferentes, ambos exigem atenção e cuidado. É fundamental reconhecer os sinais precoces dessas condições e buscar ajuda adequada.

No caso do Burnout, medidas como estabelecer limites saudáveis, praticar autocuidado, buscar apoio social e talvez considerar uma mudança no ambiente de trabalho podem ser benéficas.

No Boreout, é importante buscar maneiras de tornar o trabalho mais desafiador e envolvente, buscar novas responsabilidades ou até mesmo considerar uma mudança de carreira, se necessário.

O suporte de um profissional de saúde mental é valioso para ambas as situações, ajudando a desenvolver estratégias de enfrentamento e restabelecer o equilíbrio emocional.


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A família (biológica ou não) é um pilar fundamental na vida de qualquer indivíduo, oferecendo amor, suporte e segurança. No entanto, quando um membro da família se identifica como parte da comunidade LGBTQIAPN+, surgem desafios adicionais que requerem compreensão, aceitação e acolhimento. Neste artigo, exploraremos a importância de criar um ambiente familiar inclusivo, o impacto positivo que isso tem nas pessoas LGBTQIAPN+ e alguns desafios comuns enfrentados por essas famílias.

Desafios enfrentados pelas famílias

Quando um filho, filha, irmão ou irmã revela sua orientação sexual ou identidade de gênero, é natural que a família enfrente um período de adaptação. O desconhecimento, o medo do estigma social e a preocupação com o bem-estar do ente querido podem gerar tensões e desafios emocionais. É importante reconhecer e abordar esses desafios para que a família possa fortalecer os laços e oferecer um ambiente de apoio.

1) Desconhecimento e educação:

Um dos primeiros desafios é o desconhecimento em relação à comunidade LGBTQIAPN+. Muitas famílias podem não ter tido contato prévio com questões de orientação sexual e identidade de gênero, o que pode levar a preconceitos ou falta de entendimento. É fundamental investir tempo em educação, buscar informações confiáveis e abrir-se para aprender sobre a diversidade humana.

2) Superando o estigma:

As famílias podem enfrentar o estigma social relacionado à LGBTfobia. O medo do julgamento dos outros pode causar ansiedade e afetar a saúde mental dos membros da família. É importante que a família desenvolva uma mentalidade aberta e solidária, estando preparada para enfrentar possíveis desafios externos e defender o bem-estar de seu ente querido.

3) Comunicação e apoio emocional:

A comunicação aberta e o apoio emocional são fundamentais para o acolhimento de um membro LGBTQIAPN+ na família. É essencial criar um espaço seguro onde todos possam expressar seus sentimentos e preocupações. O diálogo franco e respeitoso permite que as questões sejam abordadas de maneira construtiva, promovendo a compreensão e fortalecendo os laços familiares.

A importância do acolhimento

Ao acolher um membro LGBTQIAPN+ na família, criamos um ambiente inclusivo e respeitoso, a família promove o amor incondicional, aceitação e respeito pela diversidade humana. Isso contribui para o bem-estar emocional, a autoestima e o desenvolvimento saudável do indivíduo. Além disso, a família se torna uma fonte de apoio e segurança, ajudando a enfrentar os desafios externos que podem surgir. Ao enfrentar os desafios, educar-se e cultivar um ambiente inclusivo, a família fortalece seus laços e contribui para o bem-estar de todos os seus membros.

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Lembre-se de que o amor e a aceitação são pilares fundamentais para construir um futuro onde todas as pessoas se sintam respeitadas e valorizadas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. Juntos, podemos criar um mundo mais acolhedor e inclusivo para a comunidade LGBTQIAPN+ e suas famílias.


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Anedonia é a dificuldade ou incapacidade de uma pessoa em sentir prazer ou se motivar a realizar atividades que antes eram prazerosas. A anedonia como um sintoma, ou seja, como uma sensação sentida ou observada, é condição essencial para o diagnóstico do Transtorno Depressivo, juntamente com o humor triste, mas pode estar presente em outros transtornos psiquiátricos e condicões clínicas diversas. Infelizmente, muitas pessoas negligenciam o diagnóstico de depressão quando não há percepção de tristeza no paciente que está “gritando por ajuda”. Em geral, encontramos um indivíduo com o humor indiferente ou até irritado e, embora pareça funcional (trabalha, estuda, etc), tudo é feito com uma completa falta de prazer ou motivação, vitalidade e/ou percepção de recompensa – isso é a anedonia!

Classificação da anedonia

Como mencionado anteriormente, a anedonia é um sintoma e pode estar ligada a casos de depressão, depressão leve persistente (distimia), fibromialgia, fadiga crônica, esquizofrenia, etc. Ela pode ser classificada em dois tipos — social ou física. No primeiro, o paciente tem desinteresse no contato com a sociedade ou em realizar atividades com outras pessoas. Já no segundo, a pessoa apresenta uma incapacidade de sentir prazer no toque, contato íntimo ou em comer, por exemplo. Esta classificação é antiga em psiquiatria e tem mais uma finalidade didática.

Além de apresentar desinteresse em relação ao próximo, pacientes com anedonia têm indiferença em relação a si mesmo. O indivíduo parece estar emocionalmente vazio ou “congelado”, sem sofrer alterações de humor, independentemente do que aconteça ao seu redor. A disfunção ainda provoca uma sensação de desconexão com o mundo e eleva o risco de suicídio.

Tratamento da anedonia

Apesar da anedonia ser muito comum em pacientes com depressão, nem sempre uma pessoa deprimida apresentará o sintoma. De outra forma, ela pode estar presente em usuários de drogas e álcool, sobretudo durante as crises de abstinência, e também quem sofre de esquizofrenia, neurastenia. ou fadiga crônica, Mal de Parkinson, câncer, estresse pós-traumático, distúrbios alimentares e transtornos de ansiedade. Por se tratar de um sintoma e não um transtorno, pode ser tratada e curada. Na maioria dos casos, o tratamento tem como foco a doença base, como a depressão ou outra psiquiátrica.

A ajuda de um profissional especializado em saúde mental é fundamental para o tratamento desta condição. Numa consulta com um psiquiatra, por exemplo, o paciente poderá identificar as condições associadas  a esse sintoma, diagnosticar se existe um transtorno psiquiátrico associado, como a depressão. Se necessário, poderá ser prescrito medicamentos, como antidepressivos ou remédios direcionados para o problema psiquiátrico identificado.

Ainda, é importante se preocupar com a rotina da pessoa, incluindo boa alimentação, movimentar-se ou atividade física constante, sono regular e momentos de lazer. Técnicas de relaxamento e respiração, acupuntura e massagens também são alternativas recomendadas, pois ajudam a acalmar a mente, diminuindo os pensamentos negativos. Além disso, dão mais disposição e proporcionam a melhora da saúde como um todo.

É necessário “marcar hora” com as atividades que outrora lhe davam prazer. Fazer listas, um diário, registrar a emoção ou ausência desta na ocasião em que estiver vendo um perfil de série que goste, por exemplo, é uma técnica validada e recomendada, ainda que pareça “uma grande bobeira”. A ideia do tratamento é resgatar “as bobeiras da vida” também e reagir a elas.


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A morte é o processo pelo qual a vida de um organismo chega ao fim. É uma parte natural do ciclo da vida e pode ser entendida como o término da atividade biológica e funcionamento dos órgãos e sistemas corporais. Entretanto, muitas pessoas vivenciam ou testemunham a morte como algo “nada natural”. Desastres naturais, acidentes, pandemias como a do Coronavírus, doenças com apresentação fulminante como um infarto, suicídio, etc, estão na lista de causas de morte que nos pegam de surpresa, não são esperadas e, sobretudo pra quem fica, traz o questionamento “e se ?” – trazendo uma sensação de que poderiam ter sido evitadas.

O que é a morte?

A morte pode ser vista como um evento final e irreversível, mas também pode ser compreendida de formas diferentes dependendo das crenças e valores de cada indivíduo. Algumas pessoas acreditam que a morte é um processo de transição para uma vida após a morte, enquanto outros acreditam que é o fim da existência consciente.

Em geral, a morte é vista como uma perda e pode ser um evento assustador e doloroso para aqueles que estão deixando ou perdendo alguém que amam. No entanto, é importante lembrar que a morte é uma parte natural da vida e que é possível encontrar formas de lidar com ela e celebrar a vida de quem já se foi.

Os principais medos sobre a morte:

Existem muitos medos específicos relacionados à morte e as preocupações podem ser diferentes para cada pessoa.

De forma geral, pensar em morte pode deflagrar os sentimentos abaixo:

  1. Medo da dor: Temor de que a morte possa ser dolorosa ou sofrida.
  2. Medo da solidão: Medo de morrer sozinho e sem apoio.
  3. Medo da perda: Medo de perder entes queridos ou coisas importantes na vida.
  4. Medo da incerteza: Insegurança sobre o que acontece depois da morte e sobre o que será deixado para trás.
  5. Medo do desconhecido: Ansiedade sobre o desconhecido e o que pode acontecer após a morte.
  6. Medo da falta de propósito: Preocupação de que a vida não tenha sentido ou propósito após a morte.
  7. Medo da perda de identidade: Medo de perder a identidade e a personalidade após a morte.
  8. Medo de deixar as responsabilidades para trás: Preocupação de não ter cumprido todas as responsabilidades ou tarefas na vida.

O medo da morte é um transtorno psicológico?

O medo da morte não é considerado um transtorno psicológico por si só. Na verdade, é considerado normal ter algum medo ou ansiedade em relação à morte, especialmente quando se pensa sobre a finitude da vida.

No entanto, se o medo da morte estiver interferindo significativamente na vida de uma pessoa, impedindo-a de realizar suas atividades diárias ou causando sofrimento emocional excessivo, pode ser indicativo de um transtorno de ansiedade, como o transtorno de ansiedade generalizada ou o transtorno de estresse pós-traumático.

Se você está sentindo medo intenso ou ansiedade em relação à morte e isso está afetando negativamente sua vida, é importante buscar ajuda profissional. Um terapeuta ou psiquiatra pode ajudá-lo a trabalhar em seus medos e encontrar maneiras saudáveis de lidar com eles.

Aqui estão algumas dicas que podem ajudar a lidar com o medo de morrer

1) Enfrente seus medos:

Identifique seus medos específicos em relação à morte e trabalhe para enfrentá-los. Isso pode incluir conversar com alguém sobre suas preocupações, ler sobre a morte ou visitar um terapeuta.

2) Mantenha-se ocupado:

Ocupar-se com atividades que você ama e que lhe dão significado para a vida pode ajudar a distrair a mente das preocupações sobre a morte, de forma que elas sejam menores do que a importância de viver o presente.

3) Conecte-se com os outros:

Fale com amigos e familiares sobre seus medos e busque suporte em grupos de apoio ou comunidades religiosas. A conexão social pode ajudar a sentir-se menos sozinho e mais conectado ao mundo.

4) Enfocar no que você pode controlar:

Em vez de se preocupar com o que não pode controlar, como a inevitabilidade da morte, concentre-se em cuidar de sua saúde e viver uma vida significativa.

5) Busque ajuda profissional:

Se o medo de morrer estiver afetando significativamente sua qualidade de vida, considere procurar ajuda de um profissional de saúde mental. Eles podem ajudá-lo a desenvolver estratégias de trabalhar em seus medos e avaliar se o seu medo pode ser a representação de questões muito mais profundas e que mereçam cuidado especializado.

Lembre-se de que o medo da morte é uma experiência comum e há recursos disponíveis para ajudá-lo a lidar com isso. É importante reconhecer e só assim poder enfrentar esses medos para encontrar paz e equilíbrio em relação à morte. Cada pessoa é única e que o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. É importante encontrar o que funciona melhor para você e fazer o que for preciso para encontrar conforto e tranquilidade.


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Fevereiro Roxo é uma campanha de conscientização sobre a fibromialgia, uma condição de saúde que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A fibromialgia é uma síndrome de dor crônica que causa dores musculares, fadiga, insônia e outros sintomas. A campanha Fevereiro Roxo tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a fibromialgia, fornecer informações sobre a condição e apoiar aqueles que sofrem com ela. É importante reconhecer a fibromialgia como uma condição real e validar as experiências das pessoas que sofrem com ela, para que possam receber o tratamento e o apoio adequados.

O que é a Fibromialgia?

Embora ainda não haja uma compreensão completa da fibromialgia, estudos mostram que as pessoas com a condição experimentam níveis significativos de dor crônica, fadiga e outros sintomas. A dor associada à fibromialgia é considerada uma dor central, o que significa que é causada por problemas no sistema nervoso central e não por lesões ou doenças nas articulações ou músculos. No entanto, a dor é real e afeta seriamente a qualidade de vida das pessoas que sofrem com a condição. É importante que as pessoas com fibromialgia recebam o diagnóstico e o tratamento adequados para ajudá-las a gerenciar sua dor e melhorar sua qualidade de vida.

Fibromialgia e Preconceito

A dor crônica e a fadiga associadas à fibromialgia são sérias e podem afetar significativamente a qualidade de vida das pessoas. O sofrimento é real e, infelizmente, ainda há muito desconhecido sobre esta condição, o que pode levar a dúvidas e descrenças.

Infelizmente, ainda existe preconceito em relação a pessoas com fibromialgia e outras condições de dor crônica. Algumas pessoas podem duvidar da existência da fibromialgia e acreditar que é uma desculpa para seus sintomas ou uma condição mental, em vez de uma condição física real. Isso pode levar a discriminação no local de trabalho, na escola ou em outros aspectos da vida social e pode afetar significativamente sua capacidade de realizar tarefas diárias e sua qualidade de vida.

Como ajudar alguém com Fibromialgia

Se você está procurando ajudar alguém que tem fibromialgia, aqui estão algumas dicas que podem ser úteis:

  1. Compreenda a condição: Aprenda tudo o que puder sobre fibromialgia, incluindo sintomas, tratamentos e como a condição pode afetar a vida da pessoa.
  2. Seja compreensivo: As pessoas com fibromialgia enfrentam uma dor constante e fadiga, então seja compreensivo com suas limitações e ajude-as a gerenciar sua dor.
  3. Seja paciente: A fibromialgia pode afetar a capacidade da pessoa de realizar tarefas cotidianas, então seja paciente e ajude-as a completar tarefas se precisarem.
  4. Ofereça apoio emocional: A fibromialgia pode levar a depressão e ansiedade, por isso ofereça apoio emocional e incentive-os a procurar ajuda se precisarem.
  5. Respeite seus limites: A fibromialgia pode tornar as tarefas cotidianas difíceis, então respeite os limites da pessoa e ofereça ajuda quando precisar.
  6. Encoraje a busca de tratamento: Encoraje a pessoa a procurar tratamento e a trabalhar com seu médico para encontrar a melhor abordagem de tratamento para suas necessidades.

Tratamento da Fibromialgia

Não há um tratamento único que seja o melhor para todas as pessoas com fibromialgia. O tratamento é personalizado e depende das necessidades individuais de cada pessoa. O objetivo é ajudar a aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida.

No entanto, existem tratamentos e estratégias que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas com fibromialgia. Isso pode incluir medicamentos para dor, terapia física, terapia ocupacional, terapia comportamental e outras terapias. Além disso, mudanças no estilo de vida, como a prática de atividade física regular e a adesão a uma dieta saudável, também podem ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas com fibromialgia. Atenção: atividade física não é sinônimo de academia e/ou musculação e dieta saudável tampouco é igual a dieta restritiva. Movimente seu corpo.

É importante que as pessoas com fibromialgia trabalhem com seu médico e equipe de saúde para encontrar a melhor abordagem de tratamento para suas necessidades individuais. O apoio de familiares, amigos e outros membros da comunidade também pode ser extremamente valioso para as pessoas com fibromialgia, especialmente quando se trata de lidar com o impacto da condição na sua vida diária.

É importante lembrar que a fibromialgia é uma condição real e debilitante. As pessoas com fibromialgia merecem respeito e compaixão, e precisam de apoio e compreensão para lidar com sua dor e superar os desafios da vida cotidiana.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra e psicoterapeuta em São Paulo. Clique no botão abaixo e fale com a minha equipe!


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7 de fevereiro de 2023 AnsiedadeDepressão0

Engarrafamento de carros. Buzina. Gente pra cá, pra lá. Engarrafamento de gente! Os sinais estão claros: você vive num grande centro urbano. Agora, imagina este cenário com mais carros, buzinas, gente, gente, gente… Imaginou? Bem vindo, o ano de 2023 realmente começou. Você pode estar fora da escola ou faculdade há décadas mas, é fato, nós ainda organizamos nossas metas, tarefas, obrigações, lazer, etc, seguindo a lógica do ano letivo escolar. E isso traz consequências não só no barulho externo,  como o dos carros nas ruas, mas aos nossos “barulhos internos” também.

Ansiedade em relação ao retorno ao ano letivo é uma reação comum e pode ser causada por fatores como pressão para se sair bem, medo de enfrentar desafios, incerteza sobre o futuro, provas, competitividade, apresentações em público, aprovação social, bullying… esses e outros desafios surgem durante a fase escolar e acadêmica. Não há dúvidas de que adolescentes e adultos jovens estão entre as populações mais vulneráveis para ter ansiedade: a vida é só futuro.

Como identificar a ansiedade?

O Ministério da Educação divulgou em 2019 o último resultado do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes, PISA  — Programme for International Student Assessment —, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), onde os jovens brasileiros estão entre os mais ansiosos e estressados antes de provas.

Psicologicamente falando, a ansiedade moderada pode ser funcional. Esse sentimento leva a pessoa a se dedicar aos estudos. Se fosse pela ausência total de ansiedade, a pessoa não se importaria tanto em ir para a vida, desafiar-se e crescer. A ansiedade elevada, por outro lado, pode interferir na concentração e no sono, levá-lo ao isolamento, causar alterações no humor, pensamentos e fazê-lo se sentir incapaz diante de desafios da vida.

Fique de olho em alguns sinais:

  • Falta de vontade de frequentar a escola/faculdade;
  • Dificuldade de concentração;
  • Retraimento social e dificuldade de interagir com outras pessoas, mesmo que fora do ambiente escolar;
  • Pensamentos negativos;
  • Fadiga (cansaço físico e mental);
  • Distúrbios do sono;
  • Dores gastrointestinais, tontura, entre outros sintomas no corpo;
  • Estado de alerta constante e preocupação excessiva.

 

Identificou estes sinais? Aqui estão 5 dicas para ajudar a lidar com a ansiedade no início do ano letivo:

1) Planeje antecipadamente

Crie um cronograma de estudos e organize suas tarefas para minimizar o estresse.

2) Pratique autocuidado

Dedique tempo para cuidar da sua saúde física e emocional, dormindo o suficiente, comendo bem e praticando atividades que você goste.

3) Conecte-se com outros estudantes:

Participar de grupos de estudantes ou de atividades extracurriculares pode ajudá-lo a fazer amizades e se sentir mais conectado com a universidade.

4) Converse com um professor/coordenador pedagógico

Se você estiver se sentindo sobrecarregado, converse com um conselheiro de alunos ou um profissional de saúde mental.

5) Tenha uma rede de apoio

Aproveite o suporte que grupos de algumas Redes Sociais possam oferecer e/ou crie um grupo de suporte, nem que seja com você mesmo!

Gostou das dicas?

Lembre-se de que a ansiedade é uma experiência comum e que existem muitos recursos e estratégias disponíveis para ajudá-lo a lidar com ela. Se você se sentir sobrecarregado, não hesite em procurar ajuda e apoio.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra e psicoterapeuta em São Paulo. Clique no botão abaixo e fale com a minha equipe!


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Transtorno do humor é uma condição patológica que apresenta alterações no humor, comportamento, na energia, na forma de sentir, de pensar e reagir.  Esse tipo de transtorno compromete não apenas o humor, como também a afetividade e as relações sociais.

Tal problema pode impactar diferentes áreas da vida, incluindo a familiar, profissional, escolar ou acdêmica, social e amorosa, uma vez que o transtorno de humor pode se manifestar em episódios isolados ou recorrentes. Consequentemente, o indivíduo é assolado por sérios prejuízos.

Há diferentes tipos de transtorno do humor, entre eles, a depressão, o transtorno bipolar, ciclotimia e a depressão leve persistente (anteriormente chamada de distimia). Quer conhecer os transtornos do humor mais a fundo? Leia o artigo e fique por dentro do assunto!

Tipos de transtorno do humor

Como foi mencionado anteriormente, não há somente um tipo de perturbação do humor. Confira a seguir os principais transtornos existentes:

  • Depressão – Transtorno do humor que gera um estado de angústia, melancolia, ansiedade, desânimo, queda de energia, fadiga e falta de motivação. Não deve ser confundida com os episódios pontuais de tristeza diante dos problemas da vida.
  • Transtorno Bipolar: A bipolaridade ou transtorno afetivo bipolar é uma condição caracterizada pela alternância, muitas vezes súbita, de humor e comportamento. O transtorno bipolar tem ganhado cada vez  consistência de se tratar de um “espectro” de humor em detrimento de dois pólos distintos de humor: a mania e a depressão.
  • Ciclotimia – Ciclotimia é uma condição que integra o espectro bipolar, sendo considerada uma forma mais leve de bipolaridade. Essa perturbação do humor mescla períodos de euforia, excitação e hiperatividade com outros de tristeza, desânimo e inatividade.
  • Distimia – A distimia, ou transtorno depressivo persistente, é um tipo de depressão. Ela tem a intensidade moderada e duração mais longa que a depressão. Pessoas com distimia são vistas como indivíduos constantemente mal humorados, o que produz impactos negativos para o convívio social.

Sintomas do transtorno do humor

Os sinais individuais de cada transtorno do humor já foram mencionados, porém, há sintomas gerais e comuns que se repetem em todos esses tipos de perturbação. São eles:

  • alteração na energia/vitalidade
  • reações desproporcionais diante de fatos estressantes,
  • mudança de estado afetivo sem razão aparente,
  • perda de interesse em atividades que antes eram tidas como prazerosas,
  • dificuldade para manter relacionamentos interpessoais saudáveis,
  • perda ou aumento do apetite,
  • distúrbios do sono,
  • sentimentos negativos,
  • agitação ou retardo psicomotor,
  • prejuízos no desempenho social e/ou profissional

Causas do problema

Os transtornos do humor apresentam causas multifatoriais. Eles podem ter origens genéticas, psicossociais ou os dois. Perturbações do humor podem acontecer devido alterações bioquímicas no cérebro, como o déficit no metabolismo da serotonina, hormônio responsável pela sensação de bem-estar e equilíbrio do humor. Eventos negativos, como a morte de alguém querido, o desemprego repentino, mudanças físicas, episódios de doença e términos de relacionamentos também podem provocar o aparecimento de transtornos do humor.

Tratamentos para transtornos do humor

O tratamento para o transtorno do humor pode ser psicoterápico, farmacológico ou ambos, a fim de aumentar a efetividade. O tratamento farmacológico é realizado através de medicamentos antidepressivos, estabilizadores do humor e/ou antipsicóticos. A psicoterapia traz abordagens que visam melhorar a qualidade de vida do paciente e ajudá-lo a desenvolver diversos recursos internos para lidar com as disfunções.

Compreender os diferentes tipos de transtornos de humor e suas características únicas, é essencial para que os profissionais de saúde mental possam diagnosticar com precisão e desenvolver planos de tratamento personalizados para seus pacientes. A importância de uma avaliação abrangente não pode ser subestimada, pois um diagnóstico incorreto ou tratamento inadequado pode levar a complicações adicionais e dificultar o processo de recuperação.

Além disso, o valor do tratamento baseadas em evidências, como medicamentos, psicoterapia e modificações no estilo de vida, não pode ser subestimado. A colaboração entre profissionais  e pacientes é crucial para garantir que a abordagem de tratamento escolhida esteja alinhada com as necessidades e preferências individuais.

Também é importante reconhecer o papel do suporte contínuo e do monitoramento no manejo de longo prazo dos transtornos de humor. Acompanhamentos regulares e ajustes no plano de tratamento podem ser necessários para otimizar os resultados e prevenir recaídas. Além disso, conscientizar sobre os transtornos de humor e reduzir o estigma associado à saúde mental é essencial para incentivar as pessoas a procurar ajuda e apoio

 


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