Todos / Dra Aline Rangel


15 de agosto de 2019 Todos

À primeira vista, pensa-se que a depressão na gravidez não combina com a fase. A gravidez é um momento de muita alegria pela espera do filho que está para nascer. Em contrapartida, a depressão vem junto com o imaginário cheio de tristeza, angústia e solidão. Contudo, ambas situações podem coexistir. A seguir, o texto esclarece como isso pode acontecer. 

Fatores de risco para a depressão na gravidez 

Fatores de risco representam situações vividas pelas mulheres grávidas que podem levar à depressão gestacional. Elas, porém, não constituem sinônimo da doença. A mulher que estiver sob esses fatores está mais propensa a ter depressão, mas não obrigatoriamente a terá. Mesmo assim, ela deve ficar atenta. Citamos alguns deles:

  • dificuldades financeiras;
  • baixa escolaridade; 
  • desemprego; 
  • violência doméstica; 
  • gestação não desejada ou não aceita pelos pais;
  • ausência de suporte familiar e social; 
  • histórico anterior de depressão, independentemente de ter sido em gestação.

Mudanças na mulher que podem levar à depressão 

Durante a gestação, muitas alterações ocorrem no organismo e na vida da mulher. O corpo todo se adapta à chegada do bebê, havendo mudanças nas mamas, posição de andar, metabolismo, dentre outras. Nem sempre é fácil ver o corpo se transformando tão rápido e intensamente.

Também há as oscilações hormonais. As mulheres sabem que o período perimenstrual é cheio de vontades, medos, choros e desejos alimentares. Isso aumentado – e ao longo de 40 semanas – não é tarefa fácil!

Algumas mães podem se sentir inseguras e com medo da nova fase que está chegando. Outras temem não conseguir cuidar do filho da melhor maneira, ou têm ressalvas quanto ao parto e ao puerpério. De todo modo, até aquelas mães mais seguras, em algum momento, podem precisar de ajuda de um psicólogo ou psiquiatra. 

Além de essas mudanças clássicas, nos tempos atuais, muitas gestantes também passam por outras dificuldades. Cada vez mais, a mulher se insere no mercado de trabalho, valoriza a carreira profissional e é a base do orçamento familiar. Como a gestação é um período atípico, muitas grávidas podem pensar que não conseguirão retornar à mesma rotina de antes da chegada do bebê. De todo modo, não se preocupe! Para tudo há um tempo certo e você desenvolverá habilidades para fazer o que desejar.

Impacto da depressão na gestante e no bebê

Uma gestante com sintomas depressivos pode relatar medo extremo e profunda angústia, mesmo sem conseguir identificar a causa desses sentimentos. Pode perder a energia e motivação de realizar as tarefas rotineiras, bem como alterar os padrões de apetite e do sono. 

Como consequência, a grávida pode ir deixando de frequentar as consultas de pré-natal, além de não realizar os exames necessários. Ela se preocupa menos com seu próprio estado de saúde, aliviando a tristeza em bebidas ou tabaco, por exemplo.

A saúde da mãe está diretamente relacionada com a saúde do filho. Logo, se a mãe está nessa situação, o bebê também sofrerá. Por isso, filhos de mães que tiveram depressão ao longo da gestação têm maior probabilidade de nascerem prematuros, de terem baixo peso e, até, de óbito pós-natal. 

Por ser uma condição muito importante e que impacta a vida da gestante, filho e toda a família, ao menor sinal de depressão na gravidez, busque ajuda de um médico.


Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
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15 de agosto de 2019 Todos

Saúde é um complexo biológico, psíquico e social. Por meio do alinhamento desses três fatores, pode-se dizer que a pessoa apresenta pleno estado de bem-estar. Para isso, é necessário que os sistemas do organismo, mente, cultura, ambiente e relacionamentos estejam adequados. Além disso, é preciso alinhar todos esses fatores a uma alimentação saudável.

Quando se fala de saúde mental, então, não apenas o tratamento farmacológico e terapêutico é necessário. A fim de se alcançar a plenitude dessa área, o indivíduo deve investir em atividades físicas, meditações, hobbies e, principalmente, boa alimentação. 

Alterações alimentares dentro de transtornos mentais

Existem alguns transtornos mentais que se relacionam especificamente com os alimentos. Exemplos:

  • bulimia, que consiste em comer quantidades exageradas e, após isso, vomitar; 
  • anorexia, cujo distúrbio da autoimagem implica redução extrema de ingestão alimentar; 
  • obesidade, em que a alimentação em excesso causa dano ao organismo. 

Além disso, muitas condições orgânicas, decorrentes da falta de alimentação saudável, podem simular alterações psíquicas. A vitamina B12 e o ácido fólico são constituintes do sistema hematológico e da construção de outras células. Em dietas extremamente restritivas, é comum haver déficit desses nutrientes, ocasionando-se convulsões, alterações motoras e delírios.

Antes da revolução industrial, era comum comer alimentos frescos e saudáveis, contudo, principalmente após esse período, tornou-se cada vez mais frequente o processo de industrializar os alimentos. Hoje, é comum encontrar sucos de fruta que consistem  praticamente de apenas aromatizantes. Carnes e embutidos que perduram por anos, sem vencimento. Leites ricos em produtos químicos. 

Desse modo, os alimentos passaram a ter elevado teor de açúcares, sal, gorduras e cafeína. Esses ingredientes super-estimulam o organismo, tornando o paladar viciado em alimentos ultraprocessados. O problema reside no fato de isso não ser natural ao organismo e ser fator de risco para doenças cardiovasculares, respiratórias e transtornos mentais, por exemplo. 

História da alimentação saudável como medicamento natural

Em 1968, o químico e vencedor do Prêmio Nobel, Linos Pauling, desenvolveu o termo ortomolecular para se referir à associação entre mente e nutrição. Ele compilou uma série de artigos e pesquisas em seu livro Orthomolecular Psychiatry, a fim de comprovar que o consumo de nutrientes, vitaminas e sais minerais era necessário para a prevenção e auxílio no tratamento de diversos transtornos mentais.

Uma escritora americana, Ellen G. White, escreveu uma série de livros sobre alimentação saudável, na qual ela explica os benefícios da ingestão correta de alimentos para uma vida de bem-estar e longevidade.

Mantendo alimentação saudável 

A World Health Organization esclarece que a alimentação saudável é direito de qualquer cidadão no mundo. Além disso, ressalta que comer se torna benéfico, caso seja atingida a ingestão adequada dos parâmetros biológicos, sociais e individuais, além do respeito à regionalização e cultura. Logo, a alimentação deve aperfeiçoar a qualidade de vida física, mental e social. Ela se torna fator inerente para a construção de uma sociedade feliz e dinâmica. 

Não deixe que os maus hábitos alimentares prejudiquem sua saúde mental. Busque ajuda de um médico especialista e comece a viver plenamente, alinhando sua rotina com hábitos de alimentação saudável.

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15 de agosto de 2019 Todos

O nascimento de uma criança compreende a ruptura de uma realidade na família, uma vez que os pais devem alterar as rotinas para cuidar do bebê. O fato de a criança ser dependente, a amamentação e a mudança de hábitos diários podem ser grandes desafios a serem enfrentados, principalmente pela puérpera (mãe no período pós-parto).

Desse modo, podem surgir alterações de humor, como tristeza, depressão, agitação, alterações do ritmo circadiano, do sono e da alimentação. Na verdade, as condições psicossociais são cada vez mais prevalentes. Contudo, na maioria das vezes elas são transitórias e não necessitam de tratamento especializado por longo período. Entenda melhor essas alterações e como preveni-las.

Disforia pós-parto

Também chamada de blue syndrome, trata-se de alterações do humor transitórias e autolimitadas, caracterizadas por choro fácil, tristeza e pouca vontade de fazer as coisas relacionadas com o filho, apesar da consciência de cuidado com o bebê. Consiste no transtorno pós-parto mais comum, afetando até 60% das puérperas. Geralmente, se inicia no terceiro dia e desaparece, de forma espontânea, no décimo quarto dia. Por isso, diz-se que a disforia pós-parto tem um curso benigno, isto é, de curta duração. 

Depressão pós-parto

A depressão pós-parto ocorre com maior frequência em mães adolescentes; nas que tiveram depressão ou ansiedade previamente; nas que têm pouco suporte social; e nas que passaram por algum evento traumático durante a gestação.

O quadro se inicia após quatro semanas do parto, com sintomas de insônia, instabilidade emocional, cansaço extremo, falta de vontade de realizar as tarefas e tristeza profunda. A depressão pós-parto tem a particularidade da interação mãe-filho, uma vez que ela pode se recusar a cuidar do bebê, além de apresentar comportamentos de negação ao filho, nos casos mais graves.

O diagnóstico é feito pelo médico psiquiatra, a partir da entrevista e identificação de fatores de risco. Devem ser excluídas outras desordens hormonais ou transtornos mentais diferentes, que também cursam com sintomas depressivos. O tratamento para essa condição é individualizado e pode abranger psicoterapia e medicação. Caso haja histórico pessoal ou familiar de transtornos depressivos ou psicóticos, é necessária a consulta precoce a um médico.

Prevenindo a depressão pós-parto

Melhor que remediar os sintomas depressivos é prevenir que eles aconteçam. O método para isso é, principalmente, cuidar da saúde mental da mãe e evitar os fatores de risco. Além disso, há outras dicas também importantes. Veja abaixo as principais recomendações:

  • alimente-se bem, com produtos naturais, se possível, e em quantidades satisfatórias;
  • evite alimentos com cafeína e álcool;
  • peça ajuda a alguém de confiança, a fim de que você consiga tempo para dormir;
  • faça exercícios físicos regularmente;
  • mantenha vínculos de amizade e se proporcione tempo para realizar hobbies;
  • evite o isolamento social;
  • conserve os pensamentos positivos;
  • não se furte de pedir ajuda aos profissionais: médicos e psicólogos;
  • medite: meditação guiada aumenta os circuitos neuronais que causam boas sensações;
  • apegue-se à sua fé e se aproxime da figura divina que você crê.

 

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15 de julho de 2019 Todos

Apesar de apresentarem sintomas parecidos, o Autismo e a Síndrome de Asperger são quadros diferentes dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA). De acordo com dados do Hospital Albert Einstein, no Brasil, cada uma das condições têm incidência de 150 mil novos casos por ano.

Dentro da lógica do TEA, o que os difere é a intensidade na manifestação dos sintomas. A Síndrome de Asperger tende a se manifestar de forma mais branda e a socialização também é um ponto de importante diferença entre eles. Mas sim, existem outras diferenças.

Neste post, entenderemos um pouco mais. Confira!

O que é Autismo?

Trata-se do desenvolvimento que causa alterações na capacidade de comunicação, interação social e comportamento. Crianças com autismo apresentam baixo interesse pelo convívio social e dificuldade de socialização, além de problemas para se comunicar com eficiência.

O alcance e a gravidade dos sintomas irão variar de acordo com o nível de enquadramento (1, 2 ou 3). Portanto, pessoas autistas podem apresentar total desinteresse para com o convívio social, como também ter uma vida considerada “normal”.

O que é Síndrome de Asperger?

É considerada a forma mais leve do espectro autista e, geralmente, é descoberta nas crianças por volta dos três anos. O transtorno apresenta características peculiares. As pessoas com Asperger podem apresentar hiperatividade, comportamentos impulsivos e antissociais, movimentos repetitivos, tanto nos gestos quanto na fala, etc. A criança também pode desenvolver má coordenação ou “falta de jeito”. 

A síndrome afeta três vezes mais os meninos e, quem a desenvolve, normalmente, tem inteligência acima da média. Por conta disso, alguns médicos a chamam de “Autismo de Alto Funcionamento”. Caso não diagnosticado na infância, o adulto com Asperger poderá ter mais chances de desenvolver quadros depressivos e de ansiedade.

Quais são as principais diferenças entre os transtornos?

Antes, a medicina os considerava como uma coisa só. Porém, depois de alguns estudos, o que antes se chamava autismo, hoje, é o Espectro do Autismo, que é dividido em pelo menos três níveis principais e cada um com um diagnóstico. Enquanto a Síndrome de Asperger é uma desordem do espectro autista de nível 1, o autismo passou a ser considerado de nível 3 — correspondente ao Transtorno Autista.

Como dito anteriormente, a principal diferença entre os dois transtornos está na intensidade, profundidade e gravidade dos sintomas. 

No autismo, a linguagem pode ser comprometida, bem como a comunicação e aspectos da sensibilidade humana. Pacientes também apresentam comportamentos repetitivos e atrasos no desenvolvimento da fala.

Por outro lado, pacientes com a Síndrome de Asperger, não apresentam dificuldades em expressão ou cognição. Mas, demonstram problemas de linguagem. A fala pode não apresentar entonações de humor, ser alta, rápida demais e com pouca fluência, mas não de forma tão rígida como acontece no autismo.

Ambos os transtornos não têm cura e exigem diagnóstico precoce para iniciar o tratamento o quanto antes e controlar os sintomas desde cedo.


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15 de julho de 2019 Todos

O autismo ou Transtornos do Espectro Autista (TEA), trata-se do desenvolvimento que causa alterações na capacidade de comunicação, interação social e comportamento da criança. Normalmente, os autistas apresentam dificuldades na fala, bloqueios na hora de se expressar, dificuldade de interação e, até mesmo, realização de movimentos repetitivos.

De acordo com os dados do Center of Deseases Control and Prevention (CDC), o transtorno afeta 1 a cada 110 pessoas no mundo. Assim, a estimativa é que, no Brasil, existem, mais ou menos, 2 milhões de autistas.

Os sinais surgem, na maioria das vezes, entre os dois e três anos, quando a criança começa a ter uma interação maior com a família e amigos. Em alguns casos, já é possível observar alguns sintomas quando ainda são bebês, como ausência de expressões faciais ou de reação aos sons. Mas esses primeiros sintomas devem ser avaliados pelo médico.

Neste post, entenderemos um pouco mais sobre o assunto. Confira!

Quais são os tipos de autismo?

De acordo com o CDC, existem três tipos de manifestações:

  • Síndrome de Asperger: é considerada a forma mais leve do espectro autista. Os principais sintomas são obsessão por um único objeto, além de interesse excessivo por um assunto preferido, podendo discuti-lo por horas a fio, sem parar. A síndrome afeta três vezes mais os meninos e quem a desenvolve, normalmente, tem inteligência acima da média. Por conta disso, alguns médicos a chamam de “Autismo de Alto Funcionamento”. Caso não seja diagnosticado na infância, o adulto com Asperger poderá ter mais chances de desenvolver quadros depressivos e de ansiedade;
  • Transtorno Invasivo do Desenvolvimento: pode ser considerada uma “fase intermediária”, uma vez que é um pouco mais grave que a Síndrome de Asperger, mas não tão forte quanto o Transtorno Autista. Os sintomas são variáveis, mas, no geral, o paciente apresenta quantidade menor de comportamentos repetitivos, dificuldades com a interação social, competência linguística inferior à Síndrome de Asperger, mas superior ao Transtorno Autista;
  • Transtorno Autista: as pessoas com esse tipo costumam ter atrasos linguísticos significativos, desafios sociais e de comunicação, além de comportamentos e interesses incomuns. Algumas também têm deficiência intelectual. Os principais sinais que indicam a condição são falta de contato com os olhos, comportamentos repetitivos, como bater ou balançar as mãos, dificuldades em fazer pedidos usando a linguagem, desenvolvimento tardio da linguagem.

Além dos tipos, o transtorno pode ser dividido em três níveis:

  • Nível 1 — leve: em geral, as crianças apresentam dificuldades para trocar de atividades, problemas de planejamento e organização, dificuldade para iniciar a relação social e pouco interesse em interação;
  • Nível 2 — médio: os sintomas são um pouco mais graves e a criança apresenta limitações em iniciar interações sociais, são mais inflexíveis nos seus comportamentos, apresentam dificuldades em relação à mudança ou com os comportamentos repetitivos e sofrem para modificar o foco das suas ações;
  • Nível 3 — grave: crianças caracterizadas com esse nível possuem dificuldades mais graves em relação à comunicação verbal e não verbal, limitação em iniciar interações sociais e resposta mínima a aberturas sociais que partem de outros. Inflexibilidade de comportamento, extrema dificuldade em lidar com a mudança ou outros comportamentos restritos/repetitivos.

Como é o tratamento?

Para a condição ainda não há cura, mas sim tratamentos capazes de melhorar a qualidade de vida do paciente, com uma equipe multidisciplinar. O principal objetivo é maximizar as habilidades sociais e comunicativas da criança por meio da redução dos sintomas e do suporte ao desenvolvimento e aprendizado.

Em alguns casos, pode ser indicado o uso de medicamentos, que embora não sejam específicos para o autismo, ajudam com possíveis problemas emocionais comuns no espectro, como ansiedade, hiperatividade, ataques de raiva, impulsividade, agressividade e alterações de humor.


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15 de julho de 2019 Todos

Ficar cansado do trabalho ou da rotina diária é normal. Porém, quando esse cansaço vem acompanhado de um esgotamento emocional, físico e muito estresse, é hora de começar a se preocupar, pois esses podem ser os primeiros indícios da Síndrome de Burnout.

Neste post, entenderemos um pouco mais sobre o assunto. Confira!

O que é a Síndrome de Burnout?

Também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, trata-se de um transtorno psíquico caracterizado por um estado físico, emocional e mental de exaustão extrema, resultado do acúmulo excessivo em situações de trabalho que são emocionalmente exigentes e/ou estressantes, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.

A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho. Por isso, ela se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso.

Entre os principais profissionais afetados estão:

  • médicos;
  • enfermeiros;
  • professores;
  • agentes penitenciários;
  • bombeiros;
  • policiais;
  • mulheres que enfrentam dupla jornada;
  • jornalistas;
  • advogados;
  • atendentes de telemarketing;
  • bancários;
  • executivos;
  • profissionais da área de assistência social;
  • profissionais da área de recursos humanos.

É importante ressaltar que a doença não está somente relacionada com o ambiente de trabalho. Muitas vezes, as tarefas da faculdade ou, até mesmo, as de casa podem ocasionar o problema.

Quais são os sintomas e o diagnóstico?

O principal sintoma é o esgotamento físico, mental e psicológico. Muitas vezes, leva a atitudes negativas, como ausências no trabalho, agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo e baixa autoestima.

Dor de cabeça frequente, alterações no apetite, insônia, pressão alta, dores musculares, problemas gastrointestinais e alterações nos batimentos cardíacos também podem ser sinais da Síndrome de Burnout.

O diagnóstico da doença é feito com base no histórico do paciente, seu envolvimento e realização pessoal com o trabalho. Amigos próximos e familiares podem ser bons pilares no início, ajudando o paciente a reconhecer sinais de que precisa de ajuda. 

Como é o tratamento da síndrome?

O tratamento tem como objetivo melhorar a qualidade de vida do paciente. Normalmente, ele é feito com a ajuda da psicoterapia, mas também pode envolver medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos). Atividade física regular e exercícios de relaxamento também ajudam a controlar os sintomas.

Mais do que tratar, é preciso prevenir o aparecimento da síndrome de Burnout. Por isso, de acordo com o Ministério da Saúde, alguns cuidados diários podem ajudar a levar uma vida mais leve:

  • defina pequenos objetivos na vida profissional e pessoal;
  • participe de atividades de lazer com amigos e familiares;
  • faça atividades que “fujam” à rotina diária, como passear, comer em restaurante ou ir ao cinema;
  • evite o contato com pessoas “negativas”, especialmente aquelas que reclamam do trabalho ou dos outros;
  • converse com alguém de confiança sobre o que se está sentindo;
  • faça atividades físicas regulares — academia, caminhada, corrida, bicicleta, natação;
  • evite consumo de bebidas alcoólicas, tabaco ou outras drogas, porque só piora a confusão mental;
  • não se automedique nem tome remédios sem prescrição médica.


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15 de julho de 2019 Todos

Sabemos que é normal que a criança, em algum momento da infância, recuse alimentos. Porém, quando isso se torna frequente e interfere de forma significativa no desenvolvimento, temos o chamado Transtorno Alimentar Seletivo (TAS).

Ao contrário de uma seleção temporária, esse transtorno é caracterizado por uma permanente recusa alimentar, e a criança passa a comer apenas os mesmos alimentos, rejeitando todas as outras opções fora do seu padrão de aceitação. Além disso, ela apresenta dificuldade para comer em restaurantes e na casa de outras pessoas.

Crianças que apresentam o comportamento desse distúrbio têm pouco apetite e aversão a frutas, legumes e verduras. Apesar de ser mais comum em pessoas que já têm outros tipos de transtornos, o TAS pode acontecer com qualquer um, em qualquer idade e persistir por anos.

Neste post, conheceremos um pouco mais sobre os sintomas, diagnóstico e como é o tratamento. Confira!

Sintomas do transtorno alimentar seletivo

A característica principal do transtorno é a rejeição a determinados alimentos. Entretanto, outros sinais podem ajudar os pais a identificar o TAS:

  • a criança não come mais do que 15 tipos diferentes de alimentos;
  • a criança evita grupos alimentares inteiros, como derivados do leite ou todas as frutas;
  • a criança pode apresentar náuseas e vômitos ao se deparar com a necessidade de comer novos alimentos;
  • a criança pode não tolerar o cheiro de determinado alimento e apresentar ânsia de vômito;
  • a criança faz birra na hora das refeições;
  • a criança fecha a boca e se recusa a experimentar qualquer alimento novo;
  • em certos casos, é possível observar preferência por determinadas marcas de alimentos.

A recusa alimentar pode ser causada por vários fatores, como problemas psicológicos, fobias sociais, alterações no paladar, insistência dos adultos na alimentação, dificuldade para mastigar, engolir ou sentir mal-estar no estômago.

Diagnóstico e tratamento do TAS

O diagnóstico é feito com base nos sintomas apresentados pela criança e no relato dos pais. 

É importante que, assim que iniciada a seletividade alimentar, os pais anotem, por uma semana, o que o filho comeu e recusou, para apresentar ao pediatra. Além de analisar os sintomas, o médico examinará outros possíveis problemas, como dificuldades para mastigar e engolir, alergias alimentares e problemas gastrointestinais.

As consequências podem ir desde a deficiência em nutrientes no organismo até problemas sérios de saúde, como diabetes e colesterol alto. Nem sempre a criança apresenta baixo peso ou problemas de desenvolvimento, mas pode ter dificuldade na escola, além de pele seca e cabelos e unhas fracas, devido à falta de nutrientes pela alimentação pouco variada. 

O tratamento para evitar o transtorno alimentar seletivo e fazer com que a criança volte a comer de tudo normalmente é feito com acompanhamento médico e tratamento psicológico, quando são inseridas estratégias para melhorar o ambiente das refeições e estimular a criança a experimentar novos alimentos, por meio da terapia cognitiva comportamental. 


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15 de julho de 2019 Todos

As redes sociais fazem parte da rotina da maioria dos brasileiros. Alguns, aliás, não conseguem se imaginar sem ela. De acordo com a empresa Strategy Analytics, o número de indivíduos conectados em dezembro de 2015 superou 2,2 bilhões, algo em torno de 31% da população mundial.

Os brasileiros estão entre os maiores aficionados por redes sociais do planeta. Ao todo, há 93,2 milhões de usuários ativos, que gastam 650 horas por mês navegando nessas mídias. 

Neste post, descobriremos um pouco mais sobre o tema. Confira!

Qual é o resultado de ficar muito tempo conectado?

Além de perder um tempo precioso, ficar conectado com muita frequência pode levar ao desenvolvimento de transtornos mentais, como casos de ansiedade e depressão. Novos estudos comprovam, ainda, que isso pode levar a males físicos, por exemplo, ganho de peso e problemas de coluna.

De acordo com pesquisa realizada em 2017 pela Royal Society for Public Health, os britânicos de 14 e 24 anos acreditam que Facebook, Instagram, Snapchat e Twitter têm efeitos prejudiciais sobre o seu bem-estar. 

Eles informaram que essas redes sociais deram a eles espaço extra para a auto expressão e a construção de comunidades, mas, por outro lado, exacerbaram a ansiedade e a depressão, reclamaram de privação do sono, exposição ao bullying e surgimento de preocupações sobre sua imagem corporal e “FOMO” (“medo de perder”). 

Um outro estudo conduzido por neurocientistas da University of Southern California e da Beijing Normal University, entre outras, e publicado em edição de 2014 da “Psychological Reports”, concluiu que o Facebook aciona a mesma parte do cérebro que o jogo e o abuso de substâncias.

Meninas são mais afetadas

Segundo um importante estudo do University College London (UCL) divulgado em Londres, meninas adolescentes são duas vezes mais propensas que os meninos a apresentar sintomas de depressão. 

Durante a pesquisa, uma em cada quatro meninas apresentaram sinais relevantes de depressão, enquanto o mesmo ocorreu com apenas 11% dos garotos. Os pesquisadores constataram que a taxa de depressão mais elevada é devido ao assédio online, ao sono precário e a baixa autoestima, acentuada pelo tempo nas mídias sociais.

O estudo também mostrou que 12% dos usuários considerados moderados e 38% dos que fazem uso intenso de mídias sociais (mais de cinco horas por dia) mostraram sinais de depressão mais grave.

Diante dos males, está na hora de aprender a usar as plataformas e não deixar que a tecnologia afete nossa saúde. Portanto, tente compartilhar somente informações relevantes, mantenha interações saudáveis com os amigos virtuais e, em hipótese alguma, compare sua vida a dos demais. 

Entenda que todas as postagens são recortes — geralmente positivos — das vidas das pessoas e que, por isso, não faz sentido fazer comparações. Note o seu estado emocional antes, durante e depois de lê-las: elas geram bem-estar ou são gatilhos para angústia e ansiedade? As redes sociais, por si só, não fazem bem ou mal. Tudo depende do uso que fazemos delas.


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15 de julho de 2019 Todos

Os maus-tratos na infância podem ser considerados casos importantes de saúde pública, que afetam tanto as crianças quanto a sociedade como um todo. Trabalhos científicos têm mostrado que os reflexos dos maus-tratos não são apenas físicos, mas também psicológicos, que podem levar a problemas psiquiátricos.

Neste post, descobriremos um pouco mais sobre o assunto. Confira!

O que devemos entender sobre maus-tratos

Para muitas pessoas, maus-tratos são sinônimos de abuso físico ou sexual, mas eles podem ser divididos em três tipos, que colocam em risco a integridade emocional, cognitiva ou física da criança:

  1. físico: o tipo mais comum e é definido como um comportamento voluntário, que provoca dano físico ao menor ou o desenvolvimento de doenças de caráter físico. As crianças que são submetidas a um quadro assim vivem em estado de alerta constante, desconfiam do contato com o adulto, voltam a fazer xixi na cama, têm medo dos pais, não querem voltar para casa e manifestam problemas para dormir e se alimentar;
  2. emocional: definido como um conjunto de condutas que levam a uma interação com o menor baseada na hostilidade verbal, por meio de insultos, ameaças e desprezo. Os sinais mais comuns no comportamento da criança são os atrasos no desenvolvimento psicomotor, a baixa autoestima, o excesso de timidez e uma postura defensiva, às vezes, até arredia;
  3. negligência infantil: é caracterizado por um abandono total ou parcial da atenção e/ou cuidados em relação à criança. A negligência pode ser física, mas também social e emocional. Um negligente atua de forma consciente ou inconsciente, por falta de cultura, ignorância ou falta de valores positivos. A criança responde à negligência com sinais físicos e emocionais — roupas sujas e inadequadas ao clima, lesões físicas de repetição, isolamento, depressão, alimentação inadequada (qualidade e quantidade), problemas de crescimento, irregularidade na escola, tentativas de fugir de casa etc.

Infelizmente, nem sempre é fácil identificar e diagnosticar os tipos de maus-tratos, mas sabe-se que a sua ocorrência na infância pode levar a sérios problemas psiquiátricos.

A relação entre maus-tratos e doenças psiquiátricas

Depois de muitas pesquisas e estudos de pacientes, sabe-se que pessoas que foram expostas a traumas e maus-tratos na infância apresentam maior risco de desenvolverem depressão, transtorno bipolar, abuso de álcool e drogas, transtorno de estresse pós-traumático, transtornos de personalidade, alimentares, tentativas de suicídio, entre muitas outras desordens psiquiátricas.

Do mesmo modo, crianças com história de abuso são mais vulneráveis ao desenvolvimento de diabetes, asma, doenças cardiovasculares (incluindo hipertensão arterial), cefaleias, obesidade etc.

Além disso, está provado que maus-tratos na infância não provocam apenas traumas psicológicos irreversíveis, mas também danos permanentes no desenvolvimento e funções cerebrais. Os hemisférios esquerdos de pessoas vitimadas pela violência se desenvolvem significativamente menos do que deveriam, e essas crianças apresentam alterações persistentes em áreas cerebrais relacionadas ao humor e às emoções.

Independente do tipo, um quadro de maus-tratos infantil merece ser acompanhado por um especialista no tema, para que seja possível minimizar os traumas vividos pela vítima e para que ela aprenda a lidar com problemas psiquiátricos de uma forma mais positiva.


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15 de junho de 2019 Todos

Diabulimia é um termo utilizado para descrever o paciente com diabetes tipo 1 que, por conta própria, decide diminuir a quantidade de insulina injetada, ou aquele que simplesmente abandona a aplicação do hormônio com objetivo de emagrecer.

A doença pode afetar qualquer pessoa diagnosticada com a diabetes do tipo 1. No entanto, as mulheres que possuem a doença têm 2,5 vezes mais chances de desenvolver o distúrbio.

O grande problema da diabulimia está nas consequências da falta da insulina para o corpo do paciente. Sem insulina para processar a glicose, o corpo não pode quebrar os açúcares dos alimentos para obter energia. Em vez disso, as células do corpo começam a quebrar a gordura já armazenada no organismo, liberando o excesso de açúcar pela urina. Na ausência de gordura, o corpo começa a queimar músculo.

Os principais sintomas da doença estão relacionados ao baixo nível de glicose no sangue. Além de apresentar níveis altos de hemoglobina glicada (A1C), os pacientes com diabulimia apresentam problemas associados à imagem corporal, leituras de glicose extremamente altas, depressão, alterações de humor, fadiga, infecções frequentes (fúngicas, na bexiga, entre outras), baixos níveis de potássio, baixos níveis de sódio, aumento do apetite, perda de peso rápida mesmo quando a pessoa come normalmente ou come muito, diminuição da concentração, redução da motivação.

Além disso, o silêncio, o segredo em relação aos números relacionados ao nível de açúcar no sangue e alimentação, o cancelamento de consultas de rotina também pode indicar a existência de um quadro de diabulimia.

Tratamento da diabulimia

Por se tratar de um distúrbio psicológico e alimentar, a diabulimia deve ser tratada por uma equipe multidisciplinar, com médicos, psicólogos e nutricionistas. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é um método que costuma ser utilizado para lidar com distúrbios alimentares e envolve aspectos relacionados a como lidar com o estresse e como monitorar o consumo de comida associado ao humor.

Dependendo do grau do transtorno, poderá ainda ser necessário fazer um controlo mais regular no endocrinologista, assim como envolver toda a família para ajudar a pessoa a ultrapassar essa fase. Além disso, em alguns casos, é recomendado o uso de medicamentos, indicados por um psiquiatra.

Complicações geradas pela diabulimia

Por se tratar de um transtorno alimentar, a diabulimia pode levar a complicações sérias, além do aumento dos níveis de açúcar no sangue. As principais complicações são: perda progressiva da visão; inchaço dos olhos; perda de sensibilidade nos dedos dos pés e mãos; amputação de pés ou mãos; diarreia crônica; doenças renais e do fígado.

Além disso, como existe falta de insulina no sangue, o organismo não consegue absorver corretamente os nutrientes dos alimentos ingeridos, desencadeando um processo de má nutrição e fome que, juntamente com as outras complicações podem levar a um coma e até a morte.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!




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