Ansiedade / Dra Aline Rangel

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Assunto considerado tabu, a disfunção sexual masculina acarreta problemas significativos na vida particular e de casais. De modo simples, estamos falando de bloqueios que impedem uma resposta sexual adequada, da incapacidade persistente ou recorrente de manter uma ereção até o final da atividade sexual. Fatores orgânicos e psicológicos estão associados a esses desajustes.Trata-se de um quadro que afeta a vida de quase metade dos brasileiros.

Fatores psicológicos que contribuem para a disfunção sexual masculina

1) Estresse e ansiedade

Você sabia que o simples fato de pensar muito em como será o desempenho na cama altera o ato sexual? Muitos homens sentem-se obrigados a satisfazer todos os desejos do parceiro e entram numa verdadeira corrida que mina a naturalidade. Outras preocupações (trabalho, casa, família, filhos, dinheiro), quando se manifestam de maneira excessiva, também são verdadeiros entraves a uma vida sexual satisfatória. E não pense você que tal comportamento restringe-se aos mais velhos – rapazes jovens também são impactados.

2) Pornografia

Estudos já comprovam certo impacto negativo da pornografia na vida sexual das pessoas. O que acontece, às vezes, é uma comparação desleal. O que é capturado sob lentes, posições estratégicas e efeitos audiovisuais não pode ser cobrado com tanta veemência na vida real. Quando a mente humana é “enganada”, pode-se cair na tentação de esperar da (o) parceira (o) atitudes plásticas demais.

3) Não posso ser pai agora! E se eu pegar alguma doença?

Relacionar-se sexualmente com sua (o) parceira (o) com medo de contrair alguma infecção ou doença, além de lidar com a possibilidade de ser pai, são outras causas de disfunção erétil psicológica. Muitos homens chegam preocupados ao consultório, mesmo tendo feito uso de preservativos adequadamente. Neste caso, salienta-se a importância de conhecer a (o) parceira (o) e não abrir mão de métodos de barreira.

4) Distúrbios mentais, como o de personalidade

Patologias que deixam o cérebro deficitário funcional e estruturalmente, de certa forma, prejudicam o ato sexual. Pense, por exemplo, em alguém com problemas de autoestima, quando o mínimo “erro” cometido altera a percepção em relação ao outro e a si próprio. Neste caso, qualquer comentário (mesmo aqueles ditos sem intenção de depreciar) pode impedir a plenitude nos momentos mais íntimos. O mesmo acontece no estado depressivo, que provoca falta de vontade de agir.

5) Desgastes no relacionamento

Quando a vida a dois não vai bem, discussões, brigas e até mesmo palavras mal empregadas podem causar danos importantes ao desempenho sexual.

Soluções para disfunção sexual masculina

Em alguns casos, pode-se fazer necessário o uso ou ajustes de medicamentos (determinados antidepressivos, por exemplo, têm efeitos colaterais na libido). Em todas as nuances, a terapia é uma ótima aliada, pois é possível, entre outros benefícios, avaliar certos comportamentos, descobrir suas “raízes”, dissipar incômodos e, consequentemente, realizar-se sexualmente. Disfunções sexuais precisam ser tratadas. Não tenha medo de compartilhar essas coisas com sua (o) parceira (o) e com algum especialista. O diálogo continua sendo essencial.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!

 


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A ansiedade é um mal que acomete milhões de pessoas. O fato é um retrato de preocupações excessivas do dia a dia, medo e pensamentos descontrolados, proporcionados pelo estilo de vida e incerteza do futuro. Quando esses sentimentos tomam dimensões desproporcionais e a mente não se desliga ao dormir, apresenta-se o quadro de ansiedade noturna.

O estresse acumulado durante o dia, assim como as preocupações constantes, são fatores que interferem diretamente na qualidade do sono, causando esse transtorno. Além da insônia, essa condição pode causar outros problemas do sono, como agitação, síndrome das pernas inquietas, apneia e terror noturno.

Como identificar a ansiedade noturna

Alguns sinais de que a ansiedade prejudica o sono são:

  • dificuldade de adormecer;
  • pensamentos que não permitem que o cérebro descanse;
  • insegurança pelo futuro;
  • antecipação de acontecimentos ruins;
  • sono não contínuo.

Esses fatores aparecem porque a ansiedade impossibilita que o cérebro se desconecte durante a noite. Assim, ao tentar dormir, a mente fica em estado de alerta, focada nos medos e estresse. Essa condição impede que o organismo inicie as fases do sono ou as atrapalha.

A falta de sono pode gerar, também, nervosismo e tensão, ocorrendo um ciclo vicioso.Agende sua consulta com a Dr. Aline Rangel psiquiatra e sexóloga.

Sintomas

Os sintomas podem se manifestar durante o dia, mas são mais incidentes na hora de dormir. Podem variar de pessoa para pessoa e ter intensidade diferente. São eles:

  • inquietação;
  • pensamento acelerado;
  • necessidade de levantar de madrugada;
  • respiração intensa ou ofegante;
  • cansaço;
  • dificuldade de adormecer;
  • necessidade de ficar com os olhos abertos;
  • sono interrompido;
  • falta de atenção durante o dia.

Causas

Alguns fatores causam impacto direto na ansiedade noturna.

Estresse

O estresse, quando crônico, é um fator de risco não só para esse transtorno, mas também para a depressão. Em níveis altos, causa liberação de cortisol no organismo, um importante hormônio que age em situações de risco. O problema acontece quando o estresse é constante e os níveis de cortisol permanecem altos no corpo.

Rotina de sono

O corpo humano funciona como um relógio. Na hora de dormir não é diferente. Hormônios trabalham em cada fase do sono e, quando o ciclo não é respeitado, esses hormônios tendem a se desregular. Ter uma boa rotina evita crises noturnas. É importante ter horário para dormir, dormir de luz apagada, não dormir assistindo TV, entre outros hábitos.

Preocupações

A mente humana é potente, mas precisa ser educada. As preocupações constantes do dia a dia são obstáculo para o desligamento do cérebro ao dormir. A técnica de substituição de pensamento pode ser útil nesses casos. Funciona da seguinte maneira: quando uma preocupação ou sentimento ruim surgir e tirar o sono, tente trocar esse pensamento por aquilo que pode acontecer de bom.
Refeições leves antes de dormir, manter uma rotina de sono, praticar atividades físicas, meditação e técnicas de respiração profunda são fatores que evitam esse transtorno.

A antecipação dos acontecimentos deve ser controlada, pois pode ser extremamente negativa e gerar problemas graves como depressão e ataque de pânico. Se a ansiedade está atrapalhando seu dia a dia, é hora de buscar ajuda médica.

A ansiedade noturna pode ser uma condição desafiadora de superar, mas não é impossível. Ao entender as causas e implementar estratégias eficazes, podemos minimizar as preocupações noturnas e melhorar nosso bem-estar mental geral. Lembre-se de criar uma rotina que acalme ao invés de agitar antes de dormir,  fazer modificações no estilo de vida e buscar ajuda profissional quando necessário.  Reflita sobre essas informações e recupere noites tranquilas para um amanhã mais promissor.


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21 de janeiro de 2021 AnsiedadeTodos
A maior consequência da fobia social é o isolamento. O medo do julgamento do outro faz com que a pessoa que sofre desse tipo de condição psiquiátrica deixe de conviver até com a família. O transtorno de ansiedade, como também é conhecido o problema, pode ainda evoluir com o tempo. Além disso, seus sintomas podem se tornar mais severos e o paciente pode não querer sair do seu quarto. Por isso, o tratamento é tão importante. Com o tempo, se o fóbico social for tratado, ele pode recuperar sua qualidade de vida e sua capacidade de se relacionar com as pessoas. Neste artigo, vamos falar das opções de tratamentos para o paciente com fobia social. Não deixe de acompanhar!

Tratamentos para a fobia social

A fobia social é um tipo de transtorno de ansiedade que se manifesta por meio reações físicas e emocionais, como nervosismo e pânico, quando o doente está na iminência de uma interação social. Tanto o pavor mental quanto os sintomas físicos são extremamente torturantes para quem sofre de fobia social. Por isso, o tratamento para esse tipo de transtorno de ansiedade trabalha com dois focos:
  • controlar os sintomas de ansiedade e pânico por meio de medicamentos;
  • ajudar o paciente a mudar padrões de comportamento por meio da psicoterapia.
O médico responsável pelo acompanhamento do paciente que tem o transtorno de ansiedade social também pode prescrever uma associação do tratamento medicamentoso com o psicoterapêutico.

Uso de medicamentos

Os medicamentos antidepressivos e ansiolíticos são os mais empregados no tratamento da fobia social. Dentre eles, os antidepressivos do tipo inibidores de recaptação de serotonina (ISRS) apresentam bons resultados no quadro. Isso porque aumentam a disponibilidade de serotonina no cérebro. Dessa forma, o paciente tem os sintomas do medo e da ansiedade controlados. Há um aumento também no bem-estar geral, melhorando também os pensamentos da pessoa com o transtorno. No início do tratamento, o médico psiquiatra iniciará a administração do antidepressivo de forma gradual. Isso é feito para que o organismo se adapte de forma mais suave à ação da substância ativa da medicação. Também podem ser utilizados ansiolíticos para controlar os sintomas do pânico.

Psicoterapia

Há vários tipos de psicoterapias que podem ajudar no tratamento da ansiedade social. No entanto, a terapia cognitivo- comportamental é a mais utilizada para tratar esse tipo de transtorno psiquiátrico. Nesse tipo de psicoterapia, o paciente aprende a reconhecer e enfrentar seus medos. A partir daí, ele é orientado a observar e transformar seus pensamentos para desenvolver a confiança nas relações com as outras pessoas. Na terapia cognitivo-comportamental, o paciente é desafiado a pensar e enfrentar as situações que ele teme a fim de controlar os sintomas do seu problema. Quando os pensamentos de medo são dominados, os sinais de ansiedade e pânico podem ser mantidos sob controle. O tratamento para a fobia social tem duração variável, pois tudo vai depender do organismo de cada paciente e da sua persistência para continuar se tratando. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!


15 de janeiro de 2021 AnsiedadeTodos

Você é daquelas pessoas que vivem preocupadas com o futuro? Fica ansioso constantemente e isso chega a atrapalhar sua vida cotidiana? Seus dias são marcados por tensão e apreensão?  Suas noites de sono já não são como antes e agora você já não consegue dormir bem? Está sempre em ritmo acelerado e ocupa seu tempo com pensamentos contraproducentes? Talvez seja interessante, então, controlar a preocupação excessiva.

A ansiedade é uma condição natural diante de situações que geram medo ou expectativa. Uma viagem muito aguardada, uma mudança de cidade, uma entrevista de emprego…Enfim, o estado ansioso nos prepara para encarar desafios e, de certo modo, pode até contribuir no processo de adaptação. Por outro lado, ansiedade em excesso pode ser extremamente prejudicial, a ponto de desencadear sintomas como mal-estar físico, dor de cabeça, inquietação, fadiga, dificuldade de concentração, irritabilidade, perturbação do sono e tensão muscular.

Neste artigo, trazemos mais informações sobre como manter a ansiedade e preocupação excessivas sob controle. Confira!

Dicas para controlar a preocupação excessiva

Encare os problemas de maneira objetiva

Se o problema de fato existe, procure encará-lo de forma objetiva, entenda o que realmente está acontecendo e quais os impactos que a situação pode causar. Depois disso, foque em possíveis soluções e pense por um momento em como você agiria e o que aconselharia se o problema  não fosse seu. Além disso, tente resolver e não complicar ainda mais o quadro, tornando tal problema maior do que ele realmente é.

Relaxe e concentre-se em outras coisas

Para combater a preocupação em excesso, desconecte-se por um tempo dos problemas e mude o seu foco, ainda que seja por um breve momento. Descanse, dedique-se a algum hobby, passeie com a família e relaxe. Deixar de descansar ou se divertir não resolve. Pelo contrário, isso compromete a saúde mental e agrava a situação. Lembre-se de que, se você estiver relaxado, fica mais fácil encontrar soluções para eventuais problemas.

Pare de ser pessimista

Não potencialize os problemas, não veja tragédia onde não tem, não se coloque para baixo e nem fique apenas olhando o ponto negativo das coisas. Acredite em si mesmo e tenha uma atitude positiva diante da vida. Aprecie o belo e valorize o que é bom. 

Aprenda a reprogramar a rota

Nem sempre as coisas vão sair como você planejou e isso não é necessariamente ruim. É preciso aprender a lidar com contratempos e reprogramar a rota. E isso pode ser melhor do que você imagina! Saiba que, se algo fugir ao planejado inicialmente, existe o plano B. Então, diversifique suas opções e sempre tenha mais de uma alternativa. Não concentre suas expectativas e projetos em uma coisa só.

Busque auxílio profissional

Se sua ansiedade é excessiva, a preocupação parece incontrolável e você tem a sensação de que não vai conseguir solucionar seus problemas sozinho, procure ajuda profissional. Você é forte e capaz de enfrentar adversidades e desafios, mas há situações em que o especialista fornecerá ferramentas para lidar com os problemas da maneira mais adequada.

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14 de janeiro de 2021 AnsiedadeTodos

Quase tudo sobre a pandemia do coronavírus é incerto: quantas pessoas serão afetados, quanto a economia e o mercado de trabalho serão afetados, em quanto tempo as coisas retornarão ao “normal”.

A incerteza pode causar sentimentos de extremo desconforto. A incerteza pode também nos levar a concentrar nos piores cenários, o que pode interferir na nossa capacidade de resolver problemas ou tomar decisões.

Embora a incerteza possa ser assustadora, pânico e preocupação são métodos ineficazes de preparação para imprevistos.

E considere isso – a incerteza provavelmente elevará seus hormônios do estresse, o que pode comprometer seu sistema imunológico, tornando-o ainda mais vulnerável a doenças.

O que fazer para gerenciar a incerteza?

Aqui estão algumas sugestões para gerenciar a incerteza durante a pandemia de coronavírus. Você poderia reservar 10 minutos para fazê-lo? Pegue uma folha de papel para registrarmos as respostas.

Primeiro, pense em um momento em que lidou com sucesso com a incerteza e depois responda às seguintes perguntas. 

Qual foi a situação?

E como você reagiu?

Lembra quais forças e habilidades você usou?

E, ainda, quais foram algumas das coisas que você pôde resolver, mudar ou controlar em sua vida diária neste período? 

Mesmo nos melhores momentos, a incerteza é apenas uma parte da vida.

Embora o nível de incerteza causado pela pandemia de coronavírus é sem precedentes, a realidade é que essa situação acabará, e a vida continuará. Pode ser útil confortar-se com declarações do tipo: “Eu posso com isso “ou” Isso é realmente difícil, mas já superei desafios antes “.

Pense: quais são algumas das afirmações, meditações ou palavras de sabedoria que você pode usar para ajudá-lo a através deste momento difícil? 

Anote: os nomes de amigos e familiares com os quais você pode contar para apoio emocional ou uma boa risada quando você está preocupado ou se sentindo triste.

Reflexões sobre este exercício

Quais atividades foram mais eficazes para ajudar você a gerenciar a incerteza? 

Após esta prática, você se sente mais capaz de gerenciar sentimentos ou pensamentos associados à incerteza? 

Explique para si mesmo.

Quer saber mais sobre os impacto na saúde mental em tempos de pandemia da COVID-19 (coronavírus)? Clique aqui e você será redirecionado para outros artigos lá do Blog sobre este tema.



1 de janeiro de 2021 Ansiedade

A ansiedade é uma emoção normal do ser humano, comum ao se deparar com situações futuras que precisam de performance ou decisão, como no trabalho, por exemplo. Entretanto, em excesso, pode se tornar um distúrbio físico ou emocional.

O transtorno no Brasil é mais comum do que se imagina. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% da população brasileira sofre com o problema, valor que é o triplo da média mundial.

Os primeiros sintomas de que ela está presente são físicos: respiração ofegante, aumento das batidas do coração, suor nas mãos. Mas ela afeta ainda mais o psicológico: preocupação e medo extremos em situações simples da rotina, insegurança, impaciência, agonia e paralisia emocional e mental, são sintomas que podem afetar todos os aspectos da vida.

Listamos alguns dos principais sintomas psicológicos causados pelo transtorno de ansiedade:

1 Preocupação em excesso

Pessoas ansiosas estão sempre preocupados com o futuro, antecipam preocupações e se atormentam com pequenos problemas. A preocupação excessiva é uma fonte direta de dores de cabeça, úlceras e estresse, podendo inclusive afetar o sistema imunológico.

2 Pensamento obsessivo

O pensamento obsessivo é uma incapacidade controlar pensamentos e imagens angustiantes e recorrentes. Estudos de imagem cerebral indicam que está associado a uma disfunção neurológica de causa desconhecida que força os pensamentos em ciclos repetitivos. O pensamento obsessivo também pode estar associado a transtornos do humor, incluindo distimia, depressão, transtorno bipolar e muitas outras condições psicológicas.

3 Sempre alerta  e em perigo

Indivíduos com transtornos de ansiedade em geral superestimam o perigo nas situações que temem ou evitam. O medo é excessivo ou fora de proporção.

4 Nervosismo

Irritabilidade, mudanças de humor repentinas e sem explicação aparente. Pessoas que estão a ponto de entrar em um ataque de nervos, podem passar da euforia ao pranto rapidamente.

5 Preocupações com tragédias futuras

Indivíduos ansiosos convivem com a sensação contínua de que um desastres e catástrofes podem ocorrer a qualquer momento, seja com eles ou com pessoas próximas. Além disso, surgem muitos pensamentos de adoecimento.

6 Medos irracionais

Além de sentir perigo em tudo, pessoas ansiosas têm medo em situação corriqueiras, como por exemplo: de perder alguma coisa, de não ser bom o suficiente, do fracasso, de perder o emprego, do término do relacionamento ou de não ser aceito. Esse medo excessivo pode comprometer a segurança nas relações pessoais, seja no trabalho ou na família.

7 Alterações de sono

Dificuldade para dormir ou episódios de insônia são comuns, principalmente em vésperas de reuniões importantes e eventos. Pessoas com ansiedade não conseguem se desligar do que fizeram ao longo do dia e passam a noite processando o que farão no dia seguinte. Algumas vezes chegam a sonhar e despertar pensando em soluções possíveis para determinada questão. Pesadelos também estão presentes constantes e atrapalham a qualidade do sono.

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22 de outubro de 2020 AnsiedadeTodos

Provas, competitividade, apresentações em público, mudanças hormonais, aprovação social, bullying… esses e outros desafios surgem durante a fase escolar. A ansiedade, que atinge níveis quase epidêmicos no Brasil, pode ser desencadeada por fatores biológicos, emocionais e, claro, ambientais. A escola, portanto, pode ser um espaço gerador de estresse e ansiedade para o adolescente. Como lidar com a ansiedade no ambiente escolar em adolescentes e encorajar esses jovens a manter a saúde mental em um momento tão intenso da vida?

O perigo da ansiedade na adolescência

A ansiedade faz parte da experiência humana. Todos nós a experimentamos de tempos em tempos, dependendo da situação: antes de entrevistas de emprego, apresentações e eventos importantes, por exemplo. Porém, quando se manifesta em nível elevado, muito intenso e recorrente, é o momento de ligar o alerta.

Os transtornos de ansiedade podem ser muito danosos na fase escolar. É o período em que o jovem está descobrindo seu lugar no mundo, assim como descobrindo a si mesmo. É uma fase também muito caracterizada por uma pressão vinda de pais, professores e, sobretudo, colegas.

O adolescente comumente busca a aceitação em grupos, o que pode levá-lo a abrir mão de suas próprias vontades para se sentir incluído. Aqueles que se recusam a fazê-lo, assim como aqueles que fogem de um padrão estético ou de comportamento, geralmente são deixados de lado. Como consequência, passam a ser alvos de bullying, piadas e chacota, contribuindo para o aumento de ansiedade e minando, aos poucos, sua autoestima, confiança e bem-estar. Esses são os jovens que, no futuro, tendem a manifestar problemas psicológicos.

Como identificar ansiedade nos adolescentes?

Segundo dados levantado pelo PISA (Programa de Avaliação Internacional de Estudantes), os jovens brasileiros estão entre os mais ansiosos e estressados antes de provas.

Psicologicamente falando, a ansiedade moderada pode ser funcional. Esse sentimento leva o jovem a se dedicar aos estudos. Se fosse pela ausência total de ansiedade, o adolescente não se importaria tanto em se preparar. A ansiedade elevada, por outro lado, pode interferir na concentração e no sono, levá-lo ao isolamento, causar irritabilidade e fazê-lo se sentir incapaz diante de avaliações.

  • Fique de olho em alguns sinais:
  • Falta de vontade de frequentar a escola;
  • Dificuldade de concentração;
  • Retraimento social e dificuldade de interagir com outras pessoas, mesmo que fora do ambiente escolar;
  • Pensamentos negativos;
  • Sintomas psicossomáticos, como fadiga, distúrbios do sono, dores gastrointestinais, tontura, entre outros – para saber mais sobre este tema, clique aqui;
  • Estado de alerta constante e preocupação excessiva.

Como é o tratamento?

Assim como outros transtornos psíquicos, a ansiedade pode ser aliviada com o acompanhamento de um especialista como o psiquiatra. É recomendado buscar o apoio do profissional pois há diferentes tipos de ansiedade, e por isso ela precisa ser devidamente identificada e diagnosticada.

Há sintomas que sugerem transtorno de ansiedade social, em que o indivíduo sente dificuldade e desconforto quando precisa interagir com outras pessoas; outros sintomas indicam TOC (transtorno obsessivo compulsivo), caracterizado por ações e pensamentos repetitivos que passam a prejudicar a vida do paciente; o TAG (transtorno de ansiedade generalizada) causa extrema angústia e preocupação desproporcional à gravidade das situações, entre outros.

Os transtornos tratados por psiquiatras nunca são preto no branco. Tudo é sempre muito cinzento, e por isso os tratamentos variam muito. Podem incluir sessões de psicoterapia regulares e, em alguns casos, medicamentos.

De qualquer forma, é importante buscar tratamento o mais cedo possível. Conte comigo caso tenha alguma dúvida sobre esse ou outros assuntos. Lembre-se de que a saúde mental é parte integrante da saúde do indivíduo e necessária para que todas as áreas da vida possam fluir em harmonia. Abração!



28 de agosto de 2020 Ansiedade

Imagine-se trabalhando ou em casa lendo um livro ou em qualquer outra situação que requeira certo foco. Nesse momento de concentração, o celular, que está bastante próximo de você, toca para anunciar uma nova mensagem no Instagram. Pronto… é o suficiente para interromper a sua a atenção. O que você faz? Pega o celular e lê a mensagem ou ignora para tentar retomar o foco? Essa é uma situação bastante comum que o celular e as redes sociais incluíram em nossa vida. Hoje a comunicação é muito rápida e prática. Está na ponta dos dedos, literalmente. Isso facilita nossa vida? De certa forma, sim. Mas, como quase tudo na vida, há também contras que merecem atenção, afinal, nesse caso podem acabar afetando tanto a saúde física quanto a mental.

O brasileiro desbloqueia o celular, em média, 78 vezes por dia. São muitas facilidades em um só aparelho, certo? Calculadora, e-mail, mensageiros, cronômetro, câmera fotográfica, relógio… é realmente muito prático ter tudo sempre na mão. Dentre os cinco aplicativos mais utilizados no Brasil durante a quarentena, quatro são redes sociais. Essas plataformas, porém, escondem muitos perigos por trás dos lindos filtros.

A “felicidade” vista nas redes sociais

Passe a reparar em suas timelines e note quantas pessoas ali estão compartilhando sorrisos, momentos de felicidade e lembranças de viagens incríveis e quantas delas estão publicando momentos de maior vulnerabilidade, pedidos de ajuda ou perrengues.

Possivelmente até mesmo o conteúdo que você publica nas suas redes siga nessa linha mais agradável e bem-humorada. E tudo bem. Manter as experiências negativas registradas realmente não deve ser o objetivo de muita gente, eu entendo. A questão é que o que vemos pelas telas dá a todo tempo a impressão de que o mundo a nossa volta é só flores, enquanto nossa vida não é tão interessante ou satisfatória assim. Bem, a verdade é que todas essas pessoas têm muitos problemas para resolver, assim como você. Então acredite: a grama do vizinho nem sempre é mais verde. A diferença é que somente você conhece os seus próprios problemas e a sua luta diária.

Então vai ficar tudo bem enquanto você for capaz de navegar pelas mídias sociais tendo a consciência de que aquilo é apenas um recorte da vida das pessoas e que, portanto, é infundado – e até mesmo injusto – se valer de qualquer comparação com o que se vê ali.

 

Os perigos das redes sociais

Mas e quando o uso das mídias sociais começa a gerar angústia e ansiedade e servir de gatilho para algumas de suas inseguranças? Uma série de estudos e pesquisas aponta essas redes como responsáveis pelo agravamento de problemas de saúde mental, o que pode soar como um grande paradoxo. Afinal, conexões sociais aliviam o estresse e liberam uma série de hormônios capazes de nos trazer conforto, certo? Certo, mas nesse caso é preciso que ocorra uma socialização com real proximidade, toque e olho no olho. As mídias sociais, por outro lado, podem causar maior sensação de isolamento e solidão, além de seu uso exagerado gerar sintomas de ansiedade e depressão. Veja o porquê:

  • Autoestima: como já mencionei, as publicações que vemos nas mídias sociais geram uma visão distorcida e perigosa sobre os padrões de beleza e de sucesso, o que representa uma ameaça à autoestima, sobretudo em grupos mais vulneráveis, como os adolescentes. A jornalista e influenciadora Danae Mercer traz em seu perfil do Instagram uma proposta interessante que vai contra a exposição e a idealização dos corpos perfeitos. Danae mostra seu corpo como realmente é e brinca com as poses e táticas utilizadas por modelos e blogueiras para darem a impressão de barriga chapada ou “bumbum na nuca”. Cada publicação é um lembrete de que o corpo perfeito não faz parte da vida real, e que até mesmo aquela modelo com milhões de seguidores usa iluminação e certos ângulos para criar um efeito ilusório da realidade.
  • Cyberbullying: embora a legislação atual já proteja vítimas de bullying no ambiente virtual, muitas pessoas ainda se sentem livres para fazer difamação ou espalhar rumores na seção de comentários. Mais uma vez, isso pode acontecer com todos, porém é no período da adolescência que os casos acontecem com maior frequência, fazendo com que o monitoramento dos pais seja uma necessidade.
  • O medo de estar por fora: conhecido como FOMO – fear of missing out –, esse fenômeno traz a sensação de estar perdendo alguma oportunidade ou estar de fora das novidades que acontecem dentro das mídias sociais. Você já fez parte de uma conversa em que todos comentavam sobre o assunto que bombou no final de semana e se sentiu de fora? E aí vem aquela clássica pergunta “Como assim você não ficou sabendo disso?”. Pois é, são situações como essa que impulsionam o FOMO. Isso faz com que queiramos, a todo momento, desbloquear o celular para ver as últimas publicações do feed, responder rapidamente todos os comentários e buscar atualizações constantemente, o que pode acabar gerando um ciclo de ansiedade difícil de superar.
  • Tempo de tela: as mídias sociais mais populares são um grande sucesso não por acaso. Valendo-se de uma série de algoritmos, essas plataformas sabem exatamente o que você gosta de ver, conhecem todos os seus hábitos de consumo e fazem o que for necessário para que você permaneça o maior tempo possível navegando nelas. Que atire a primeira pedra quem nunca foi dar só uma olhadinha na rede social e acabou deslizando a timeline por 20, 30, 40 minutos. Embora sejam muito discutidos os perigos para as crianças, uma exposição prolongada à tela também gera diversos efeitos sobre o adulto, como dores de cabeça, perda de sono, visão borrada e olhos secos. Sem contar que a inclinação do pescoço durante o uso de celular gera pressão sobre a cervical, causando muito incômodo físico a longo prazo.

 

Revendo seus hábitos

Tenha bastante critério ao lidar com as mídias sociais e leve em consideração algumas reflexões.

Pergunte-se o que você busca nessas plataformas. Caso queira registrar seus momentos e se relacionar com seus amigos, colegas e pessoas queridas, faça isso. Claro que nem tudo é negativo nas mídias sociais e ela serve muito bem o propósito de criar e manter vivas as nossas conexões. Repense, no entanto, se a busca pela proximidade digital não está interferindo nas suas relações presenciais. É muito comum encontrar rodas de amigos ou casais que estão fisicamente juntos, mas absortos em seus próprios universos virtuais. Caso desligar-se um pouco do celular esteja sendo um enorme esforço para você ou caso note que está sempre desbloqueando o aparelho mesmo sem um objetivo claro, então reveja seus hábitos de consumo.

Reflita se algo incomoda você nas mídias sociais. Caso sinta-se desconfortável, insuficiente ou incapaz de qualquer maneira enquanto navega na timeline, tome nota, adquira consciência sobre isso e busque eliminar a fonte do desconforto. Deixe de seguir, de visualizar, de consumir. Muitas vezes passamos a acompanhar alguns conteúdos devido aquele medo que comentei mais cedo. Mas pensando bem, o que vale mais? Saber qual o último carro importado aquele cantor sertanejo comprou ou estar bem consigo mesmo? Repare que, no geral, aquilo que nos faz mal é aquilo sem a qual podemos viver tranquilamente.



14 de junho de 2020 AnsiedadeTodos
A cefaleia crônica é considerada uma comorbidade associada ao transtorno de ansiedade generalizada, uma doença psiquiátrica conhecida pela sigla TAG. Isso quer dizer que a dor de cabeça frequente no organismo de quem é ansioso pode ser decorrente do próprio desequilíbrio bioquímico que a ansiedade provoca no cérebro. Essa constatação foi observada a partir de estudos realizados nas áreas de Psiquiatria e Neurologia. Assim, a pessoa com esse tipo de transtorno costuma ter crises de dor de cabeça por vários dias durante um mês sem entender muito bem o que a provocou. Além de afetar bastante a disposição e o humor, a cefaleia crônica faz com que o paciente tenha que tomar cada vez mais medicamentos para dor sem que ele faça o efeito desejado. Continue a leitura deste artigo para saber mais sobre o assunto!

Por que o ansioso tem muita dor de cabeça?

Ainda não existe um consenso sobre as causas da ansiedade. Há teorias que apontam para quatro fatores desencadeadores: o ambiental, o genético, o físico e o decorrente de evento traumático. Independentemente do que ocasiona esse tipo de transtorno psiquiátrico, é fato que nele há um desequilíbrio nos estímulos elétricos do cérebro. Esse quadro provoca um desajuste na recepção de elementos químicos que determinam nossos estados emocionais. Com esse desequilíbrio químico, a resistência à dor fica mais fraca. Sendo assim, quando o gatilho da emoção ansiosa provoca uma tensão cerebral que desencadeia a cefaleia, o organismo passa a ser mais suscetível a frequentes crises de dor de cabeça no dia a dia. Isso acontece porque a pessoa com TAG está constantemente nervosa, angustiada, com medo, agitada ou chateada com algo. Por isso, o tratamento para a cefaleia decorrente do transtorno de ansiedade não deve envolver só medicamentos para a dor, é preciso controlar os gatilhos das crises, aquilo que provoca os estados ansiosos.

Como lidar com a cefaleia crônica decorrente da TAG?

As crises de dor de cabeça em quem sofre de ansiedade costumam diminuir muito quando se observa a raiz do problema. O medicamento pode aliviar momentaneamente. No entanto, cuidar do que desencadeia a ansiedade é o ponto-chave. Por isso, é importante observar a situação que deixa o paciente com os sintomas de TAG. Por exemplo, se o que está trazendo estresse e angústia é uma frustração no trabalho, é indicado trabalhar esse ponto, buscando formas de superar essa dificuldade. O uso de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos também pode ser necessário. No entanto, a recomendação geral da maioria dos médicos que tratam o problema é que o paciente adote uma rotina de hábitos saudáveis, que incluem a retirada de alguns alimentos que estão associados a dor de cabeça (café e pimenta, p.ex.), exercícios aeróbicos e sessões de psicoterapia. Um grande segredo para driblar a cefaleia crônica decorrente da TAG é e construir habilidades de regulação emocional. Além disso, é importante se exercitar com frequência, ter momentos de relaxamento e lazer e adotar um olhar positivo em relação à vida. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como e como posso dar dicas para melhora do seu sofrimento lá no Blog #apsiquiatra.



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