Todos / Dra Aline Rangel


26 de novembro de 2017 Todos

A primeira coisa que devemos ter em mente é que o TDAH é muito diferente do famoso DDA. Enquanto essa última sigla se refere ao Distúrbio do Déficit de Atenção, a segunda se refere ao Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade.

Isso significa que se trata de uma combinação de sintomas dos dois déficits: especificamente, estamos falando da inquietude motora caracterizada pela hiperatividade e pela desatenção.

Para se ter uma ideia, a Associação Brasileira de DDA estima que o transtorno em questão tem prevalência entre 3% a 5% de toda a população infantil, sendo que em adultos sua prevalência é de aproximadamente 4%.

Outro fator que merece destaque é que sua prevalência é maior entre crianças e adultos do gênero masculino quando comparado ao gênero feminino – a proporção gira em torno de 2:1.

Além da severidade dos sintomas, que podem ir de leves a graves, existem variações do tipo de distúrbio, que pode ser predominante desatento, predominante impulsivo ou um combinado entre as duas formas.

Causas do TDAH

Assim como grande parte dos transtornos mentais, não existe uma classificação precisa sobre as possíveis causas do transtorno. No entanto, um consenso especializado é que ele provavelmente tem causas relativas tanto a fatores genéticos (internos), tais como disfunções em determinadas partes do cérebro; quanto ambientais (externos), a exemplo do tabagismo durante a gravidez.

E quanto aos sintomas?

Aqui reside a grande complexidade do transtorno, pois é necessário que a pessoa apresente seis, sete ou mais sintomas característicos da impulsividade ou da desatenção.

Dentre os sintomas do primeiro grupo (impulsividade), temos como exemplo falar demais e não conseguir aguardar sua vez de falar; ser incapaz de realizar atividades calmas, incluindo as de lazer; correr ou subir em objetos quando este não é um comportamento esperado; se mexer de forma constante enquanto está sentado e não conseguir ficar parado por muito tempo.

Já no segundo grupo (desatenção), os sintomas mais característicos incluem não prestar atenção aos detalhes, não responder quando a palavra lhe é dirigida, ter dificuldades para organizar tarefas, perder objetos de forma constante e não seguir instruções.

Diagnóstico e tratamento da TDAH

Em geral, para a realização do diagnóstico não é necessário fazer nenhum tipo de exame de imagem do cérebro da criança ou adulto, pois com procedimentos padrões é possível chegar à definição da patologia. No entanto, vale ressaltar que as consultas durarão um pouco mais que o normal, pois o especialista tem que fazer uma investigação profunda não somente do paciente, mas também do histórico da família, que pode dizer muito sobre o tipo de distúrbio manifestado.

Depois do diagnóstico adequado, deve-se partir para o tratamento do transtorno, que é sempre realizado de forma multidisciplinar, ou seja, profissionais de várias especialidades devem atuar no tratamento, incluindo fonoaudiólogos, psicopedagogo, terapeuta ocupacional, psicólogo e psicomotricista, dentre outros.

Uma das formas mais eficazes de realizar o tratamento do TDAH é através da psicoterapia, mas em alguns casos pode ser recomendado o uso de medicação.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



26 de novembro de 2017 Todos

A psicoterapia é um atendimento personalizado realizado por um psiquiatra ou psicólogo, devidamente especializado e capacitado, que visa ajudar determinada pessoa a tratar questões de cunho individual em três principais áreas:

  • Dificuldades emocionais: como exemplo podemos citar traumas, luto, escolhas que devemos fazer na nossa vida e conflitos emocionas, em momentos difíceis ou até mesmo em situações de muito êxito que vivenciamos;
  • Dificuldades cognitivas: aqui entram os transtornos mentais, como ansiedade, depressão, visão exageradamente pessimista , preocupações excessivas, pensamentos suicidas, sensação de estar constantemente sendo perseguido,sentir-se inadequado  às situações, etc.;
  • Dificuldades comportamentais: timidez, fobias, dificuldades de falar em público e abuso de substâncias são exemplos de comportamentos que se enquadram nesta categoria.

É necessário frisar que, assim como qualquer outra ciência, existe uma diversidade de linhas teóricas dentro da psicologia, e o terapeuta escolhe aquela que mais adequada ao seu trabalho profissional ou à sua afiliação teórica. A seguir, conheceremos mais sobre essas possíveis linhas.

Terapia humanista

Aqui, a principal premissa é que a aceitação do profissional vai auxiliar muito o processo de autoaceitação do paciente: é somente depois que o indivíduo se aceita que ele pode verdadeiramente mudar e resolver suas questões, uma vez que a autocrítica, apesar de necessária, afeta de forma significativa a saúde mental.

Terapia mindfulness

Derivada de técnicas de meditação budistas, consiste em utilizar tais técnicas para atingir determinados objetivos, todos cientificamente comprovados, como redução de estresse, da dor e da ansiedade. Esse processo terapêutico também pode ser um coadjuvante e aliado no tratamento da depressão.

Psicoterapia corporal

Nessa modalidade de psicoterapia, a principal premissa é que somente conversar sobre os problemas não é suficiente. Assim, existem outras técnicas utilizadas durante as seções relacionadas a modificações no corpo, incluindo mudanças no equilíbrio, controle da respiração, posturas corporais inusuais e relaxamento.

Psicanálise

Bastante conhecida, a abordagem psicanalítica demanda que o paciente fale tudo o que vier à mente, mesmo que não faça sentido ou pareça ingênuo – a partir daí, o especialista realiza associações fundamentadas. O papel do terapeuta é ajudar o paciente a se abrir, interpretando tudo o que foi dito, fazendo com que o processo de análise culmine no autoconhecimento e uma repetição mais consciente de padrões de pensamentos e comportamentos.

Análise junguiana

Também famoso e baseado no inconsciente, para a análise e compreensão do ser humano, são utilizadas técnicas que exploram o universo simbólico, enfatizando o trabalho com os sonhos e as técnicas expressivas. Estabelece-se assim um diálogo entre o consciente e o inconsciente, possibilitando a transformação e a ampliação do olhar em relação a si mesmo e ao mundo.

Terapia comportamental

Aqui, o principal objetivo é a alteração de comportamentos, entendido não só como ações, mas também como emoções, falas e pensamentos. Vale frisar que trata-se de um método diretivo, pois o profissional sinaliza o que pode ser feito para que a modificação de comportamentos ocorra.

Terapia cognitivo-comportamental

Aqui, a principal premissa é que a forma de interpretar o mundo é aquilo que nos faz adoecer. Assim, se temos uma visão do mundo pautada na ansiedade, os sintomas da mesma serão manifestos na nossa vida. Dessa forma, o objetivo é fazer com que o indivíduo tenha outra cognição, ou seja, que passe a ter uma visão de mundo diferente. Trata-se também de um método diretivo.

Psicoterapia para uma vida melhor

Independente do método escolhido, a psicoterapia é fundamental para que todos nós possamos levar uma vida melhor. Isso porque ela propicia o autoconhecimento, e com ele podemos crescer e amadurecer, criando maior intimidade com nosso eu, derrubando barreiras emocionais e, finalmente, reconhecendo nossos potenciais e limitações.

Toda essa abordagem, enfim, faz com que saibamos lidar com nossas frustrações, tornando a vida e nós mesmos mais leves.

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26 de novembro de 2017 Todos

É preciso ter em mente que determinadas pessoas não são hiperativas por falta de educação ou descontrole, mas sim por uma questão neurológica: existe um subdesenvolvimento em determinadas regiões do cérebro. Isso provoca uma má comunicação, culminando na hiperatividade.

Mas afinal, como saber a diferença entre a patologia e uma agitação convencional? Quais os principais sintomas de um indivíduo hiperativo?É isso que você irá descobrir na sequência. Decifrar determinados sinais para então buscar ajuda psiquiátrica especializada é o primeiro passo importante. Acompanhe a leitura!

Sintomas do hiperativo

1. Impulsividade, que o leva a situações de risco constantemente, levando o indivíduo a subir em locais proibidos ou pular de locais muitos altos em relação à sua estatura, por exemplo;

2. Sono de pouca qualidade, já que um dos sinais mais evidentes do transtorno é o movimento constante mesmo quando se está em repouso, ou seja, o afetado se movimenta demais mesmo durante o sono;

3. Dificuldade em terminar tarefas, pois mesmo que determinado projeto seja iniciado, ele será abandonado antes de ser finalizado para que a pessoa possa trabalhar em outro projeto, que muito provavelmente também não será concluído;

4. Tiques nervosos, como descruzar e cruzar as pernas com frequência considerada acima da média ou bater constantemente a ponta do pé no chão quando está sentado;

5. Falta de filtro social, ou seja, dizer tudo o que vem à cabeça, mesmo que seja inconveniente diante das pessoas envolvidas no contexto em questão. A ação pode vir ou não somada à interrupção constante da fala de terceiros e mudança de tópico da conversa mesmo que ela não tenha terminado;

6. Inquietude, fazendo com que a realização de atividades simples, como sentar para fazer uma pintura, seja praticamente impossível;

7. Possuir inteligência geralmente acima da média mas ter resultados escolares que não a refletem, uma vez que o indivíduo não consegue manter o foco durante o processo de aprendizagem e na realização de atividades escolares;

8. Maior tendência a se concentrar quando a atividade que deve ser realizada tem caráter estimulante;

9. Ansiedade, que é expressa principalmente pela necessidade constante de busca por novidades e aventuras para que não se fique entediado;

10. Criatividade acima da média, que é demonstrada em brincadeiras durante a infância e no trabalho (no caso de hiperativos adultos);

11. Facilidade em se distrair, mesmo com as coisas mais sem importância;

12. Mudanças repentinas no nível de disposição ou no humor.

Por fim, é importante ressaltar que esses sintomas podem ocorrer de forma isolada (ou seja, através da manifestação de somente um deles) ou de forma geral, por meio da combinação de sintomas.

No caso de crianças, pais e professores devem estar atentos aos períodos e situações em que os sintomas tendem a ser mais intensos, notadamente quando as tarefas a serem realizadas são mais complexas, durante a tarde e a noite e quando o ambiente em que o hiperativo se encontra exige um comportamento mais polido e controlado, como restaurantes, festas de aniversário, igreja, dentre diversos outros.

Deve-se tomar cuidado para se certificar de que o nível de atividade da criança, adolescente ou adulto ultrapassa a atividade motora normal elevada para indivíduos da sua faixa etária. Como os índices de identificação e estatísticas de sintomas de TDAH variam de um grupo cultural para outro, a interpretação de seus comportamentos também deve ser considerada usando-se uma abordagem de competência cultural. Outras informações complementares, incluindo escalas de pontuação por pais e professores, entrevistas com professores e /ou observação em sala de aula, podem ajudar a esboçar um quadro mais abrangente dos sintomas em diversos contextos, no caso de crianças e adolescentes. Além disso, deve-se esclarecer se as dificuldades na escola não são decorrentes apenas de TDAH, porque esses sintomas podem mascarar transtornos específicos da aprendizagem ou outro prejuízo neurocognitivo. Uma triagem completa para detecção de outras condições psiquiátricas que são frequentemente comórbidas com TDAH seria útil, incluindo uma avaliação de sintomas de humor e de ansiedade e avaliação de comportamento disruptivo ou de oposição.

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26 de novembro de 2017 Todos

A adolescência é o período mais propenso ao surgimento e desenvolvimento da anorexia. A maior frequência é em meninas, mas há um número crescente de meninos que vem apresentando os sintomas do transtorno.

A anorexia e a bulimia são doenças causadas pelo desejo incontrolável de obter um “corpo perfeito”. Mas diferente da anorexia, o paciente com bulimia tem compulsão em comer exageradamente e em seguida procura uma forma de eliminar o que ingeriu o mais rápido possível.

Como surge a anorexia?

Nem sempre é possível identificar a anorexia, já que seus sintomas são silenciosos e podem ser associados a hábitos e outras doenças. Só quando as complicações clínicas e o baixo peso corporal se tornam graves, é possível identificar com mais clareza, porém, normalmente nesses casos, a pessoa já esta com a doença em estágio avançado.

Raramente o próprio paciente identifica o que está acontecendo e procura ajuda médica. Em geral isso ocorre com pessoas próximas, que observam os sintomas e procuram informações sobre elas. Como são todos os transtornos psíquicos, é preciso que o paciente tenha consciência do seu problema e esteja disposto a seguir com o tratamento indicado para que ele surta efeito.

O transtorno mental da anorexia tem como motivador a busca pelo corpo e peso perfeitos ou o medo de ganhar peso. Mas na verdade, sua causa tem origem em outras questões psíquicas como a tentativa do paciente em controlar suas próprias emoções e a própria vida, atribuindo a perda de peso como um suposto caminho para a felicidade. As pessoas com anorexia podem apresentar também sintomas de isolamento, perfeccionismo e excessivo controle sobre tudo em que estão envolvidas.

Há ainda traumas familiares e infantis, abuso sexual, profissão que exige um corpo perfeito, a influência da ditadura da moda e a pressão de amigos para se manter magro. A genética e funções hormonais irregulares também podem ser causas biológicas da doença.

A partir desse perfil inicial, é preciso observar se há uma preocupação excessiva com os alimentos, como busca desenfreada de informações sobre a sua composição, refeições irregulares e cada vez mais espaçadas e dietas radicais contínuas.

Sintomas recorrentes

Como consequência, a pessoa começa a apresentar sintomas físicos como: perda de peso muito maior do que o comum em dietas saudáveis, fadiga, prisão de ventre, amenorreia, desmaios e tonturas, cabelos e unhas quebradiços, pele ressecada, sensação contínua de frio, irregularidade cardíaca e do ciclo menstrual, desidratação, osteoporose, pressão baixa, entre outros.

Já nos sintomas psicológicos estão negação da fome, fixação em cozinhar, dificuldade de concentração, acreditar que o peso ideal é sempre abaixo do saudável, início de um processo de isolamento social, podendo se afastar de amigos e até mesmo dos estudos. Ocorre também de quando a pessoa se alimenta, o faz realizando rituais lentos e metódicos para que sejam ingeridas cada vez menos quantidades de comida, pode realizar exercícios em demasia, controle exagerado das emoções, uso de roupas mais largas e autoimagem depreciativa.

Tratamento para a anorexia

O paciente com anorexia nervosa aguda é facilmente identificado pela sua aparência esquelética. A doença pode trazer como efeitos o abandono dos estudos, trabalhos, amigos e relacionamentos amorosos, pela inabilidade em se sentir aceito, o que ajuda no isolamento e, em casos gravíssimos, a depressão e o suicídio. Como efeitos físicos, pessoas com anorexia podem perder a fertilidade, ter danos cerebrais e ataques cardíacos.

É muito importante observar todos os sintomas já relacionados para que seja feito um tratamento adequado, o mais rápido possível. Quando o tratamento é iniciado, é preciso dedicação para que ele surta efeito, podendo durar até mesmo anos.

O tratamento é multidisciplinar, onde será necessária uma terapia ministrada por um psiquiatra ou psicólogo, um nutricionista e outro especialista caso haja algum dano em determinadas partes do organismo.

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26 de novembro de 2017 Todos

Conhecida popularmente por meio da sigla TAG, o transtorno da ansiedade generalizada é um transtorno psiquiátrico caracterizado por uma preocupação excessiva ou expectativa apreensiva constante na vida de um indivíduo, que perdura por um período igual ou superior a seis meses e é acompanhada de outros sintomas, como tensão muscular, inquietação, fadiga, irritabilidade e dificuldade de concentração.

Vale ressaltar que trata-se de um transtorno que pode atingir toda e qualquer pessoa em qualquer faixa etária. O problema possui, no entanto, uma incidência maior na vida adulta entre pessoas do gênero feminino.

Quais são as causas da ansiedade generalizada?

Assim como um grande número de doenças mentais, não existem causas conhecidas que desencadeiam o transtorno da ansiedade geral. Acredita-se, porém, que a TAG esteja relacionada à química dos neurotransmissores no cérebro, a exemplo da serotonina e da noradrenalina.

Além disso, também existe a hipótese de que a doença esteja relacionada a fatores internos (questões genéticas) e externos, tais como nível de estresse e qualidade de vida do indivíduo.

É importante ressaltar, ainda, que doenças concomitantes é que levam a uma preocupação constante com o futuro, e o abuso de substâncias lícitas, como o álcool e a nicotina, e ilícitas, como a cocaína, também podem desencadear o TAG.

Sintomas

Somados aos que foram mencionados no começo do artigo (tensão muscular, inquietação, etc), alterações na rotina de sono, com dificuldade em dormir, falta de ar, aumento da pressão arterial, alterações de hábitos intestinais, dores de cabeça , palpitações também estão entre os sintomas mais comuns e, sobretudo, uma expectativa apreensiva sobre várias questões e situações da vida.

Diagnóstico e tratamento do transtorno

Para a obtenção do diagnóstico, é necessário que haja uma avaliação criteriosa do paciente, que deve considerar não somente os sintomas como também o histórico de vida do mesmo. Com a análise minuciosa, é possível assegurar que o TAG não seja confundido com outros distúrbios, como a síndrome do pânico, por exemplo.

Durante a fase do diagnóstico, o profissional fará perguntas como “qual a quantidade de estresse que encara em seu dia a dia profissional?”, “com que frequência você se sente ansioso?”, “estas preocupações envolvem várias questões e área da sua vida?”, dentre diversos outros questionamentos importantes e estratégicos para a avaliação. Por esse motivo, não se deve estranhar as questões, mas sim encará-las como uma ferramenta de diagnóstico extremamente útil para a detecção do problema.

Após o diagnóstico, o especialista definirá o tratamento adequado, que geralmente inclui a terapia comportamental cognitiva e o uso de remédios de caráter ansiolítico ou antidepressivo. Depois de cessados os sintomas do transtorno da ansiedade generalizada, o tratamento costuma ser mantido durante cerca de seis a doze meses, sendo que o abandono dos medicamentos é feito de forma gradativa e coerente com as necessidades e particularidades de cada paciente.

Por fim, deve-se ter em mente que realizar o tratamento psiquiátrico adequado é fundamental: caso contrário, pode ocorrer uma série de complicações, que incluem problemas digestivos ou intestinais, bruxismo (desgaste dos dentes pelo rangimento), problemas para dormir, abuso de substâncias que podem levar ao vício e mesmo quadros sérios de depressão.

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19 de outubro de 2017 Todos

Sentir medo é natural até certo ponto. O medo é um sinal de alerta sobre situações e lugares que oferecem riscos à vida. No entanto, para algumas pessoas o medo é um problema. São pessoas que sentem um medo fora do comum, até mesmo quando o risco é improvável. Esse tipo de reação é típico em casos de agorafobia. A agorafobia é um distúrbio de ansiedade, relacionado ao transtorno de pânico.

Na maioria dos casos, o distúrbio da agorafobia surge após duas ou três crises de pânico. A partir daí, a pessoa passa a evitar os locais e as situações que possam desencadear crises de pânico, principalmente quando imagina a dificuldade para solicitar ajuda, em caso de emergência, em ambientes desprovidos de equipamentos de segurança e comunicação.

Quem sofre esse distúrbio tem medo de sentir medo, ou seja, a pessoa sente medo por visualizar uma situação na qual não conseguirá receber ajuda, o mais rápido possível. O medo de estar em um local de onde não conseguirá sair.

Ainda que seja pouco provável que algum incidente possa acontecer, a pessoa tem tanta certeza de que vai acontecer que faz o possível para evitar o local ou a situação. Pode ser o uso do elevador, passar por túneis, pontes, estar em ambientes lotados e fechados, viajar de ônibus ou avião.

O medo de enfrentar essas situações faz com que a pessoa acabe se isolando, deixando de conviver socialmente e até de cumprir os próprios compromissos, por ter certeza de que algo ruim acontecerá.

Os sintomas mais comuns da agorafobia são:

  • Medo de ficar só em casa;
  • Medo de ficar em meio à multidão;
  • Medo de ficar em filas à espera de atendimento;
  • Medo de permanecer em ambientes abertos ou fechados, de uso coletivo;
  • Medo de utilizar o transporte público.

Fatores de risco da agorafobia

  • Transtorno de pânico;
  • Transtorno de ansiedade;
  • Transtorno de personalidade;
  • Depressão;
  • Traumas psicológicos e emocionais;
  • Vivência de situações traumáticas (abuso, violência, acidente grave, morte de algum ente muito querido);
  • Pré-disposição genética (casos na família, com parentesco de primeiro grau).

Como tratar a agorafobia

O tratamento da agorafobia envolve psicoterapia para que o paciente consiga a compreender e enfrentar seus medos. Dependendo da gravidade e de outros problemas relacionados ao distúrbio, o médico pode prescrever algum tipo de medicação como antidepressivos, ansiolíticos e outros usados pela medicina alternativa. Terapias alternativas e grupos de apoio também podem ajudar a superar os distúrbios da ansiedade.

A ajuda profissional é extremamente importante para quem apresenta sintomas do transtorno da ansiedade e do pânico. Quanto antes, melhor. É importante não deixar o problema evoluir por sentir vergonha de buscar o apoio médico e psicológico. A agorafobia não controlada levará ao isolamento social e a vários outros prejuízos na vida profissional. Portanto, preste atenção aos sinais que mostram que seus medos estão fora do normal.

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19 de outubro de 2017 Todos

A busca pelo padrão adequado de beleza é comumente vista como causa número um da bulimia. De fato, a preocupação exagerada com o suposto corpo perfeito acentua o desenvolvimento da doença, considerada uma síndrome originária de fatores psicológicos, genéticos, biológicos e culturais.

A ênfase pelo corpo perfeito é recorrente, já que a bulimia tem como seu principal alvo as mulheres jovens. Mas ela também pode surgir como consequência de outros problemas psicológicos, como baixa autoestima, conflitos de identidade, problemas familiares e até depressão.

Como surge a bulimia

A bulimia é uma doença silenciosa, que demora até apresentar visivelmente os sintomas. A principal ação a ser notada é quando a pessoa começa a comer de forma exagerada, alimentos de todos os tipos, inclusive os calóricos, em curto espaço de tempo. Ainda assim, não há aumento do peso corporal como deveria ocorrer.

Como esse tipo de atitude também pode caracterizar compulsão alimentar ou ansiedade, é preciso observar sua frequência mínima de duas vezes por dia. Mas a verdadeira diferença entre essas doenças é que a pessoa logo após comer exageradamente, utiliza de métodos para compensar os alimentos ingeridos

A indução é feita por movimentos autoinduzidos ou inserindo o dedo na garganta, ainda com o alimento no estômago. Há ainda o uso constante de laxantes e diuréticos como complementação para eliminar o mais rápido possível a comida ingerida e que não foi possível sair no vômito.

A bulimia também pode ser consequência de dietas muito radicais e que levam o paciente a ansiedade e depressão. As dietas radicais costumam ser seguidas de perda de controle na alimentação, gerando comportamentos compulsivos e a necessidade de comer escondido de outras pessoas para não se envergonhar.

Consequências e tratamento da bulimia

Até que a bulimia seja identificada e tratada, ela pode causar outros danos físicos e mentais como inflamação de garganta, cáries dentárias, vômitos com sangue da garganta ou das vias digestivas, desidratação, câimbras, dores musculares, inflamação nas glândulas salivares, problemas no ciclo menstrual, esofagite, aumento nas tentativas de suicídio entre outros.

Mesmo muito abaixo do peso, o paciente não consegue aceitar seu próprio corpo, tendo uma imagem distorcida de si mesmo. Suas referências de corpo perfeito começam a ser alteradas conforme o desenvolvimento da doença, passando da magreza saudável para perfis doentios. Se a bulimia não for tratada adequadamente, o paciente pode adquirir outros problemas psicológicos e psiquiátricos, como a depressão.

O principal tratamento da bulimia é terapêutico. Em grupos, individuais e familiares,  o profissional identificará quais os melhores caminhos para ajudar o paciente. O psiquiatra poderá administrar antidepressivos em casos mais graves e um nutricionista pode criar uma dieta nutricional que faça o paciente recuperar a saúde física.

Raramente o paciente com bulimia precisa ser internado, apenas em casos muito graves e que tenha gerado consequências fora do controle. Como é o caso de depressivos e anemias profundas.

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19 de outubro de 2017 Todos

A cada dia mais pessoas procuram tratamentos estéticos, buscam manter o corpo em forma para uma vida mais saudável e visitam médicos regularmente para manter a saúde em dia. Nunca a sociedade cultuou e cuidou tanto do corpo – todo dia um procedimento estético, um treino ou um novo medicamento surgem para atender essa demanda. Os estudos não param, e ganham páginas de revistas, sites e blogs.

Porém, acabamos descuidando quando o assunto envolve nossa saúde mental. Muitas vezes, por não entendermos do assunto, pensamos que problemas como ansiedade, tristeza ou desânimo são passageiros. Que logo vão passar e que não é necessário buscar ajuda. Enquanto nos preocupamos muito com o corpo, que nunca esteve tão exposto e em evidência, tratamos doenças sérias, como o Transtorno de Ansiedade, como uma fragilidade do indivíduo.

Foi apenas recentemente que os transtornos de ordem psicológica começaram a ganhar maior espaço no debate. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 33% da população mundial sofre de algum transtorno psiquiátrico, entre eles o de ansiedade. Atualmente estes transtornos são alguns dos maiores responsáveis pelo afastamento de trabalhadores dos seus postos de trabalho.

Mas afinal, o que é o Transtorno de Ansiedade?

A resposta não é simples, assim como a identificação do problema e sua origem. Para entender um pouco é necessário explicar que a ansiedade é uma reação normal a algo que causa expectativa ou medo. É aquela sensação que aparece antes de uma reunião importante ou de uma viagem, e que normalmente não sai da sua cabeça, mas também não atrapalha suas atividades diárias.

O Transtorno de Ansiedade é uma extensão disso. Funciona como um gatilho para que todas as preocupações acabem tomando conta das ações da pessoa, atrapalhando no trabalho, nos relacionamentos e em outros aspectos da vida.

Diferente da ansiedade comum, que é uma reação normal aos estímulos externos, o transtorno segue por um longo período e inicia ao sinal de qualquer mudança. Quem sofre deste transtorno possui uma grande preocupação com o futuro, pensando em questões que vão acontecer ou imaginando cenários que podem ser apenas frutos de suas preocupações, causando grandes desgastes psíquicos.

Sintomas e causas

Os principais sintomas que acompanham o Transtorno de Ansiedade são: dificuldade para dormir, fadiga corporal e psíquica, preocupação excessiva, dificuldade ou falta de concentração, mudanças repentinas de humor, tensão muscular, falta de ar, medo, excesso de transpiração e refluxo gastrointestinal.

O surgimento dos sintomas citados deve sempre ser avaliado e diagnosticado por um profissional especializado na área. O Psiquiatra, através do seu diagnóstico, é capaz de indicar tratamentos adequados, envolvendo ou não o uso de remédios. Cuidar da saúde mental é tão importante quanto os cuidados com a saúde do corpo. É importante estar atento aos sintomas e buscar os profissionais para o atendimento.

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19 de outubro de 2017 Todos

Desde quando a Aids se tornou mais amplamente conhecida, na década de 80, até os dias atuais, houve uma grande evolução quanto ao tratamento da doença. O Brasil deu um importante passo neste caminho quando, no fim dos anos 90, conseguiu democratizar o acesso aos medicamentos antirretrovirais, ampliando, dessa forma, a expectativa de vida das pessoas que vivem com o vírus HIV (vírus da imunodeficiência humana).

Hoje, com medicação, alimentação adequada e apoio psicológico, o diagnóstico da Aids deixou de ser uma “sentença de morte imediata”. É uma doença crônica. Tudo que a pessoa que vive com o HIV precisa é ter acesso à assistência médica, psicológica e social, conforme suas necessidades e no momento certo. O indivíduo com Aids tem que receber assistência integral, muito além do “coquetel” antirretroviral.

Consequências do vírus HIV sobre o cérebro

Embora a terapia antirretroviral seja um tratamento muito eficiente, o portador do vírus está sujeito a outros problemas de saúde, como os transtornos relacionados à Aids. Alterações neurológicas, por exemplo, podem ocorrer por ação direta do vírus no sistema nervoso central ou em decorrência de outros fatores como doenças oportunistas, entre as quais a neurotoxoplasmose, meningite tuberculosa e neurocriptococose, que atingem o cérebro. Estas patologias causam danos psiquiátricos, cognitivos e motores.

Por estar localizado ao lado do sistema linfoide, o sistema nervoso central tem grande chance de ser atingido pelo vírus HIV. Diversas pesquisas já confirmaram a presença do vírus em tecidos do cérebro e no líquido cefalorraquidiano. O vírus HIV, além abrir as portas do organismo para infecções oportunistas, também destrói células do cérebro e bloqueia o desenvolvimento de novas células-tronco que se transformariam em neurônios.

Ou seja, além de provocar graves lesões no cérebro, o vírus impede a neurogênese, que é o nascimento das células-tronco. Os sintomas desse processo são as alterações do sono, confusão mental, perda de memória, dificuldade para raciocinar e perda da capacidade motora. A ação do HIV no cérebro pode desencadear transtornos ou acentuar transtornos de personalidade, bipolaridade, mania e esquizofrenia.

Fatores de risco das alterações neurológicas

  • Infecções oportunistas no sistema nervoso central
  • Alterações neurológicas causadas pelo vírus
  • Distúrbios psiquiátricos preexistentes
  • Uso de álcool e drogas psicoativas
  • Estigma social, que leva ao isolamento

Depressão: Um dos poderosos transtornos relacionados à Aids

De todos os transtornos psiquiátricos, a depressão é o problema que é mais prevalente em indivíduos com Aids. A ação do vírus HIV, doenças oportunistas e o estigma social podem desencadear a depressão. E o indivíduo com depressão corre o risco de abandonar o tratamento e até cometer suicídio. Outros transtornos neurológicos também prejudicam a terapia antirretroviral, seja pela falta de adesão ao tratamento ou pelos efeitos causados por interações dos medicamentos.

Como consequência, o vírus acaba se multiplicando ainda mais no cérebro, causando danos à vezes irreversíveis. Estudos mostram que não fazer uso da medicação antirretroviral para conter a carga viral pode resultar em demência, que é um dos transtornos cognitivos mais graves. Portanto, é fundamental que a Aids seja detectada precocemente e que o portador do vírus receba o apoio necessário para iniciar o tratamento e não abandoná-lo no meio do caminho.

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19 de outubro de 2017 Todos

A adolescência é um período difícil para todos; repleto de descobertas, mudanças e medos. Naturalmente, é comum que adolescentes se sintam um pouco perdidos, ou que tenham comportamentos próprios dessa idade. Entretanto, é importante ficar atento para quando as atitudes do jovem indicam um problema maior. Nesses casos, pode ser necessária uma visita a um profissional especializado em adolescentes.

O profissional é o único capaz de realizar um diagnóstico, visto que muitas condutas podem ser confundidas com uma doença, mas são apenas momentos de experimentação. O adolescente normal é impulsivo, confuso e, muitas vezes, rebelde. Ainda assim, se há dúvidas sobre seu estado mental, é bom ficar atento.

Confira quais são os transtornos psiquiátricos mais comuns nessa fase e analise os sintomas:

Depressão

Cada vez mais frequente em todas as idades, a depressão acomete milhares de adolescentes no mundo todo. Ela está dentro do “guarda-chuva” dos transtornos de humor. Hoje em dia, já tem sido muito mais amplamente discutida, felizmente, e essa discussão pode uma grande coibição de comportamentos suicidas.

As condições sociais que o adolescente enfrenta (como pressão em todos os âmbitos da vida) e suas próprias condições pessoais colaboram para o surgimento da depressão. Ela costuma se manifestar através de longos períodos de humores tristes e/ou irritadiços, alterações no sono, perda de prazer e interesse nas atividades e abuso de drogas (lícitas ou não). O tratamento é feito com antidepressivos e/ou psicoterapia.

Ansiedade

Há uma série de possíveis transtornos de ansiedade. Adolescentes são muito propensos ao transtorno de ansiedade generalizada e à síndrome do pânico, por exemplo. No primeiro caso, os sintomas incluem preocupação e medo constantes (muitas vezes irracionais), dificuldade de concentração, irritabilidade, fadiga extrema e, recorrentemente, associação com sintomas de outras doenças, principalmente as depressivas.

Já a síndrome do pânico é caracterizada por pavor frequente, com episódios de ataques que incluem palpitações, tremores, tonturas, desequilíbrio e taquicardia, entre outros. Transtornos de ansiedade podem ser tratados de diversas maneiras, incluindo a psicoterapia e o uso de medicamentos ansiolíticos, mas é apenas o psiquiatra quem pode determinar o melhor tratamento a ser escolhido.

Transtornos alimentares

Anorexia e bulimia são os transtornos alimentares mais comuns, mas há ainda outros, como a compulsão alimentar. Eles são evidenciados pela relação de culpa da pessoa com a comida e por problemas em relação à própria imagem. O indivíduo com este problema tem atitudes exageradas por medo de engordar, prejudica a própria saúde e muitas vezes só percebe o nível do distúrbio após intervenção familiar. O tratamento pode envolver psicoterapia, acompanhamento nutricional e o uso de medicamentos antidepressivos.

Bipolaridade, esquizofrenia e outros transtornos de humor, de conduta e psicóticos também podem se manifestar nessa fase da vida. Caso a pessoa tenha uma predisposição genética, ou viva em situações que favorecem o surgimento dessas doenças, a adolescência é o momento mais provável de surgimento dos sintomas. Procure um psiquiatra de adolescentes para o diagnóstico e tratamento apropriados.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo.




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