A primeira coisa que devemos ter em mente é que o TDAH é muito diferente do famoso DDA. Enquanto essa última sigla se refere ao Distúrbio do Déficit de Atenção, a segunda se refere ao Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade.
Isso significa que se trata de uma combinação de sintomas dos dois déficits: especificamente, estamos falando da inquietude motora caracterizada pela hiperatividade e pela desatenção.
Para se ter uma ideia, a Associação Brasileira de DDA estima que o transtorno em questão tem prevalência entre 3% a 5% de toda a população infantil, sendo que em adultos sua prevalência é de aproximadamente 4%.
Outro fator que merece destaque é que sua prevalência é maior entre crianças e adultos do gênero masculino quando comparado ao gênero feminino – a proporção gira em torno de 2:1.
Além da severidade dos sintomas, que podem ir de leves a graves, existem variações do tipo de distúrbio, que pode ser predominante desatento, predominante impulsivo ou um combinado entre as duas formas.
Causas do TDAH
Assim como grande parte dos transtornos mentais, não existe uma classificação precisa sobre as possíveis causas do transtorno. No entanto, um consenso especializado é que ele provavelmente tem causas relativas tanto a fatores genéticos (internos), tais como disfunções em determinadas partes do cérebro; quanto ambientais (externos), a exemplo do tabagismo durante a gravidez.
E quanto aos sintomas?
Aqui reside a grande complexidade do transtorno, pois é necessário que a pessoa apresente seis, sete ou mais sintomas característicos da impulsividade ou da desatenção.
Dentre os sintomas do primeiro grupo (impulsividade), temos como exemplo falar demais e não conseguir aguardar sua vez de falar; ser incapaz de realizar atividades calmas, incluindo as de lazer; correr ou subir em objetos quando este não é um comportamento esperado; se mexer de forma constante enquanto está sentado e não conseguir ficar parado por muito tempo.
Já no segundo grupo (desatenção), os sintomas mais característicos incluem não prestar atenção aos detalhes, não responder quando a palavra lhe é dirigida, ter dificuldades para organizar tarefas, perder objetos de forma constante e não seguir instruções.
Diagnóstico e tratamento da TDAH
Em geral, para a realização do diagnóstico não é necessário fazer nenhum tipo de exame de imagem do cérebro da criança ou adulto, pois com procedimentos padrões é possível chegar à definição da patologia. No entanto, vale ressaltar que as consultas durarão um pouco mais que o normal, pois o especialista tem que fazer uma investigação profunda não somente do paciente, mas também do histórico da família, que pode dizer muito sobre o tipo de distúrbio manifestado.
Depois do diagnóstico adequado, deve-se partir para o tratamento do transtorno, que é sempre realizado de forma multidisciplinar, ou seja, profissionais de várias especialidades devem atuar no tratamento, incluindo fonoaudiólogos, psicopedagogo, terapeuta ocupacional, psicólogo e psicomotricista, dentre outros.
Uma das formas mais eficazes de realizar o tratamento do TDAH é através da psicoterapia, mas em alguns casos pode ser recomendado o uso de medicação.
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