O estresse pós-traumático é um distúrbio de ansiedade caracterizado pela junção entre sintomas físicos e emocionais.
O transtorno ocorre após o paciente ter vivido ou testemunhado situações traumáticas – como atos violentos, acidentes ou demais situações que possam ter representado perigo de vida a ele ou a um terceiro.
Quando tem uma crise, o indivíduo lembra-se da ocasião e a vive novamente, sentindo toda a sensação de sofrimento e dor como se fosse a primeira vez. A recordação, que se chama ‘revivescência’, pode desencadear uma série de alterações mentais, fisiológicas e neurológicas no organismo do indivíduo.
Possíveis situações que desencadeiam estresse pós-traumático
O estresse pós-traumático pode ser causado por diversas situações que ameacem a vida, liberdade ou condição social do paciente. São algumas delas:
- Situações psíquicas: como humilhações e assédios;
- Situações físicas: como episódios de violência;
- Situações sociais;
- Situações espirituais.
O bullying infantil, situações de assaltos, violência doméstica e contra a mulher são ainda exemplos de fatores de risco, que tornam o indivíduo mais vulnerável a viver o transtorno pós-traumático.
Quais são os sintomas do estresse pós-traumático?
O estresse pós-traumático conta com sintomas diversos que podem se enquadrar em determinadas categorias. São elas:
- Distanciamento emocional: quando o indivíduo demonstra menos afeto e interesse por pessoas ou atividades que antes o faziam se sentir bem;
- Reexperiência do trauma: quando o indivíduo possui lembranças ou pesadelos (recorrentes, espontâneos e involuntários) sobre a situação traumática;
- Esquiva e/ou fuga: afastamento de estímulos que possam fazer com que ele se lembre do trauma, tais como pessoas ou atividades;
- Hiperexcitabilidade psíquica: a categoria pode ser representada por diversos estados, como distúrbios do sono, episódios de medo (caracterizados por transpiração excessiva, taquicardia, medo de perder a vida, calor excessivo), dificuldade em se concentrar, estado de vigia, irritabilidade e outros;
- Sentimentos negativos: especialmente ligados a incapacidade de se auto proteger em situações de perigo e sensação constante de estar sozinho.
O primeiro sinal de ‘alerta’ diz respeito à identificação do agente estressor, ou seja, situação traumática pelo qual o indivíduo possa ter passado. Se após vivenciá-lo, os sintomas começaram a aparecer, este pode ser um grande sinal de que ele vive um transtorno do estresse pós-traumático.
Há tratamento para o estresse pós-traumático?
Sim. O tratamento é realizado com o objetivo de evitar complicações, diminuir os conjuntos de sintomas e, é claro, melhorar a forma como o indivíduo se relaciona com o mundo externo (como no trabalho, com os amigos, familiares e assim por diante).
O principal tratamento para o estresse pós-traumático é a psicoterapia. Ele é realizado por, em média, 6 a 12 meses, sendo possivelmente complementado pelo uso de medicamentos antidepressivos ou ansiolíticos.
Agora você já conhece mais sobre o estresse pós-traumático, assim como seus sintomas, causas e tratamento. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo.