Ao contrário do que muitos pensam, a dependência química é, sim, um transtorno psiquiátrico e deve ser tratada como tal. Essa dependência afeta a região do cérebro chamada córtex orbitofrontal, responsável pelo nosso comportamento. De acordo com a Classificação Internacional de Doenças, a CID, algumas das substâncias conhecidas por causar dependência são: maconha, cocaína, tabaco, álcool, crack, alucinógenos, inalantes e alguns fármacos (tarja preta), entre outros. Os sintomas mais comuns são: compulsão, uso descontrolado da substância, vontade de mais doses e a tolerânciaa ao aumento do consumo, além dos sintomas da falta dela. a abstinência.
Principais tratamentos para a dependência química
A verdade é que não falamos de cura para a dependência química. O tratamento é algo contínuo. Buscar uma assistência multidisciplinar com psiquiatras, psicólogos e outros profissionais, grupos sociais que estimulem outras possibilidades de escolhas que não só drogas, são indispensáveis no trato desse problema.
O psiquiatra é um profissional capacitado para tratar e diagnosticar doenças mentais, e sugerir o tratamento mais adequado, de acordo com cada caso. Na maior parte das vezes, a dependência pode desencadear outros transtornos mentais. Isso se dá pela grande desestabilidade bioquímica do cérebro, que faz com que as conexões cerebrais fiquem mais confusas, aumentando a predisposição para outras doenças mentais.
Entre os tipos de tratamentos (que muitas vezes são feitos em conjunto), vamos falar de:
Terapia
Seja com um psicólogo, psiquiatra ou qualquer outro profissional habilitado, esta técnica visa tratar a dependência química através da compreensão cognitiva e psicodinâmica deste problema, pelo confrontamento e reavaliação de gatilhos e atitudes deste comportamento. Tais técnicas favorecem a motivação pelo tratamento como um todo e retomada de outras possibilidades e escolhas na vida de um sujeito. O envolvimento da família é fundamental e a sua participação é de extrema importância para os resultados.
Internação
A internação hospitalar é importante em alguns casos de dependência química. Esta intervenção proporciona o tratamento intensivo numa fase de desintoxicação, que pode ser muito severa de acordo com o caso. O tratamento do paciente internado consiste na desintoxicação intensiva, reabilitação individualizada e conscientização sobre a doença por meio de grupos, dinâmicas e terapias. A medicação é introduzida, pois ajuda a controlar os desejos e impulsos que levam a recaídas. Além disso, o uso de medicamentos também auxilia na diminuição dos sintomas da abstinência e fissura por uma substânc
Tratamento ambulatorial
Ao contrário da internação, neste caso o paciente permanece dentro da suas atividades cotidianas, porém fazendo o uso dos medicamentos e o acompanhamento frequente da equipe multidisciplinar.
A busca por esses tratamentos deve proporcionar um bem-estar físico e emocional ao dependente químico. Eles auxiliam de forma eficiente na recuperação da função humana, melhorando as ações motoras e mentais de quem está em sofrimento.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo.