Você já deve ter ouvido falar sobre hiperatividade, certo? Como o próprio nome sugere, hiperatividade é sinônimo de um aumento anormal da atividade e movimento. Trata-se de um estado de energia excessiva de ordem motora ou mental. Enquanto a hiperatividade motora consiste na agitação física e muscular, a mental é caracterizada pelo intenso fluxo de pensamentos.
Em muitos casos, a hiperatividade vem acompanhada de outros traços, como por exemplo, a dificuldade de concentração. Indivíduos hiperativos tendem a ser desatentos e podem apresentar problemas com o baixo rendimento escolar ou desorganização no trabalho.
A hiperatividade pode ser tratada! Confira a seguir informações importantes sobre o diagnóstico e tratamento dessa condição!
Causas da hiperatividade
Antes de nos aprofundarmos na discussão acerca dos métodos diagnósticos e protocolos de tratamento da hiperatividade, é importante conhecer as causas do problema. Elas são variadas e podem ter relação com fatores genéticos e ambientais. Em crianças, a hiperatividade pode ser causada pelo TDAH, consumo de drogas psicoativas pela mãe na gestação, lesões cerebrais, complicações no parto, baixo peso do bebê, abuso e maus tratos, doenças genéticas ou virais, déficits intelectuais, transtornos de aprendizagem e problemas situacionais, como luto, separação dos pais, crises familiares, etc.
Em adultos, a hiperatividade pode ser um sintoma de distúrbios psiquiátricos, como o transtorno bipolar e as manias. Além disso, também pode estar ligada ao Transtorno de Déficit de Atenção, alterações metabólicas, doenças do sistema nervoso central, problemas cerebrais vasculares, uso de drogas ou medicamentos estimulantes, abstinência de substâncias entorpecentes, exposição a agentes químicos, estresse, instabilidade no trabalho, distúrbios emocionais e dificuldades nos relacionamentos.
Sintomas e diagnóstico da hiperatividade
A primeira etapa do diagnóstico diz respeito à identificação dos sintomas desse transtorno. Os principais sinais são a inquietação em si, nervosismo, movimentos excessivos, tremores, pressa ao falar, agitação antes de dormir, dificuldade para manter a calma e o foco na realização de tarefas.
Crianças e adultos hiperativos também podem ter manifestações físicas como problemas respiratórios, má postura, andar descoordenado, tendência a tropeços e quedas, além de pouca habilidade em trabalhos manuais.
Ainda que os sintomas sejam reconhecidos, é necessário saber distinguir a hiperatividade de comportamentos impulsivos e ativos típicos da idade ou situação vivida. Algumas pessoas realmente são mais ativas do que outras, mas isso nem sempre representa um problema. A consulta com um especialista é essencial para definir o que é normal e o que não é.
O diagnóstico da hiperatividade é fundamentalmente clínico, conduzido por um psiquiatra que descartará outros tipos de transtorno para, então, indicar o tratamento ideal. Na consulta, será realizada a anamnese detalhada do paciente, a fim de conhecer seu histórico desde a concepção. A análise familiar, dados patológicos e informações escolares também serão analisados. Exames de sangue e imagem podem ser solicitados pelo especialista, caso seja necessário.
Tratamento de pessoas hiperativas
Como a hiperatividade tem diferentes causas, formas distintas de manifestação e diversos graus de intensidade, o tratamento varia conforme o diagnóstico estabelecido pelo psiquiatra.
O especialista em psiquiatria é o profissional capaz de indicar quais são os medicamentos recomendados para cada caso, a dosagem segura e a duração do tratamento. Além da alternativa medicamentosa, o acompanhamento psicoterápico, psicopedagógico e o treinamento de habilidades parentais podem otimizar os resultados no controle da hiperatividade.
Quer saber mais sobre hiperatividade? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!