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Homofobia internalizada: o que é, sintomas e quando procurar ajuda com psiquiatra

Homofobia internalizada: o que é, sintomas e quando procurar ajuda com psiquiatra

27 de junho de 2024 by Dra Aline Rangel
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A homofobia internalizada acontece quando a própria pessoa  absorve os preconceitos da sociedade sobre a homossexualidade e passa a dirigir esse ódio, vergonha ou rejeição contra si mesma.

O fato de alguém ser homossexual não a impede de ser homofóbica. Quando a pessoa nega, desvaloriza ou sente vergonha da própria orientação sexual chamamos homofobia internalizada que é um problema muito mais comum do que se imagina e que impacta profundamente a saúde mental da população LGBTQIA+ ou qualquer dissidência sexual.

Nesses casos, o indivíduo tem dificuldade de se aceitar e de gostar de si justamente por ter uma orientação homoafetiva. Isso costuma ser resultado de uma forte carga negativa moral, religiosa, familiar e social sobre a homossexualidade, assimilada ao longo da vida.

A homofobia, em qualquer forma (externa ou internalizada), é extremamente prejudicial, tanto para quem pratica atitudes homofóbicas quanto para quem é alvo delas. Na homofobia internalizada, o alvo vira a própria pessoa.

Sintomas de homofobia internalizada

Reconhecer a homofobia internalizada é o primeiro passo para lidar com ela. Alguns sinais frequentes incluem:

  • Baixa autoestima e imagem corporal negativa;

  • Sentimento constante de insatisfação consigo;

  • Tendência ao perfeccionismo e a cobranças pessoais excessivas;

  • Depressão, ressentimento, hiper-reatividade emocional, raiva e vergonha;

  • Preconceito, crítica ou desprezo por homossexuais assumidos;

  • Desejo velado por pessoas do mesmo sexo, muitas vezes negado ou racionalizado;

  • Visão estigmatizada, moralista e intolerante da homossexualidade;

  • Reações exageradas diante de manifestações públicas de afeto entre pessoas do mesmo sexo;

  • Pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos ligados à sexualidade;

  • Tentativas de “mudar”, “curar” ou “corrigir” a própria orientação sexual;

  • Permanência em relacionamentos abusivos por medo de ficar só ou de ser “descoberto”;

  • Vida dupla: aparência de heterossexualidade para a sociedade, homoafetividade vivida às escondidas;

  • Práticas sexuais inseguras, muitas vezes associadas à culpa, risco e autopunição.

Esses sintomas podem variar de intensidade, mas, em geral, estão ligados a muita culpa, vergonha e sensação de não pertencimento.

Por que a homofobia internalizada é tão perigosa?

A homofobia internalizada aumenta o risco de diversos problemas de saúde mental, como:

  • Transtornos de ansiedade

  • Depressão

  • Abuso de álcool e outras drogas

  • Transtornos alimentares

  • Compulsão sexual

  • Comportamentos autodestrutivos e autoagressivos

  • Ideação suicida.

Quando a pessoa cresce ouvindo que sua orientação é “errada”, “imoral” ou “vergonhosa”, é comum que ela passe a acreditar nisso. Com o tempo, esse discurso passa a morar dentro dela, afetando autoestima, relações afetivas, sexualidade e projetos de vida.

Vida dupla, culpa e atitudes homofóbicas

Muitas pessoas que descobrem sentir atração por alguém do mesmo sexo escolhem, inicialmente, esconder seus desejos e reprimir sentimentos para evitar julgamentos da família, do meio religioso ou profissional. Para se enquadrar nos padrões sociais, algumas passam anos levando uma vida aparentemente heterossexual, enquanto vivem seus desejos homoafetivos às escondidas.

Em vários casos, além de usarem uma “máscara social”, essas pessoas também:

  • Reproduzem discursos homofóbicos;

  • Criticam gays, lésbicas e bissexuais assumidos;

  • Julgam expressões de afeto entre pessoas do mesmo sexo.

Esse comportamento, muitas vezes, revela um ódio projetado: ao atacar o outro, a pessoa tenta atacar e silenciar aquilo que reconhece em si mesma.

Quando procurar ajuda profissional?

Se você se identificou com os sintomas de homofobia internalizada  em si ou em alguém próximo  é muito importante buscar ajuda profissional.

Psicoterapia e, em muitos casos, acompanhamento com psiquiatra especializado em sexualidade humana e saúde mental da população LGBT+ podem ajudar a:

  • Desconstruir crenças negativas sobre a homossexualidade.

  • Trabalhar culpa, vergonha e medo de rejeição.

  • Fortalecer a autoestima e o amor-próprio.

  • Tratar ansiedade, depressão e outros quadros associados.

  • Construir relações afetivas mais saudáveis e autênticas.

Lembre-se: orientação sexual não é transtorno, nem doença.
O sofrimento não vem de ser LGBT, mas da violência simbólica e concreta que a pessoa sofre socialmente e internamente.

Autoaceitação: amar quem você é

Independentemente da orientação sexual, toda pessoa merece se enxergar de forma positiva, se amar e se aceitar.

A homossexualidade não é defeito, pecado ou doença. É uma das expressões possíveis da sexualidade humana. Não deve ser motivo de vergonha, culpa ou punição.

Trabalhar a autoaceitação, reconstruir a própria história e entender como o preconceito foi internalizado é um processo que leva tempo – mas é profundamente libertador. Com apoio adequado, é possível viver a sexualidade de forma mais livre, segura e coerente com quem você é.

Quer saber mais sobre homofobia internalizada? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!

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    Médica graduada na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro com Residência em Psiquiatria no Instituto de Psiquiatria Universidade Federal do Rio de Janeiro.


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