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Depressão e aids: impactos da doença no tratamento do portador de HIV

Depressão e aids: impactos da doença no tratamento do portador de HIV

8 de dezembro de 2018 by

Mesmo que hoje não seja considerado uma sentença de morte como há duas décadas, ter HIV ainda faz com que os pacientes carreguem estigma e enfrentem preconceito. O resultado disso é uma carga emocional muito forte, que pode fazer com que essas pessoas desenvolvam problemas psiquiátricos. Esse é o caso da relação entre depressão e aids.

Portadores de HIV têm mais chances de desenvolver depressão quando comparados a indivíduos que não apresentam sorologia para esse vírus. Apesar de não haver um número exato, estudos sugerem que cerca de 20% das pessoas adultas soropositivas apresentam depressão.

Além de todas as complicações que essa doença psiquiátrica causa nas pessoas como um todo, um fator preocupante é que, em paciente soropositivos, a depressão tem impactos diretos no tratamento.

Tratamento, depressão e aids

Diversas pesquisas já demonstraram que a manifestação da depressão em pacientes soropositivos possui impactos negativos sobre o tratamento. Uma das mais conhecidas foi a realizada pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em 2011.

A partir da análise de 201 pacientes soropositivos que abandonaram o tratamento, foi concluído que 53% deles, ou seja, mais de metade, estavam deprimidos. Trata-se de um número extremamente alto e preocupante, uma vez que o levantamento contou apenas com participantes que haviam abandonado o tratamento há mais de 6 meses.

Vale ressaltar que a relação entre depressão e aids não se baseia apenas nos fatores psicológicos e emocionais. Estudos indicam que os próprios medicamentos para o controle da doença, chamados de antirretrovirais, podem alterar a química do cérebro e facilitar a manifestação da doença.

Além disso, a própria contaminação pelo HIV também contribui para o aumento das chances de transtornos neuropsiquiátricos, pois é capaz de atacar o sistema nervoso e levar ao surgimento de patologias.

Consequências da interrupção do tratamento

O tratamento da depressão associada ao HIV deve ser feito tão antes quanto for possível, primeiro com terapia e, caso não dê os resultados esperados, com a utilização de medicamentos, pois a interrupção dos procedimentos tem impactos significativos.

Em pessoas que começam o tratamento precocemente, os sinais são variados e costumam demorar um tempo para se manifestarem – algo perigoso, pois reforça a ideia de que os medicamentos não são necessários, dificultando ainda mais a adesão.

Já em pessoas que começaram o tratamento mais tardiamente, os sinais do não uso dos medicamentos são mais nítidos e se manifestam de forma mais rápida. Assim, o sistema imunológico apresenta queda, facilitando o surgimento de doenças diversas e colocando em risco o bem-estar e mesmo a vida dos pacientes.

Assim, mesmo que o uso dos antirretrovirais cause alguns efeitos indesejados, eles são fundamentais para manter a infecção sob controle. Em caso de qualquer suspeita de interrupção do tratamento devido à associação entre depressão e aids, o paciente deve buscar um profissional o mais cedo possível.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!



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